A Samsung inaugurou o World of Samsung em Frankfurt, um evento onde apresenta as mais recentes inovações baseadas em Inteligência Artificial (IA). O evento, que começou nesta terça-feira, 18 de março, reúne imprensa e parceiros para uma experiência prática com as tecnologias que prometem redefinir a forma como interagimos com diferentes equipamentos.

“Na Samsung, estamos empenhados em tornar todos os dispositivos que utiliza mais inteligentes e mais conectados”, afirmou Benjamin Braun, Chief Marketing Officer da Samsung Europe. O objetivo do evento é demonstrar como a IA pode melhorar a vida quotidiana, desde a otimização de definições de TV pela Vision AI até aos eletrodomésticos que se adaptam aos hábitos dos utilizadores.

No segmento de televisores, a Samsung, que se orgulha de ser a marca número um do mundo há 19 anos, oferece uma vasta gama de tamanhos de ecrã, de 24 a 115 polegadas. Os modelos de 2025, incluindo as linhas Neo QLED, OLED e QLED, integram tecnologias avançadas de IA para melhorar a experiência de visualização. O AI Picture Optimizer, por exemplo, utiliza deep learning para ajustar brilho, contraste e cor em tempo real, enquanto o Color Booster Pro expande o volume de cor.

A tecnologia Quantum Dot, utilizada nos ecrãs QLED e QD-OLED, é outro destaque, com a Samsung a afirmar que utiliza partículas semicondutoras ultrafinas para uma precisão de cor e brilho “imbatíveis”. Para os amantes da arte, a Samsung expandiu a sua Art Store, que agora inclui mais de 3.000 obras de 70 museus e instituições de renome mundial. A experiência de áudio também foi aprimorada, com a tecnologia Q-Symphony a permitir ligar até três dispositivos à TV para um som cinematográfico.

A Samsung também está a apostar na longevidade e segurança das suas TVs, oferecendo 7 anos de atualizações One UI Tizen com o apoio do Samsung Knox Matrix. No mundo dos jogos, a empresa introduziu inovações como o Modo de Jogo Automático IA e o Samsung Gaming Hub, que oferece acesso a serviços de jogos na “cloud”. A Samsung prepara-se ainda para lançar na Europa o monitor Odyssey OLED G8, o primeiro monitor OLED 4K para jogos de 27 polegadas, e o Odyssey G9 Dual QHD de 49 polegadas.

Na área da casa inteligente, a Samsung utiliza o SmartThings como base para um ecossistema de dispositivos conectados. A empresa destaca o Modo Energia IA, que ajuda os utilizadores a reduzir os custos de eletricidade através da otimização do consumo de energia de aparelhos como o Jet Bot AI (aspirador robot) e máquinas de lavar roupa. As soluções de IA da Samsung visam otimizar o consumo de energia, fornecer informações em tempo real sobre a casa e melhorar as rotinas diárias.

No segmento mobile, a série Galaxy S25 assume o protagonismo, com a Galaxy AI a prometer tornar as tarefas do dia a dia mais rápidas e intuitivas. A Samsung destaca funcionalidades como a Tradução em Tempo Real, o Generative Edit e o Drawing Assist. A Now Bar, por sua vez, mantém os utilizadores informados com atualizações em tempo real no ecrã de bloqueio. A série Galaxy Book5 também foi apresentada, com destaque para o AI Select e o Samsung Studio, que visam tornar a edição de imagens, vídeos e documentos mais eficientes.

A Samsung sublinha que as suas inovações móveis se integram no ecossistema alimentado por IA, com o SmartThings Home Insight a permitir monitorizar diversos aspetos da casa a partir de dispositivos Galaxy.

Pode o fim de um conflito que já leva três anos ficar decidido com um telefonema? Do outro lado do Atlântico, as vozes da Administração Trump, incluindo o próprio, mostram-se esperançosas: “Nunca estivemos tão próximos da paz como neste momento”, garantia ontem aos jornalistas a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, ao mesmo tempo que se recusava a dar mais detalhes sobre a natureza das negociações com esse objetivo. Seria “imprudente” fazê-lo antes da muito aguardada conversa que o Presidente norte-americano vai ter hoje com o seu homólogo russo, Vladimir Putin. A reunião, na qual Donald Trump parece depositar sérias esperanças no sentido do fim da guerra na Ucrânia, foi anunciada no passado domingo pelo enviado norte-americano à Rússia, Steve Witkoff, e confirmada depois pelo Presidente aos jornalistas que seguiam consigo a bordo do Air Force One, como um seguimento do “muito trabalho” que foi feito no passado fim de semana. “Queremos ver se conseguimos pôr fim a esta guerra”, disse, então, Trump, manifestando a a convicção de que é possível ter “algo a anunciar” ainda esta terça-feira.

