Linda Yaccarino, diretora executiva da X, anunciou que o serviço de pagamentos X Money, que suporta “fundos seguros e instantâneos na X Wallet através do Visa Direct”, vai chegar aos utilizadores ainda este ano. A diretora confirma que o serviço recebeu aprovação em 41 estados dos EUA para efetuar transferência de dinheiro.

No ano passado, surgiram rumores de que o X Money ia ter também acordos com o Citibank ou com outros fornecedores de pagamentos como a Stripe ou a Adyen, lembra o The Verge.

Este passo coloca o X mais próximo de ser uma plataforma para “tudo”, como projeta Elon Musk para o X. Recorde-se que pouco após a compra do Twitter, em outubro de 2022, Musk tinha descrito planos para o transformar num banco que ofereceria serviços de depósitos a prazo, cartões de débito, cheques e empréstimos, afiançando que os serviços financeiros estariam disponíveis antes do fim de 2024.

Agora, Yaccarino confirma que a Visa é a primeira parceira, mas que há mais anúncios relativos ao X Money que serão feitos ao longo deste ano.

No ano passado, Schmidt tinha dito que os EUA estavam dois ou três anos à frente da China no que toca à Inteligência Artificial. Agora, com o desempenho impressionante do DeepSeek, o ex-CEO da Google considera que estamos num ponto de viragem, ficando provado que a China consegue competir com as grandes tecnológicas usando menos recursos.

Num artigo de opinião assinado no Washington Post, o executivo recomenda que os EUA desenvolvam mais modelos de código aberto, invistam em estruturas de suporte à Inteligência Artificial como o Stargate e encorajem os laboratórios de topo a partilhar as suas metodologias de treino.

Já antes Schmidt tinha apelado diretamente a um maior investimento financeiro, algo com que as suas próprias empresas beneficiariam: a White Stork poderia vir a fornecer drones com IA ao Exército e a Holistic AI, onde detém uma participação, podia ajudar as empresas a cumprir a regulamentação sobre IA.

Com um design elegante e simples, a coluna adapta-se a qualquer ocasião, acompanhando-nos por toda a casa, independentemente da divisão, assim como ser uma companheira de som no exterior. Apesar do aspeto sóbrio, que apreciamos, as dimensões reduzidas tornam-na fácil de transportar para qualquer local. Na traseira, encontramos até um gancho que permite transportá-la em segurança, minimizando o risco de quedas. Além disso, com resistência IPX4, a coluna é resistente a salpicos e pequenos acidentes envolvendo água, o que a torna ideal para usar em ambientes como a piscina ou a cozinha, por exemplo.

A qualidade sonora é bastante convincente, especialmente tendo em conta as dimensões reduzidas. Para espaços como um quarto ou uma sala, esta pode ser uma opção perfeitamente viável, sendo provável que o utilizador fique satisfeito. A Sony destaca que esta coluna é especialmente dedicada aos sons graves e, de facto, não é apenas uma promessa — é mesmo realidade. Testámos várias músicas e ficámos imediatamente surpreendidos com o impacto que uma coluna tão pequena consegue gerar.

Os graves são nítidos, e mesmo com o volume no máximo, não se verifica qualquer distorção. A coluna oferece um som muito equilibrado, com qualidade tanto nos médios como nos agudos. Nos médios, é possível distinguir cada instrumento com clareza, e nos agudos, a tocar Tina Turner, por exemplo, ficámos agradavelmente surpreendidos com a nitidez e a força do som. A LinkBuds Speaker é pequena em tamanho, mas grande em qualidade.

Conversar sem o telemóvel

Uma funcionalidade disponibilizada e que valorizamos é a possibilidade de realizar chamadas em mãos livres através da ligação Bluetooth. Isto é possível graças ao microfone incorporado na parte superior da coluna. Assim, podemos estar a ouvir música e, sempre que alguém nos liga, atender diretamente na coluna e conversar por lá.

Durante a nossa utilização, constatámos que o microfone garante boa qualidade e nitidez, permitindo chamadas estáveis, desde que estejamos relativamente próximos da coluna. Até cerca de 1 metro de distância, o microfone desempenha bem a sua função. Contudo, se nos afastarmos, a pessoa com quem estamos em contacto pode ter dificuldade em ouvir-nos. No geral, esta funcionalidade revela-se bastante útil, especialmente quando não temos o telemóvel por perto.

