As autoridades francesas ainda não informaram sobre o tipo de bomba que foi encontrada. Descobertas de bombas da I e II Guerra Mundial não são raras em França, mas menos comum é ser em zonas densamente povoadas.

Gare du Nord, onde foi encontrada a bomba ainda por detonar, é uma das estações ferroviárias mais movimentadas da Europa, servindo destinos internacionais no norte de França, bem como o principal aeroporto de Paris além das ligações regionais.

Especialistas de segurança informática da Nokia alertam para o perigo que vem da botnet recém-descoberta Eleven11bot. Estima-se que os cibercriminosos por trás desta rede controlem mais de 30 mil webcams e gravadores de vídeo, com especial incidência nos EUA, e que estejam a disparar grandes volumes de ataques de negação de serviço (DDoS). A equipa da Nokia conta que a rede foi detetada em finais de fevereiro e, desde então, tem estado por trás de ataques de grande escala de negação de serviço, que passam por consumir todos os recursos de rede disponíveis pela injeção de grandes volumes de dados.

De acordo com Jérôme Meyer, a maior parte dos endereços IP que participam nestes ataques não tinham sido usados em ataques DDoS (de Distributed Denial of Service, ou negação de serviço). A rede, além de controlar um número considerável de dispositivos (há outros peritos que apontam que são já mais de cem mil), destaca-se por estar a enviar volumes de dados recorde, com o pico de 27 de fevereiro a mostrar 6,5 terabits de dados por segundo (o anterior recorde visto era de 4,6 Tbps).

O especialista da Nokia conta ao ArsTechnica que a rede tem atacado organizações de vários setores de atividade, incluindo operadores de telecomunicações e infraestruturas dedicadas a suportar videojogos. A degradação dos serviços tem vindo a durar vários dias e, em alguns casos, ainda está a acontecer. Por regiões, os EUA concentram a maior fatia de endereços IP controlados (24,4%), seguindo-se Taiwan com 17,7% e o Reino Unido com 6,5%.

Uma análise da empresa de cibersegurança Greynoise revela que a Eleven11bot parece ser uma variante do código malicioso Mirai que foi detetado em 2016 e afetava webcams e outros dispositivos ligados à Internet das Coisas. Na altura, o Mirai bateu recordes com ataques DDoS de 1 Tbps e dezenas de milhares de aparelhos infetados. Pouco depois, o código do Mirai foi tornado público o que facilitou o aparecimento de várias cópias.

Os peritos não estão de acordo quanto à real dimensão da Eleven11bot, com a Greynoise a revelar que os dados da Censys apontam para que sejam menos de cinco mil dispositivos infetados. Meyer confirma que “estou confiante na minha contagem estimada que é o que vemos nos ataques e depois de uma revisão humana dos endereços IP”.

A empresa norte-americana Firefly divulgou um vídeo no qual mostra a operação de alunagem da sonda Blue Ghost com recurso a câmaras colocadas a bordo do equipamento, fornecendo uma perspetiva impressionante e de elevada resolução. A empresa aerospacial investiu na produção do vídeo que tem uma edição quase cinematográfica e deixa antever um futuro risonho para a exploração espacial privada.

A chegada à superfície da Lua aconteceu no domingo e aconteceu na região de Mare Crisium, noticia o Engadget. Esta foi uma das primeiras alunagem bem-sucedidas levada a cabo por uma empresa comercial e contou com a colaboração do programa CLPS, de Commercial Lunar Payload Services, da NASA.

A sonda está atualmente em operações na superfície, incluindo descarregar carga, recolher amostras de rególito e captar imagens. A missão tem uma duração estimada de duas semanas e inclui vários testes com recurso a dez instrumentos da NASA.

O GrupoConcept representa, assim, uma nova forma de olhar para os cuidados de saúde e beleza, permitindo que todas as mulheres tratem de si, recorrendo a tecnologia de ponta, com profissionais especializadas e tratamentos personalizados. Ao mesmo tempo, constitui uma oportunidade de negócio perfeita para qualquer pessoa empreendedora, mas particularmente adaptada a homens e mulheres que muitas vezes em dada altura, sentem vontade de mudar de vida e ter o seu negócio, ou diversificar o tipo de negócios que possuem.