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Segundo Mohammed Zaqout, um responsável do Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo movimento islamita palestiniano Hamas, à agência de notícias France-Presse, foram registadas “mais de 330 mortes, a maioria crianças e mulheres palestinianas, e centenas de feridos, dezenas dos quais estão em estado crítico”.

A Faixa de Gaza foi palco, esta manhã, de nova vaga de ataques aéreos do exército israelita, com Telavive a anunciar que retomou os combates e que estes são para manter até que todos os reféns ainda retidos pelo movimento islamita palestiniano sejam libertados. Em comunicado, o ministro Israel Katz anunciou que “as portas do inferno se abrirão em Gaza” se os reféns não forem libertados. O Hamas, por sua vez, já avisou que os novos ataques violam o cessar-fogo e colocam em risco o destino dos quase 60 reféns.  Os ataques ocorreram dois meses após ter sido alcançado um cessar-fogo para interromper a guerra. Ao longo de seis semanas, o Hamas libertou cerca de três dezenas de reféns em troca de quase dois mil prisioneiros palestinianos. 

De acordo com a agência de notícias palestiniana Sanad, ligada ao Hamas, dezenas de pessoas foram mortas em ataques na cidade de Khan Yunis, incluindo membros de duas famílias que estavam nas suas casas quando foram bombardeadas pelo exército israelita.

Além dos ataques aéreos, foram também registados disparos de tanques na mesma cidade, no sul da Faixa de Gaza, indica a mesma fonte.

Relatos dos meios de comunicação palestinianos mencionam o vice-diretor do Ministério do Interior do Hamas, general Mahmoud Abu Watfa, como uma das vítimas mortais.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, disse que ordenou os ataques devido à falta de progressos nas negociações em curso para prolongar o cessar-fogo. “Isto aconteceu depois de o Hamas se ter recusado repetidamente a libertar os nossos reféns e ter rejeitado todas as ofertas que recebeu do enviado presidencial dos EUA, Steve Witkoff, e dos mediadores”, afirmou o gabinete de Netanyahu.

Um dirigente do Hamas já garantiu que a decisão do primeiro-ministro israelita equivale a uma “sentença de morte” para os restantes reféns.

Um dia antes do lançamento do seu novo álbum (21 de março), Capicua apresenta Um Gelado Antes do Fim do Mundo ao vivo em Lisboa (nesta quinta, 20) e, uma semana depois, no Porto (27). Em palco estará acompanhada por Luís Montenegro (não, não é o primeiro-ministro…), Virtus, D-One, Inês Malheiro e Joana Raquel, para interpretar “quase na íntegra” um álbum “de protesto mas também de esperança.”

O fim do mundo já é tão inevitável que apenas nos resta saborear um gelado antes de tudo acabar?

Não seria tão catastrofista, mas acho que há uma sensação de fim dos tempos no ar, bastante palpável. Nesse sentido, este disco é uma espécie de intervalo no meio do caos, uma pausa nessa sensação, em que proponho que as pessoas escutem música, poesia, agucem o espírito crítico, renovem os seus votos com a capacidade de se impactarem com a arte, com o encantamento, com todos esses antídotos que são muito poderosos contra o adormecimento vigente, a dopamina rápida. Vivemos num mundo muito desafiador, em que há uma tendência para o escapismo e para a alienação. E a cultura, a música, a poesia, tal como a Natureza e todas as oportunidades de êxtase, servem para nos limpar as lentes com que olhamos o planeta. Renovar os votos com a esperança é cultivar esse encantamento quase pueril que vamos perdendo ao longo da vida e é o tal antídoto para o cinismo vigente.

Trata-se de um disco de protesto, de revolta ou esperança?

Diria que é de protesto e esperança, porque sendo crítico, falando daquilo que são os grandes temas da nossa atualidade, daquilo que me preocupa e sinto como mais urgente, cumpre ao mesmo tempo o propósito de aguçar o espírito crítico, cultivar o encantamento e fazer essa alquimia que a cultura permite: emocionar-nos e fazer-nos pensar. O objetivo final passa por cultivar a esperança, tentando que as pessoas pensem noutras possibilidades de futuro e em novas utopias. A cultura tem de assumir esse papel de estímulo para que o pensamento e a esperança se renovem.