Uma app funcional

Através do equalizador manual podemos personalizar os níveis dos graves e dos agudos

Com a aplicação Sound Connect, temos acesso a várias opções de personalização, como, por exemplo, criar o nosso estilo de som preferido. Através de um equalizador manual, a app disponibiliza diversas opções que podemos ajustar conforme as nossas preferências. No final, conseguimos configurar o estilo de som preferido e predefini-lo para ser reproduzido automaticamente.

Outra funcionalidade que pode ser ativada na aplicação é o Auto Switch. Esta opção permite alternar entre dispositivos de forma simples, sem necessidade de usar o telemóvel. Por exemplo, caso tenha também uns auscultadores Sony, pode estar a ouvir num dos dispositivos e, de forma intuitiva e rápida, alternar para o outro.

Destacamos ainda que, se estiver a pensar utilizar esta coluna em espaços exteriores, é uma boa escolha. A coluna apresenta características suficientes para garantir uma boa qualidade sonora, mesmo em ambientes mais desafiantes. Testámo-la numa zona movimentada, perto de uma estrada, e obtivemos uma experiência convincente. Uma coluna muito completa e versátil, tanto para uso interior como exterior.

Conseguimos uma autonomia de cerca de 20 horas com níveis de volume equilibrados (a Sony promete até 25 horas de reprodução contínua), pelo que não será um problema em situações normais de uso. Já o carregamento pode ser realizado de duas formas: através de uma porta USB-C localizada na traseira ou utilizando uma base de carregamento onde a coluna encaixa e começa a carregar de imediato.

Durante a nossa utilização, preferimos sempre a opção da base de carregamento. Esta pode ser mantida ligada a um computador ou a uma tomada, por exemplo, e, quando necessário, basta pousar a coluna na base. O carregamento é feito através de cinco pinos magnéticos, garantindo praticidade e eficiência.

Tome Nota
Sony LinkBuds Speaker – €160
Site: sony.pt

Portabilidade Muito Bom
Som Muito Bom
Autonomia Muito Bom
Construção Bom

Características Frequências: 20 Hz-20k Hz ○ Bluetooth 5.2 ○ Codecs: SBC, AAC ○ Stereo Pair, Maõs livres ○ Autonomia: até 25h ○ Entradas: USB-C ○ IPX4 ○ Dimensões: 84x110x90 mm ○ Peso: 520g

Desempenho: 4,5
Características: 4
Qualidade/preço: 4

Global: 4,2

Já lhe aconteceu falar sobre um determinado produto ou marca e passado pouco tempo surgirem, no seu telemóvel, anúncios de publicidade direcionados para a compra esses produtos? Muitas pessoas têm a sensação de que os telemóveis estão constantemente a ouvir as suas conversas, e não estão erradas.

Os microfones dos telemóveis estão sempre estão sempre ligados – caso as funcionalidades estejam ativas – para que os assistentes virtuais – como a Siri ou a Alexa – possam responder aos comandos lançados pelo consumidor. Contudo, estas ferramentas são muitas vezes utilizadas para mostrar ao utilizador anúncios com base nos tópicos que mais lhe interessam, sobretudo através das diversas aplicações – não relacionadas com os assistentes virtuais – às quais se permite o acesso total ao microfone, muitas vezes apenas ao aceitar os termos e condições.

Segundo um relatório, divulgado em 2023, pela empresa de cibersegurança NordVPN, as “escutas” aos telemóveis são realizadas através de “sinalizadores de áudio” que ligam “todos os dispositivos detidos [pelo utilizador] para registar o comportamento e localização”. Os resultados do relatório revelaram que mais de um terço das pessoas em todo o mundo (36%) afirmam ter recebido um anúncio para um determinado produto nos seus smartphones logo após terem falado sobre o mesmo. Já 58% das pessoas referiram não saber como evitar que isso aconteça.