Na rede existem inclusive, muitos casos de sucesso, onde após a aquisição bem sucedida de uma clínica BodyConcept e/ou DepilConcept, o mesmo franchisado, adquiriu mais unidades da mesma marca ou de ambas as marcas, possuindo atualmente várias unidades da rede.

Em duas décadas três amigos construíram um verdadeiro império de saúde e bem-estar.

Foi com a BodyConcept que Alexandre Lourenço, Sandra Castanheira e Susana Martins deram o pontapé de saída daquela que havia de se tornar a maior marca no setor da saúde, estética e bem-estar em Portugal. A qualidade dos serviços e tratamentos de estética de corpo e rosto, aliada ao objetivo de democratizar a beleza com recurso a tecnologia de ponta e profissionais especializados, foi uma aposta ganha e talhou o percurso da história da BodyConcept até aos dias de hoje. Convém não esquecer que uma em cada cinco mulheres faz tratamentos de estética o que, logo à partida, faz com que um negócio no sector tenha uma alta probabilidade de sucesso. E o que a BodyConcept tem para oferecer é algo de inovador: uma espécie de ginásio da estética em que mediante uma mensalidade de 55 euros uma pessoa pode fazer até 24 tratamentos corporais ou faciais. As opções passam por pressoterapia, termolipólise, eletroestimulação, crioterapia, máscara led, que aliadas a tratamentos em gabinete, tais como, endomassagem, radiofrequência de corpo e rosto, bodyevolution, drenagem linfática, criolipólise, massagens, manicure e pedicure, tratamentos médico-estéticos, e muito mais – ao todo, são mais de 50 tratamentos de estética apoiados por mais de 20 equipamentos de tecnologia de ponta.

A BodyConcept é a maior rede de franchising de clínicas de estética em Portugal, com uma variedade de prémios de franchising que comprovam a qualidade. Tem mais de 300 clínicas – dentro e fora de Portugal –, mais de 1500 colaboradores e mais de um milhão de clientes satisfeitos.

O GrupoConcept engloba as empresas BodyConcept com a oferta de tratamentos de estética e bem-estar, a DepilConcept especializada em soluções para os pelos e a pele, e a Concept+ a marca de produtos de cosmética.

Quem quiser tornar-se um franchisado BodyConcept terá acesso a um plano de negócios, a apoio na busca do local para abrir a sua loja, a apoio na procura de financiamento, terá acesso a formação inicial e contínua em estética e gestão de negócio, acompanhamento nas obras necessárias no espaço, receberá um sistema de gestão e faturação já devidamente configurado para o negócio em questão, e terá ainda acesso ao marketing global do grupo. Ou seja, tudo o que faz de um negócio um exercício desafiante e complicado desaparece por completo com a ajuda que é facultada.

Mafalda Castro – Embaixadora da DepilConcept

É tempo agora de falarmos sobre a DepilConcept, a 2ª maior marca europeia de depilação, lançada dois anos depois da BodyConcept, em 2007, com o objetivo, como o nome indica, de solucionar questões relacionadas com pelos, com tratamentos de depilação permanente, mas também problemáticas da pele, com fototerapias de corpo e rosto. Para além das opções permanentes, as clínicas DepilConcept oferecem ainda serviços de depilação com cera e com linha, bem como permanente e pintura de pestanas. Focando-se sempre em tecnologia de qualidade, a marca introduziu em 2015 a tecnologia Laser Díodo, que veio complementar os tratamentos de Luz Pulsada existentes até então, e em 2021, revolucionou o mercado com a introdução do equipamento Ultrawave, que alia uma tecnologia laser Diodo e laser de Yag, que permitem resultados mais rápidos e eficientes em todos os tipos de pele e pelo. Os resultados foram imediatos com um enorme crescimento da rede de clínicas, reforçado por um rebranding total da marca em 2017, que a tornou mais moderna e apelativa. Tornou-se líder de mercado em Portugal, na Polónia e na Eslováquia, estando também presente na Sérvia, Irlanda, República Checa, Kosovo e Croácia.