A cultura tem de assumir o papel de estímulo para que o pensamento e a esperança se renovem

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Sendo o sentido de intervenção social e política um marco na sua música, concorda que existe uma maior urgência no modo como os assuntos são abordados neste disco?

Concordo. Com o agudizar dos problemas, o extremar dos conflitos, o aumento das tensões, o crescimento da extrema-direita, as questões climáticas, a toxicidade do debate público e tantas coisas que se foram extremando nos últimos anos, estranho seria se a minha escrita não acompanhasse esse aumento da tensão e de cerrar dos dentes que o mundo vive.

Em tempos tão polarizados como os atuais, é importante para os artistas assumirem as suas posições, mesmo correndo o risco de alienar parte do público?

Não quero dar lições de moral a ninguém, acho que os artistas devem ser livres de fazer a sua arte e de se cumprirem artisticamente como quiserem. Por isso, não acho que haja uma forma certa de estar na arte ou na música. Mas no meu caso, que cresci inspirada pela geração dos cantores de Abril e, depois, na adolescência, descobri a cultura hip-hop, sempre foi óbvio que a palavra e a música eram indissociáveis e que podiam ser uma ferramenta para a mudança das mentalidades e do próprio mundo. Para mim, a música faz sentido assim, é a minha forma de estar e de me cumprir artisticamente. E de acordo com a escolha que fazemos haverá sempre parte do público que vai gostar mais ou menos. Mas eu nunca quis ser consensual e também não estou aqui para entreter ninguém, faço aquilo que tenho de fazer para me cumprir… Vivo com as consequências das minhas escolhas, não penso nisso dessa forma estratégica.

Como vão ser estes espetáculos? Centrados só no novo álbum?

São concertos de apresentação em que vamos tocar o disco quase na íntegra. Mas, claro, há sempre uma canção ou outra de outros álbuns a que faz sentido voltar.

Capicua > Teatro Tivoli BBVA, Lisboa > 20 mar, qui 21h > Casa da Música, Porto > 27 mar, qui 21h30 > €12,50 a €25

Quando se fala em distúrbio psicológicos relacionados com a aparência física pensa-se, por norma, nas já muito conhecida anorexia e bulimia e tende-se a esquecer-se da vigorexia, uma perturbação que causa a distorção da imagem corporal, caracterizada pela obsessão pelo aumento da massa muscular. “A vigorexia é uma condição psicológica e um tipo de distúrbio dismórfico corporal que envolve uma autoimagem distorcida que se centre no tamanho dos músculos e na aparência física”, explicou Kara Becker, terapeuta especializada em distúrbios alimentares, à Buzzfeed.

Considerada um Transtorno Dismórfico Corporal (TDC), a vigorexia é mais comum entre os jovens do sexo masculino, que tendem a considerar-se fisicamente menos musculados do que realmente são e a desenvolver uma obsessão com o exercício físico e a alimentação com a finalidade de atingir o “corpo ideal”. Esta obsessão pelo “corpo perfeito” e aumento da massa muscular – que pode estar relacionado com corpo enquanto um todo ou com uma parte específica do mesmo – pode manifestar-se através de comportamentos como a observação repetida ao espelho ou esforço para evitar os mesmos, horas de treino físico intensas e excessivas e uma alimentação com restrições. Geralmente, os jovens com este distúrbio demonstram uma necessidade extrema de aprovação dos outros, acompanhada de sentimentos de inferioridade e de baixa autoestima.

De acordo com um estudo canadiano de 2019, cerca de 22% dos rapazes adolescentes têm “comportamentos alimentares orientados para a musculatura” de forma a aumentarem o seu volume ou ganhar peso. Não se sabe ao certo o que provoca a vigorexia, mas pensa-se que o mesmo possa ser potencializado por uma série de fatores de risco como um historial familiar de problemas de saúde mental, bullying e situações traumáticas bem como, atualmente, as redes sociais. “Os corpos dos homens estão mais expostos do que nunca nas redes sociais, especialmente através de contas de influenciadores. As comparações constantes com esses corpos idealizados podem levar à insatisfação corporal e à vigorexia”, explicou Jason Nagata, um dos autores do estudo.