Em setembro do ano passado, a gigante da comunicação Cox Media Group (CMG) – parceira de empresas como a Google -, admitiu ter recorrido a um software de inteligência artificial (IA) para aceder ao microfone dos telemóveis para fins comerciais. Num relatório interno, a empresa afirmou que o programa permitia aceder “a conversas em tempo real”, uma estratégia para definir alvos de publicidade com base nas conversas registadas e comportamentos dos utilizadores online – pesquisas realizadas, por exemplo, no Google. “Embora normalmente os consideremos inocentes e necessários, [os anúncios] são um forte indicador de que está a permitir que o seu dispositivo tenha demasiado acesso aos seus dados pessoais e interesses”, explicou Marijus Briedis, diretor de tecnologia da NordVPN.

Apesar de trabalhar com o Google, Facebook ou Amazon, estas empresas negaram sempre o acesso aos microfones para fins publicitários. “Todos os anunciantes devem cumprir todas as leis e regulamentos aplicáveis, bem como as nossas políticas do Google Ads, e quando identificarmos anúncios ou anunciantes que violem essas políticas, tomaremos as medidas apropriadas”, explicou um porta-voz da Google ao The New York Post. Já a Meta – que detêm o Facebook, WhatsApp e Instagram – garantiu, após a polémica, não utilizar os microfones para gerar publicidade direcionada.

Como posso saber se o meu telemóvel está a ser escutado?

De forma a ajudar os utilizadores a testar esta realidade, a NordVPN desenvolveu um teste, de quatro passos, e que envolve escolher um tema ou produto, falar abertamente sobre o mesmo na presença do telemóvel durante algum tempo, continuar a utilizar o telemóvel normalmente e, passado algumas semanas, verificar se os anúncios correspondem ao tópico escolhido.

É legal o meu telemóvel estar a ouvir as minhas conversas?

Ao aceitar os termos e condições de cada aplicação ao criar uma conta ou instalá-la no smartphone, os utilizadores estão a dar à aplicação consentimento para esta prática, mesmo que não tenham essa consciência. Por exemplo, ao consentir o uso de assistentes virtuais, o consumidor aceita que o Google Assistant, a Siri ou a Alexa se encontrem sempre ativos, apesar de as empresas por detrás destes recursos afirmarem que esta escuta é seletiva a frases que ativam a ferramenta.

Como limitar o acesso ao microfone

De forma a prevenir estas situações é possível, nas configurações do dispositivo, limitar o acesso que várias aplicações têm ao microfone do telemóvel. “Apesar de ser impossível impedir que estes sinalizadores funcionem, pode reduzir a probabilidade de ter o seu smartphone a ouvir-lo ao restringir permissões desnecessárias que concedeu às aplicações”, explicou Adrianus Warmenhoven, consultor de segurança da NordVPN, num relatório da empresa.

Outras opções incluem a utilização de um browser privado – por não guardarem dados pessoais para fins publicitários – ou a utilização de uma VPN – uma ferramenta que encripta todas as informações sobre a atividade na internet.

Uma das utilizações mais frequentes do pavilhão nacional tem lugar nas competições desportivas internacionais, como forma de identificação e afirmação do país perante o mundo, como sucede nos jogos olímpicos, provas europeias e mundiais de futebol e muitas outras modalidades. Por vezes, acontece também em provas internacionais onde Portugal está representado por equipas de clubes ou atletas individuais. Não vem mal daí ao mundo.

Porém, nos últimos anos tem vindo a verificar-se uma tendência da extrema-direita para assumir a bandeira nacional como símbolo próprio contra o restante espectro político, abrindo assim caminho a uma perversão do próprio símbolo, o qual representa a totalidade do país. A captura da simbologia nacional por uma fação política não deixa de ser uma agressão contra o país que se diz defender, mas também contra a sua história e todos quantos não se enquadram nesse campo ideológico específico.

Este fenómeno está presente em várias partes do mundo, incluindo Portugal. Veja-se o caso paradigmático do Brasil, onde não apenas o pavilhão nacional mas até a camisola da seleção nacional de futebol foi elevada à condição de estandarte político.

No fundo, tal expediente parece ser uma forma de sublinhar um certo nacionalismo, talvez em oposição a um determinado internacionalismo que lhe está nos antípodas. Precisamos de patriotismo e não de nacionalismo. O amor à pátria não é o mesmo do que a defesa de uma etnia ou nacionalidade. Amar a pátria é identificar-se com a sua totalidade, todos os seus filhos e mesmo aqueles que, sendo de outras origens, nela vivem e trabalham contribuindo assim para a sua prosperidade.