Aqui há que ter em consideração a amplitude do mercado, uma vez que, para além das mulheres, o número de homens que procuram serviços de depilação permanente está em constante crescimento. Ou seja, a DepilConcept é também uma oportunidade de negócio segura e vantajosa. E também aqui o franchisado pode contar com todo o tipo de apoio operacional, de marketing e formação para pôr o seu espaço a funcionar e a render.

O terceiro pilar que apoia estas duas operações é a Concept+, marca de produtos de cosmética exclusiva, criada pelo GrupoConcept em 2017, que representa um prolongamento das marcas BodyConcept e DepilConcept. Os produtos Concept+ – que vão do protetor solar ao anticelulítico, passando pelo sérum antioxidante com vitamina C ou pelo gel enzimático que promove a regeneração e a hidratação da pele, e até um desodorizante sem alumínio, adequado a peles sensíveis e irritadas – resolvem a necessidade de complementar os tratamentos corporais e faciais existentes, permitindo aos clientes continuarem as suas rotinas de beleza e bem-estar nas suas casas. A marca, assenta numa imagem contemporânea, com foco na redução do material plástico nas suas embalagens, aliada à qualidade dos produtos, à eficácia dos resultados obtidos, disponibilizando gamas específicas para a diversidade de problemáticas de corpo e rosto a tratar, assim como, para os diferentes tipos de pele. No mesmo ano em que foi criada, a Concept+ foi distinguida com o Prémio Top Beleza, o único dedicado à cosmética e bem-estar, atribuído por um júri de consumidores que testa os produtos, sem referência às marcas. Além disso, nos últimos meses, a Concept+ lançou 8 novos produtos no mercado nacional e internacional.

Mesmo em tempos de crise ou incerteza, o mercado da beleza tende não só a sobreviver, mas a florescer. Uma sensação de saúde, bem-estar e de boa aparência faz com que as pessoas se sintam mais seguras e confiantes, capazes de enfrentar qualquer desafio, pelo que investir em beleza, seja do ponto de vista do consumidor, ou do empreendedor, é sempre uma boa aposta.

A Apple não confirma oficialmente, mas fontes próximas e habitualmente bem informadas sobre os assuntos de Cupertino revelam que o iPhone dobrável está mesmo em desenvolvimento. Mark Gurman, da Bloomberg, avança que o aparelho deve estar finalizado em 2026, ao passo que Ming-Chi Kuo adianta que o preço deste equipamento deve situar-se entre os 2000 e os 2500 euros, levando-o a entrar para o topo dos iPhone mais caros.

Este modelo vai ter um ecrã preparado para não mostrar a dobra na parte central, como acontece com os dobráveis em formato de livro (como o Samsung Z Fold ou Honor Magic V3) e deve ter, entre os primeiros clientes, os fãs mais leais da marca devido ao posicionamento mais premium. Para comparação, o iPhone 16 Pro Max tem preços a partir dos 1499 euros.

Ainda sob a forma de rumores, com o ecrã dobrado o iPhone deve ter uma espessura entre os 9 e os 9,5 mm e quando aberto fica-se pelos 4,5 e os 4,8 mm. O ecrã aberto deve medir 7,8 polegadas, enquanto o telefone estiver dobrado deverá ter um ecrã de 5,5 polegadas.

A aposta em diferentes ecrãs e a possibilidade de executar várias tarefas em simultâneo devem ser capitalizadas ao máximo com a Inteligência Artificial, esperando-se que a Apple posicione o novo iPhone como tirando verdadeiramente partido destas capacidades.

Para lidar com a redução da espessura necessária, a Apple deve optar pelo Touch ID num botão lateral, em vez de integrar o Face ID para autenticação.

Sobre datas, ainda em especulação, as configurações finais devem ficar decididas no segundo trimestre de 2025, com o projeto a arrancar formalmente no terceiro trimestre e a produção em massa a começar no quatro trimestre de 2026.