O estado do Texas, nos Estados Unidos, está a ser gravemente afetado pelo que as autoridades norte-americanas declararam ser o maior surto de sarampo em quase 30 anos. Nas últimas semanas, o número de casos registados multiplicou-se rapidamente – chegando aos estados vizinhos do Novo México e Oklahoma – e já resultou na morte de uma criança que estava vacinada – a primeira fatalidade provocada pelo vírus no país desde 2015. Foi registada uma segunda morte, mas ainda não está confirmado que o óbito foi causado pela infeção.

De acordo com a agência Reuters, os dados confirmados na passada sexta-feira davam conta de 294 pessoas infetadas com sarampo nos estados do Texas e Novo México, ultrapassando o número total de casos registados no País em 2024, 285. Robert F. Kennedy Jr. – secretário da Saúde dos Estados Unidos e conhecido por ser anti-vacinas – garantiu que o Governo está a monitorizar o surto. “Não é incomum, temos surtos de sarampo todos os anos”, referiu.

Apesar de ter sido declarado erradicado nos Estados Unidos no ano 2000, o sarampo parece estar a voltar em força, à medida que as taxa de vacinação no País – para esta e outras patologias como a papeira e a rubéola – têm vindo a decrescer. Os especialistas acreditam que a diminuição da taxa de vacinação esteja relacionada com a pandemia de Covid-19, que levou muitas pessoas a questionar a segurança de vacinas de rotina e a um aumento da desconfiança na ciência, potencializada pela desinformação.

Considerado um dos vírus mais contagiosos de sempre, o sarampo pode resultar em complicações graves de saúde – como pneumonia ou encefalite – e levar à morte da pessoa infetada. É transmitido por via aérea, através de gotículas ou aerossóis expelidos, como acontece com tosse ou espirros. As pessoas que não tenham sido vacinadas ou que nunca tenham tido sarampo têm uma maior probabilidade de serem infetadas quando expostas ao vírus.

Número de casos também aumenta na Europa

Na Europa também tem sido registado um aumento no número de casos, provocada por uma queda na adesão à vacinação, alerta o Centro Europeu para o Controlo e Prevenção das Doenças (ECDC). “A Europa continua a sofrer surtos recorrentes de sarampo, apesar de uma vacina altamente segura, eficaz e acessível estar incluída em todos os programas nacionais de imunização da UE/EEE”, sublinhou o centro europeu através de um comunicado.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Unicef, só em 2024, foram registados mais de 127 mil casos de sarampo na Europa – o maior número desde 1997 – dos quais cerca de 40% eram crianças com menos de cinco anos. Números que preocupam as autoridades de saúde, uma vez que mais de metade dos casos necessitou de hospitalização e resultou na morte de 38 pessoas. “Sem taxas de vacinação elevadas, não há segurança sanitária. (…) Todos os países devem intensificar os esforços para chegar às comunidades sub-vacinadas”, explicou Hans Kluge, diretor regional da OMS na Europa.

Em Portugal, desde janeiro de 2025, foram registados 3 casos de sarampo, segundo a Direção-Geral da Saúde. Nenhuma das pessoas infetadas estava vacinada.

A missão de Butch Wilmore e Suni Williams, que foram para o espaço no primeiro voo da Boeing, deveria ter durado uma semana, mas a cápsula do Boeing Starliner deparou-se com tantos problemas que a NASA insistiu para que regressasse vazia, deixando para trás os pilotos que realizaram esse teste, e que agora foram resgatados através de um voo da SpaceX. Os dois astronautas devem aterrar na costa da Florida, no sudeste dos Estados Unidos, hoje à noite, juntamente com o também americano Nick Hague e o russo Aleksandr Gorbunov.

Wilmore e Williams deveriam ter estado no espaço apenas uma semana, de acordo com os planos do primeiro voo de astronautas efetuado pela Boeing.

Porém, a cápsula do Boeing Starliner, que acoplou à Estação Espacial Internacional a 5 de junho, enfrentou tantos problemas que a NASA insistiu para que regressasse vazia, deixando para trás os pilotos que realizaram esse teste, e que agora foram resgatados através de um voo da SpaceX.

Entretanto, houve ainda mais atrasos, quando uma cápsula nova da SpaceX, que devia ter transportado os substitutos dos dois astronautas da NASA há algumas semanas, necessitou de amplas reparações nos sistemas de baterias.

Uma cápsula mais antiga da empresa de Ellon Musk tomou então o lugar da anterior, e a operação pôde agora prosseguir.