O patriotismo assenta numa lógica de inclusão; já o nacionalismo é estruturalmente excludente, não apenas dos estrangeiros, dos migrantes e refugiados, mas até dos nacionais que não pensam da mesma forma e se sintonizam noutros quadrantes ideológicos. A pátria é uma mãe com muitos filhos e a todos recolhe debaixo das suas asas, e, quando não é assim, o país fica ferido por uma ideia de superioridade em que uns desconsideram os outros.

Se atendermos a que a Constituição portuguesa estabelece a bandeira nacional como “símbolo da soberania da República, da independência, unidade e integridade de Portugal” (art. 11º), não se pode aceitar que seja utilizada justamente para dividir os portugueses entre bons e maus. Aliás, a própria expressão “portugueses de bem” é uma aberração em si mesma.

Como símbolo do país todo, a bandeira nacional não deve ser utilizada de qualquer maneira. Isabel Amaral, presidente emérita da Associação Portuguesa de Estudos de Protocolo, diz que “a bandeira nacional não é um adereço”, mas também não deve ser usada apenas para conferir credibilidade a um evento.

A verdade é que existe repetida má utilização do pavilhão nacional, por exemplo quando é utilizado para “para revestir placas comemorativas, apesar de esta ser uma prática comum”, o que contraria o decreto-lei nº150/87 de 30 de Março.   

Mas quando um agrupamento político-partidário usa a bandeira nacional como sua marca distintiva, apesar de ter uma bandeira própria, está a reduzi-la a um instrumento de fação e destrói-lhe o sentido.

Se a bandeira das quinas representa a unidade e integridade do País, reduzi-la a símbolo de um grupo é retalhar Portugal. Afinal, tal prática é anti-nacionalista e anti-patriótica.

PS – Moisés Espírito Santo faleceu há dias, aos 90 anos, depois de doença prolongada. O professor catedrático jubilado da Universidade Nova de Lisboa era um grande sociólogo das religiões que introduziu esse ramo científico em Portugal, e com quem convivi. Já jubilado, lecionou na universidade sénior de que fui reitor, a meu convite. Deixou imensa obra escrita decorrente da sua profícua atividade como investigador, enriquecendo assim muitíssimo a área científica da Ciência das Religiões e o estudo do fenómeno religioso em Portugal.

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Os textos nesta secção refletem a opinião pessoal dos autores. Não representam a VISÃO nem espelham o seu posicionamento editorial.

Palavras-chave:

Não dá para evitar: por mais sério que seja o tema – e este é-o em demasia – oiço o Carlos Moedas a falar e apetece-me ir a correr buscar um balão cheio de hélio e fazer como Ricardo Araújo Pereira, em Isto é Gozar com Quem Trabalha (que, registe-se, tem sido o programa mais visto na televisão, aos domingos)

Passado esse momento, não raras vezes resvalo para a estupefação. Mas nunca tanto como ao escutá-lo ontem, a reagir aos números divulgados pelo Diário de Notícias dando conta da baixa abrupta da criminalidade em Lisboa em 2024.

Não deveria ser ele, presidente da cidade em questão, o maior interessado nesta contabilidade? A segunda maior descida em 10 anos não quereria dizer que a “sua” capital estava a funcionar bem? Que, arrisco até a exceder-me, as medidas tomadas de investimento em mais segurança, estavam a resultar?

Olhe que não, caro leitor, olhe que não.

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Depois de passar a pente fino os dados sobre a temperatura e a mortalidade de mais de 850 áreas urbanas em 30 países europeus, um grupo de investigadores conseguiu projetar as possíveis mortes relacionadas com temperaturas extremas entre 2015 e 2099: 2,3 óbitos a mais causados tanto por calor como frio extremos, se os países não adotarem medidas para combater as alterações climáticas.

Os resultados, publicados na Nature, foram obtidos através de modelos climáticos, que sugerem que, apesar de as temperaturas ameaçarem a vida humana tanto num extremo como no outro, o calor é pior.

Espanha, o sul de França, Itália e Malta são as regiões mais afetadas de acordo com esta previsão.

Na Europa, as mortes causadas pelo frio ainda são em número 10 vezes superior ao das provocadas pelo calor. Os investigadores acreditam que com o aumento da temperatura a nível global, esta tendência deverá inverter-se.