Palavras-chave:

Andávamos com este menino debaixo de olho desde que nos foi apresentado num evento em Londres. Nesse primeiro contacto, a leveza e elegância do Zenbook A14 fez-nos lembrar um MacBook Air. Com uma diferença apreciável: o preço é mais reduzido. Foi, portanto, com natural expetativa que lhe deitámos a mão e fizemos dele o nosso portátil do quotidiano durante duas semanas.

Mas ainda antes de pegarmos no Zenbook A14, há algo que salta à vista: as opções cromáticas. É que a Asus disponibiliza este portátil em cinzento (segundo a marca, inspirado nos tons naturais das montanhas e rios da Islândia) ou bege (que reflete os tons quentes e ensolarados das terras áridas). Truques de marketing à parte, gostámos do bege que recebemos para análise, pois consegue ser uma cor diferenciadora e, ainda assim, suficientemente discreta para se enquadrar bem em qualquer reunião de trabalho com executivos de topo.

Mimo na ponta dos dedos

O design é minimalista e o chassis destaca-se pelo recurso a um material batizado de Ceraluminum. Como o nome indica, é uma liga que mescla as capacidades de resistência aos riscos da cerâmica com a durabilidade do alumínio. A capacidade anti-desgaste e anti-manchas conferem-lhe igualmente uma durabilidade considerável a longo prazo.

Asus Zenbook A14
As arestas arredondadas e o toque suave do Ceraluminum contribuem para que o A14 seja confortável na mão

Ao primeiro toque, não tem o impacto premium do metal, mas acabou por nos ir conquistando com o passar do tempo, até porque, como o processo de produção do material envolve a passagem de corrente elétrica durante o banho mineral, o padrão de cada máquina acaba por ser único. E, acima de tudo, é incrivelmente leve. Um portátil de 14 polegadas que pesa menos de um quilo é um feito digno de realce. E a espessura fica abaixo dos 16 mm.

Um pormenor que apreciámos bastante é a ligeira e discreta concavidade no centro da tampa que, conjugada com o design da dobradiça, permite abrir o portátil com apenas um dedo e sem esforço – e isto sem que o ecrã fique a abanar.

Depois de aberto, deparamo-nos com um teclado ErgoSense, cujos 19,05 mm de dimensão são os mesmos de um teclado de secretária. Isto torna a digitação mais confortável e os 1,3 mm de navegação longa das teclas dão mais uma boa ajuda para escrever sem ter de fazer demasiada força. Só gostávamos que as capas das teclas côncavas (de 0,1 mm) fossem um pouco mais pronunciadas. Apesar disso, é um dos nossos teclados preferidos dos últimos tempos. A retroiluminação de três níveis é potente e são disponibilizadas diversas teclas de atalho na fila superior (várias multimédia e até uma para emoji – sinal dos tempos…).

O touchpad tem uma dimensão considerável e quase que toca no teclado. O revestimento hidrofóbico proporciona um toque suave e é surpreendentemente pouco ruidoso, sendo que isto deve-se ao recurso a uma folha de interruptor com cúpula silenciosa para reduzir a força de impacto da pressão. Ainda assim, pareceu-nos um pouco ‘rijo’ nos cliques mais profundos. Mas valorizamos bastante os atalhos na lateral do touchpad que permitem ajustar rapidamente a intensidade do brilho do ecrã ou o volume.

Como é apanágio da Asus, a conectividade não foi negligenciada. As duas portas USB 4 Tipo-C suportam fornecimento de energia e permitem até 40 Gbps de velocidade de transferência de dados. A elas junta-se uma USB 3.2 Gen 2 Tipo-A (a única na lateral direita), uma HDMI 2.1 e a ‘velhinha’ (e valorizada) ficha de áudio.

Números no papel vs comportamento na realidade

A nível de hardware, o grande destaque deste Zenbook é a opção por um processador da Qualcomm, em detrimento das mais clássicas Intel ou AMD. Em termos de benchmarks puros, os valores podem não ser tão elevados como os de máquinas concorrentes equipadas com CPU de outros fabricantes, mas, em termos de performance para as tarefas do quotidiano, o Snapdragon X permitiu sempre trabalhar com uma fluidez apreciável. O único reparo que podemos fazer é que nos primeiros dias tivemos de forçar o reiniciar várias vezes, pois as naturais inúmeras atualizações de software (sistema operativo e aplicações) que decorriam em segundo plano fizeram com que o A14 não conseguisse sair do estado de hibernação. Findos todos os updates, a questão não ressurgiu.