A cápsula da tripulação da SpaceX chegou à Estação Espacial Internacional no último domingo, levando a bordo quatro astronautas, em representação dos EUA, Japão e Rússia.

O julgamento de José Sócrates, no âmbito da Operação Marquês, terá início no dia 3 de julho, mais de uma década depois de ser conhecida a investigação. A data do julgamento foi marcada esta manhã pela juíza titular do processo, Susana Seca, numa reunião no Tribunal Central Criminal de Lisboa, à qual o antigo primeiro-ministro não compareceu. 

Através de um comunicado – divulgado antes de ser conhecida a data -, José Sócrates acusou o Estado português de “manipulação”. “Neste momento não existe nem acusação, nem pronúncia. Por essa razão não pode haver julgamento”, pode ler-se na nota, em que garante ainda que “o processo Marquês não ultrapassou ainda a fase de instrução. Não pode haver julgamento”. 

Em declarações à SIC, o antigo primeiro-ministro reforçou esta ideia, classificando como “ilegal” a realização do julgamento. “Não quero, nem eu nem o meu advogado, legitimar uma ação que consideramos completamente ilegal. Não pode haver julgamento sem uma acusação ou uma pronúncia e não houve nem uma, nem outra”, insistiu Sócrates, justificando a ausência da sessão desta segunda-feira.

O ex-chefe de Governo garantiu ainda que vai recorrer de uma decisão que considera ser “uma violação das regras básicas do Direito”. No caso que o envolve, sublinhou, o acórdão do Tribunal da Relação é “baseado num lapso de escrita”. “Neste preciso momento, o que está em vigor é a decisão instrutória do juiz Ivo Rosa, que me ilibou de tudo. Isso é que está em vigor”, defende.

As sessões do processo judicial vão decorrer três dias por semana mas vão ser interrompidas poucos dias após o seu início para a pausa das férias judiciais – de 16 de julho a 31 de agosto – regressando apenas em setembro.

Esta é a primeira vez que um primeiro-ministro se vai sentar no banco dos réus. O caso de José Sócrates arrasta-se desde novembro de 2014, após a sua detenção no aeroporto de Lisboa, tendo sido o primeiro ex-chefe do Governo a ser preso preventivamente em Portugal. O processo, que conta com 22 arguidos, visa também Ricardo Salgado, Armando Vara, Carlos Santos Silva e Hélder Bataglia. 

Sócrates será três crimes de corrupção, 13 de branqueamento e seis de fraude.

A Huawei lançou oficialmente no mercado português o Huawei Watch D2, um smartwatch inovador que se destaca por integrar a Monitorização Ambulatória da Pressão Arterial (MAPA) certificada pela União Europeia. Este é o primeiro dispositivo wearable (dispositivo vestível, em tradução livre) da marca a ser aprovado ao abrigo do Regulamento Europeu dos Dispositivos Médicos (MDR), garantindo que cumpre os requisitos necessários para ser comercializado como um equipamento de saúde.

O Huawei Watch D2 foi concebido para medir a pressão arterial ao longo de 24 horas, ajudando os utilizadores a detectar potenciais riscos de hipertensão e a monitorizar a doença de forma mais eficaz. A tecnologia da Huawei, designada TruSense, combina um sensor de pressão de alta precisão, um airbag físico insuflável e uma almofada de ar mecânica ultra-estreita integrada na bracelete.

O smartwatch ajusta automaticamente a leitura conforme a postura e a posição do pulso do utilizador, garantindo medições mais precisas. Durante o sono, continua a monitorizar a pressão arterial sem interromper o descanso do utilizador.

“Durante a noite, simplesmente continuamos a dormir. Não vão notar o dispositivo, porque além de ser muito confortável, temos um algoritmo especial que reconhece a posição do sono e ajusta-se automaticamente com base nas posições mais comuns em que os utilizadores dormem”, explicou Andreas Zimmer, responsável de produto da Huawei, durante o evento de apresentação realizado hoje em Lisboa, evento no qual a Exame Informática marcou presença.

Veja um vídeo explicativo da Huawei:

Parceria com especialistas e integração com iOS e Android

A Huawei estabeleceu parcerias com especialistas de renome na área da hipertensão, como George S. Stergiou, presidente da Sociedade Internacional de Hipertensão, e Wang Jiguang, presidente da Liga Chinesa de Hipertensão.