Pierre Masselot, epidemiologista ambiental e estatístico na Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres, e os restantes envolvidos no estudo, analisaram quatro cenários para o futuro, com diferentes aumentos de temperatura – 1.5°C, 2°C, 3°C e 4°C – e outros três envolvendo estratégias dos países para reduzir as mortes relacionadas com o calor em 10%, 50% ou 90 por cento.

Hernâni Dias, secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, apresentou esta terça-feira a demissão a Luís Montenegro, que a aceitou. Na carta de demissão, a que a Lusa teve acesso, Hernâni Dias anunciou ainda que suspenderá o mandato como deputado para ser ouvido no parlamento.

Na sexta-feira, a RTP noticiou que Hernâni Dias criou duas empresas que podem vir a beneficiar com a nova lei dos solos, sendo que é secretário de Estado do ministério que tutela essas alterações. Uma semana antes, o mesmo canal de televisão avançou que Hernâni Dias estava a ser investigado pela Procuradoria Europeia e era suspeito de ter recebido contrapartidas quando foi autarca de Bragança.

“Estou de consciência absolutamente tranquila. Gostaria de reiterar que a minha demissão nada tem a ver com o receio de esclarecer as questões que têm sido veiculadas pela comunicação social. Bem pelo contrário, renovo a minha vontade e plena disponibilidade para prestar todos os esclarecimentos às autoridades competentes”, lê-se na carta.

O governante demissionário acrescenta que vai suspender o mandato de deputado para ser ouvido no parlamento, aguardando a aprovação da sua audição já pedida por vários partidos, para “esclarecimento cabal de todos os assuntos, o mais rápido possível, e encerrar a desinformação que tem sido difundida”. Hernâni Dias fala numa “vaga de notícias que contêm falsidades, deturpações e insinuações injustificadas”.

“E apesar de se referirem a situações totalmente desligadas das funções que desempenho, entendo que é minha obrigação proteger a estabilidade do Governo e, em especial, a posição do senhor primeiro-ministro”, justifica.

O antigo autarca considera que “na vida política há que ter a hombridade de assumir” decisões, dizendo que a sua “é pautada pelo entendimento de que, neste momento, a continuidade como secretário de Estado poderia ser vista como um fator negativo, logo prejudicial ao trabalho do Governo”.

“Esta decisão surge, também, da necessidade de proteger a minha família e preservar a sua privacidade e bem-estar, que, em face das atuais circunstâncias, se tornaram vulneráveis”, afirmou.

Estou indeciso. Angustiado. Oscilante. Perplexo. Começo com a mineração de uma criptomoeda ou dedico-me a construir um modelo de Inteligência Artificial? Ou faço as duas coisas ao mesmo tempo. Parece um dilema, mas, na verdade, é um trilema: que nome dar à moeda e à IA?

Isto vai consumir anos, muita energia e uma mega central de dados? Não sei, mas não é essa a minha ideia. Acho que a coisa se resolve com um portátil de pequena dimensão. A sério.

Senão vejamos: peço à «DeepSeek», acabada de nascer, que me crie os códigos para a mineração da criptomoeda. É só fazer «Run». Antes disso, obviamente, tenho de lhe dar um nome e um estatuto, numa linguagem credível. Pode ser «Real FazendaCoin», «Official PastelCoin» ou até «Trambiqueiro Token». O nome não interessa, na verdade. O importante é decidir quantos milhões de moedas vão ser mineradas: no mínimo, 100 milhões.

Criada a moeda digital, arranca a Inteligência Artificial. Também está na tecla do computador: copia-se o código-fonte do GPT-4.0 e pede-se ao «Gemini» que o faça correr numa demo. Para não dar nas vistas, experimenta-se a demo no «CoPilot» e pede-se que faça ligeiras alterações. Concluído o trabalho, lança-se com foguetes e arraial à custa da criptomoeda. Parece-me bem.

É nisto que vou investir. Salvo seja, não é bem investir. É assim-assim. Tempo, cabeça e portátil. Por esta ordem. O portátil não trabalha sem cabeça, e, para isso, o tempo é essencial. Por outras palavras: a IA vai empenhar-se na mineração, colocar as moedas em circulação e inventar subidas de preço vertiginosas. Está feito.

Os textos nesta secção refletem a opinião pessoal dos autores. Não representam a VISÃO nem espelham o seu posicionamento editorial.