Este não é, claramente, um portátil adequado para jogos. Não estávamos a contar que fosse, mas, ainda assim, esperávamos um desempenho um pouco melhor do GPU Adreno X1-45. Por outro lado, a autonomia é um ponto forte. Claro que o rendimento da bateria de 70 WHrs está intimamente ligado ao estilo de utilização, mas, no nosso caso, conseguimos praticamente dois dias de trabalho sem ter de ligar o cabo de alimentação. E há ainda tecnologia de carregamento rápido. Segundo as contas da Asus, é possível recuperar 60% da bateria em 49 minutos.

Asus Zenbook A14
A Asus oferece uma capa para ajudar no transporte. Algo já muito facilitado pelos escassos 980 g de peso

Outro ponto que nos chamou a atenção foi a eficácia do sistema de dissipação, composto por um heatpipe e duas ventoinhas de alumínio. Nunca demos por um aquecimento excessivo e o silêncio surpreendeu, mesmo no modo Padrão (era o modo Sussurro que vinha ativado por predefinição).

Assistência Inteligente

O Zenbook A14 é oficialmente um Copilot+ PC. Isto significa que integra um motor de Inteligência Artificial que visa impulsionar a produtividade. Um bom exemplo prático disso – além da tecla de atalho dedicada à aplicação Copilot da Microsoft – é a funcionalidade Cocreator no Paint, em que, à medida que se desenha, são sugeridos elementos artísticos personalizados. Surpreendentemente viciante para quem sempre foi um inepto do desenho. Refira-se ainda que a Asus disponibiliza algumas aplicações de marca própria. Entre elas, destacamos a GlideX, que permite partilhar ecrãs entre dispositivos, e a ScreenXpert, para ajudar a gerir janelas de aplicações em todos os ecrãs ligados para um fluxo de trabalho mais fluído.

Olhos, ouvidos, veredicto

Nem precisávamos de consultar a ficha técnica para adivinhar que o Zenbook A14 vem equipado com um painel OLED. As cores fortes e o contraste apurado já eram um claro indicador disso. Mas os muitos reflexos também. No cômputo geral, porém, é um bom ecrã de 14 polegadas para trabalhar e ver uma série ou filme. A resolução é ligeiramente superior ao Full HD (1920×1200, neste caso), embora a taxa de atualização de 60 Hz nos pareça ‘curta’ para um ultraportátil de 2025.

No campo do áudio, este Zenbook conta com altifalantes duplos supra-lineares. É capaz de atingir um volume muito elevado, mas nota-se o predomínio dos agudos sobre os graves. Não é, portanto, o ideal para os puristas da música, mas cumpre perfeitamente os requisitos básicos para uma sessão de streaming numa Netflix (ou similar) e até para videochamadas de cariz mais profissional.

Asus Zenbook A14

Já que falamos em videochamadas, há que realçar que a webcam pode chegar aos 1080 p a 30 fotogramas por segundo (fps) com um rácio de 16:9. Sentimos falta de algum detalhe e a imagem pode ficar comprometida em situações com uma iluminação mais desafiante. Mas não deverá sentir problemas em chamadas ‘normais’ durante o dia em espaços abertos.

Em síntese, o A14 foi-nos apaixonando gradualmente. Quanto mais o usámos, mais fãs ficámos. A arquitetura ARM e o processador Snapdragon ainda têm algumas limitações de desempenho em ambiente Windows para quem for um utilizador mais avançado, mas a verdade é que ficámos plenamente satisfeitos com a performance quotidiana. O Ceraluminum é uma aposta ganha – suave ao toque sem abdicar da robustez – e faz deste Zenbook um peso-pluma dono de uma autonomia impressionante.