Compatível com iOS e Android, o Huawei Watch D2 permite acompanhar os dados através da aplicação Huawei Health, onde os utilizadores podem consultar relatórios semanais sobre a pressão arterial, tendências e recomendações. Através da subscrição do Huawei Health+, é possível criar, por exemplo, um grupo familiar. Caso todos os membros utilizem este smartwatch, os dados ficam registados na plataforma e podem ser consultados por todos.

A certificação médica é um processo demorado e que varia de país para país, como explicou Andreas Zimmer: “Cada país tem a sua própria interpretação sobre o que significa uma certificação médica. O que posso afirmar é que o dispositivo é certificado como dispositivo médico na Europa, o que significa que cumpre os requisitos da certificação MDR e cobre essencialmente a União Europeia. Também está certificado como dispositivo médico na China”, finalizou.

A Huawei alerta que o Watch D2 não substitui uma consulta médica, e deve ser utilizado como complemento ao acompanhamento profissional. Os dados recolhidos são apenas para uso pessoal e não devem ser considerados como um diagnóstico.

Funcionalidades e autonomia

Para além da monitorização da pressão arterial, o Huawei Watch D2 disponibiliza várias funcionalidades de saúde, incluindo eletrocardiograma (ECG), monitorização do ritmo cardíaco, oxigénio no sangue (SpO₂), stress, temperatura da pele e elasticidade vascular.

O smartwatch também promove um estilo de vida mais saudável, com mais de 80 modalidades desportivas e o acompanhamento de hábitos diários como exercício, alimentação e sono. Com resistência IP68, não monitoriza desportos aquáticos. O Huawei Watch D2 possui um ecrã AMOLED de 1,82 polegadas, e apresenta letras de maior dimensão para facilitar a leitura.

A autonomia anunciada é de seis dias para uma utilização equilibrada, mas, “com medições diárias da pressão arterial, podemos esperar cerca de três dias de autonomia”, detalhou Andreas Zimmer. O smartwatch está disponível em duas versões: preto com bracelete em fluoroelastómero e branco com detalhes dourados e bracelete de pele.

O Huawei Watch D2 já pode ser adquirido em Portugal, com um preço recomendado de €399. No âmbito da oferta de lançamento, a marca oferece os Huawei FreeBuds 6i. Além disso, a campanha especial inclui uma bracelete adicional por €19.

Yalta. Crimeia. Ucrânia. Simbólico e penoso. Para os ucranianos.

A Cimeira de Yalta, quase no final da Segunda Guerra Mundial, reuniu Estaline, Roosevelt e Churchill para definir a repartição da Europa em zonas de influência. “Quero a Polónia”, dizia Estaline. “Então, a Grécia fica connosco”, replicava Churchill. “Vamos criar as Nações Unidas”, pedia Roosevelt, já no final da sua vida, sem forças para enfrentar Estaline e incapaz de dar a devida atenção aos avisos solenes do primeiro-ministro britânico.

Agora, são apenas dois: Putin e Trump. Cada um deles deseja imitar o homem que traçava linhas no mapa. Vão tratar de dividir os “territórios”. Não os da Rússia, claro, mas os da Ucrânia. A Crimeia nunca voltará, e o Donbass está fora de hipótese. NATO, nem pensar, talvez a União Europeia. A Yalta dos tempos modernos faz-se por telefone, entre as potências “vencedoras”. Uma que não venceu coisa nenhuma e a outra que acredita que tem Kiev no bolso.

Esta Yalta, tal como a histórica, é uma vergonha para o mundo democrático. Um autocrata que enviou dezenas de milhares de soldados russos para a morte e o outro, quase autocrata – ou a caminho da autocracia –, que não tem nenhum respeito pela Ucrânia, pelos seus 44 milhões de cidadãos, pelos mortos e feridos desta guerra. Trump não gosta de Zelensky – é um ódio visceral – e faz chantagem pura e dura para vergar os ucranianos: mais dinheiro e equipamento militares apenas se Kiev aceitar os termos de Putin. Que são, afinal, os de Trump. Um e outro falam a mesma linguagem, adoram as salas douradas, os visitantes vestidos a rigor e a divisão de “territórios”.

Trump para Putin: “Eu dou-te os territórios da Ucrânia, e tu aceitas que eu ocupe a Gronelândia. Eu faço de conta que fico irritado e ofendido, e tu fazes ameaças. Borrifamo-nos para Zelensky. Depois tratamos dos restos. Do que sobra para dividir.”

Os textos nesta secção refletem a opinião pessoal dos autores. Não representam a VISÃO nem espelham o seu posicionamento editorial.