Em resumo, leve e elegante, este Zenbook A14 é um ultraportátil para quem se desloca com frequência, valoriza a autonomia e não quer abdicar de um ecrã de 14 polegadas

Tome Nota
Asus Zenbook A14 UX3407Q | €1299
asus.com/pt

Benchmarks Cinebench R23: Single core – 973 / Multi core – 5656 * 3D Mark: CPU Profile – Max threads – 5634 / Night Raid – 16754 / Steel Nomad Light – 1127 * Final Fantasy XV (Standard quality, 1920×1080) – 1518

Jogos Fraco
Produtividade Muito bom
Criatividade Fraco
Autonomia Excelente

Características Ecrã OLED 14″ WUXGA (1920×1200, 60 Hz, 600 nits, HDR)) * CPU Snapdragon X – X126100 – Qualcomm Oryon * GPU Qualcomm Adreno X1-45 * 32 GB RAM LPDDR5 * SSD 512 GB * USB 3.2 Gen 2 Tipo-A, 2x USB 4.0 Gen 3 Type-C, HDMI 2.1, jack de 3,5mm * Wi-Fi 6E, Bluetooth 5.3 * Webcam FHD 1080p * Bateria de 70 WHrs * Windows 11 Home * 310,7×213,9×15,9 mm * 980 g

Desempenho: 3,5
Características: 4
Qualidade/preço: 4

Global: 3,8

“São todos iguais”, “este rouba, mas ao menos faz”, “só querem é tachos”, “é preciso dizer umas verdades”, “só quem não trabalha é que tem tudo de mão beijada, a mim nunca me deram nada”, “já não se pode dizer nada”, “isto só lá vai com um Salazar em cada esquina”, “este país não se governa nem de deixa governar”.

“É preciso estabilidade política”, “se o País não cresce, nunca vai ser possível aumentar salários”, “os portugueses não querem eleições”, “não se pode dar tudo a todos”, “é preciso chamar os técnicos, afastar os políticos”, “vamos nomear uma comissão independente, um grupo de trabalho, chamar a sociedade civil”, “ele é bom porque é independente, não veio dos partidos”.

Estas frases soam familiares? Quantas vezes as ouvimos todos já no café do bairro, na banca de hortaliças no mercado, no restaurante mais caro, na caixa de comentários do jornal ou no Twitter, numa conferência ou num estúdio de televisão, num táxi ou à porta da escola dos miúdos?

Todas estas frases, de uma maneira mais polida ou mais boçal, traduzem o mesmo sentimento: uma enorme impotência. São frases que nos dizem que não há nada a fazer, porque não há alternativa. São frases que nos põem no nosso lugar, no lugar dos que se indignam, mas não têm força para mudar nada. São frases que mostram que precisamos de um ser iluminado, de um técnico, de um especialista, de um D. Sebastião. São frases que nos dizem para desistir, porque nunca faremos a diferença. São frases de quem já nada espera ou de quem acha que a única coisa que tem a fazer é esperar.

Frases como esta andam por aí há muitos anos. Acho que as ouvi toda a minha vida e já não vou para nova. Mas cada vez se repetem mais, como um muro que se ergue à nossa frente. Elas ganham a força que nós vamos perdendo.

São frases perigosas porque, cada uma à sua maneira, ajudam a que olhemos para a democracia como um instrumento obsoleto. Ouvi, esta semana na rádio, um ouvinte desiludido sentenciar por fim: “O povo português não tem maturidade para viver em democracia”.

Eu entendo o ouvinte. Depois de muitos anos a levar com estas frases, ele conclui que faz parte de um povo que não tem as qualificações mínimas para exercer o direito à sua autodeterminação. Já não é só a democracia que tem falhas (porque as tem), somos nós que não estamos à altura dela. Somos politicamente desqualificados.

Quem já tenha lido sobre o que passou na Primeira República sabe o quanto, a dada altura, os jornais se encheram de artigos a glorificar a ditadura. E não faltam razões para o fazer.

Nada é mais estável do que uma ditadura. Sob uma ditadura, não há crises políticas nem escândalos. Não é porque não estejam uns quantos a roubar e a ser corrompidos (sabemos bem que é o regime mais corrupto de todos), mas nunca saberemos ao certo quem nem como e seguramente não seremos incomodados com notícias sobre corrupção, nepotismo e tráfico de influências. Haverá corrupção, nepotismo e tráfico de influências, mas não se escreverá uma linha sobre isso nem se abrirá um processo, a menos que os crimes tenham sido cometidos por quem já não interessa ao regime e, nesse caso, também nunca saberemos se os acusados são ou não culpados, porque também deixará de haver julgamentos justos.

Imaginem o sossego! Acabam-se as notícias sobre casos, casinhos e megaprocessos. Acabam-se mesmo as notícias. A não ser aquelas que sirvam para exaltar as virtudes do ditador e do seu regime. Uma limpeza! Acaba-se com aqueles jornalistas ofegantes e comentadores maledicentes. Ninguém faz perguntas e ninguém chateia. Claro que se formos vítimas de uma injustiça nos vai custar talvez um pouco não a poder denunciar. Mas quem se importa com isso? Temos sempre o Tik Tok e o Instagram e o X  e o Facebook, que lá falamos sem filtros. Ou será que não? Será que nos podem apagar comentários, bloquear a conta, tornar-nos invisíveis manipulando o algoritmo?

Não importa. Ao menos vai tudo a eito. Limpamos o pântano. Cortamos a direito com uma motosserra. E nós, os nacionais puros, os trabalhadores, os que não temem porque não devem, teremos tudo aquilo de que precisamos. Ou será que não? Como faremos se o plafond do seguro acabar quando nos chega o cancro? Como conseguiremos viver na velhice se alguém declarar que a Segurança Social é um Esquema de Ponzi? Como estudarão os nossos filhos se os preços dos colégios dispararem por já não haver escola pública?

E isso que importa? Viverão os mais fortes. E quem são os mais fortes? Somos nós, os vencedores. Aqueles que agora vivem tolhidos pelo inconveniente da crise política, que só não ascendem aos píncaros da fortuna porque são obrigados a pagar impostos, os que têm de levar com a maçada de votar.

Que chatice que é votar. Para que é que querem saber a nossa opinião? Que esbulho que é pagar impostos! Quem é que pode achar boa ideia contribuir com uma parte do seu trabalho para que todos possam ter acesso a saúde, educação, justiça, pontes e estradas. Mas se tudo isso falha, estamos a pagar para quê? Sim, falhará alguma coisa por agora, mas podemos dizer que falha sempre? E daquela vez em que a nossa mãe foi assistida por ter um cancro? E quando precisámos de recorrer ao centro de saúde ou à escola? Bem, não interessa. Havemos de ser dos que prosperam e não precisam do Estado para nada. E se não formos, é porque somos uns falhados e merecemos morrer.

E morrer, já se sabe, tem pelo menos uma enorme vantagem: não precisamos de ir votar.

A emergência tem, muitas vezes, um efeito aglutinador, capaz de fazer esbater as diferenças, de reunir adversários e agregar todos num objetivo comum. Ao fim de mês e meio de presidência de Donald Trump, da sua reaproximação a Vladimir Putin, e após a cena surrealista e humilhante vivida, há uma semana, por Volodomyr Zelensky na Sala Oval, os líderes europeus perceberam que estão mesmo perante uma emergência. E, sem perderem tempo, conseguiram forjar uma inédita coesão com vista à reconstrução de uma potência militar no espaço europeu, capaz de se libertar do escudo protetor dos EUA e, em simultâneo, poder enfrentar frontalmente a ameaça russa
Desta vez, ao contrário do que sucedeu em vários momentos da União Europeia, tudo indica que não estamos apenas perante uma declaração de intenções ou de uma declaração ruidosa, mas que acaba por terminar em mais uma regulamentação burocrática e tantas vezes inócua. Agora, parece que estamos mesmo a assistir a uma verdadeira revolução no espaço europeu e, porventura, ao início de uma nova era.  
Os sinais estão à vista: depois de décadas a pugnar pela paz e pelo desarmamento, a Europa muda o seu paradigma. A ordem agora é só uma: mais e mais armas. Usar todo o dinheiro possível para remodelar e reforçar a indústria de defesa. Com uma rara unidade que, até há poucas semanas, parecia impossível, mas que, neste momento é partilhada pelos líderes da Alemanha e de França, da Polónia e de Itália, passando por Espanha e quase todos os outros, com a óbvia e cínica exceção da Hungria, de Viktor Orban.

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Voz das bandas Sean Riley & The Slowriders e Keep Razors Sharp, Afonso Rodrigues acabou de lançar o registo de estreia em nome próprio, “um álbum de indagações, autodescoberta e nostalgia”, que tem como novidade o facto de ser totalmente escrito e cantado em português.

A ideia começou a tomar forma durante os confinamentos, mas foi só depois de uma viagem ao continente africano, já em 2022, que Afonso decidiu transformar os seus escritos em música, finalmente materializada neste disco, inspirado pelas imagens, realizações e memórias do seu autor.

Agora, é tempo de a apresentar ao vivo, primeiro em Lisboa (já nesta sexta, 7, e no sábado, 8), depois no Porto, a 15, e ainda em Leiria, sua cidade natal, a 21, num concerto integrado no festival Clap Your Hands. A VISÃO falou com Afonso Rodrigues.

Como é que surge o português nas suas canções e porquê agora?

Escrever em português é um desejo antigo, praticamente tão antigo como as primeiras canções em inglês. Foi preciso encontrar tempo, inspiração e uma “voz” que sentisse que tinha algum interesse e verdade para mim. Estes fatores começaram a alinhar-se no início de 2020 e desde então, nos bastidores, tenho estado a trabalhar de forma mais ou menos regular no que viria a ser este disco. 

O que é que o português lhe permite dizer que o inglês não permitia?

É uma pergunta interessante… Penso que o inglês permite dizer tudo o que se possa querer dizer em português. Acho é que a mesma ideia, imagem, o mesmo sentimento, emoção, o que for, é “traduzido” de uma forma muito diferente pelas palavras. Tudo é diferente: métrica, musicalidade, exposição, profundidade, tudo. Uma das razões pelas quais tenho estado tão interessado em escrever em português é precisamente essa. É tudo diferente e novo, requer aprendizagem e reflexão, e estar perante esse desafio é excitante. 

Como é que o processo de composição mudou a partir do momento em que começou a pensar a música noutro idioma?

O que mudou imediatamente foi ter de encontrar o meu lugar na escrita em português. Essa procura ou interrogação já não acontecia na escrita em inglês há muito tempo. Foi preciso encontrar primeiro o caminho por onde queria ir antes de poder trilhá-lo. No início, houve uma preocupação consciente em analisar o que estava a fazer, se isso fazia ou não sentido para mim. Nesse aspeto, a composição partiu logo de um sítio muito diferente em comparação com outros discos que tenho feito. 

Foi por isso que assinou o disco com o seu nome verdadeiro e não através de um alter ego ou de uma banda?

Na criação deste disco esteve sempre presente uma ideia de apresentar a minha música de uma forma mais despida. Sem bandas, sem alter egos, sem línguas estrangeiras. De certa forma, sem muitos ornamentos nem maquilhagem. À medida que ia somando canções, e tendo cada vez mais  uma noção clara do que iria ser o álbum, mais me fazia sentido a ideia de que só poderia apresentá-lo em meu nome.

Como vai ser este espetáculo, apenas centrado no novo disco ou haverá tempo e espaço para visitar outros momentos da sua carreira?

O espetáculo vai ser a apresentação deste disco, com a inclusão de alguns originais inéditos e versões de canções em português de que gosto. Nunca me fez sentido misturar repertório dos meus outros projetos ou discos cantados em inglês. Isto é uma coisa totalmente diferente, que tem vida própria, e que, pelo menos para mim, não faz sentido misturar com nada do que fiz antes.

Teatro da Garagem > Costa do Castelo, 75, Lisboa > 7-8 mar, sex-sáb 21h > €10,70 a €16,05 > Passos Manuel > R. de Passos Manuel, 137, Porto > 15 mar, sáb 21h > €15 > Teatro Miguel Franco > R. Dr. Correia Mateus, Leiria > 21 mar, sex 21h > €8,05