Ninguém sabe, em Washington, onde está instalado o DOGE (Departamento de Eficiência Governamental), se é que tem sequer uma sede ou funcionários. A confusão estende-se a Musk, que, afinal, não lidera coisa nenhuma. É apenas um assessor especial do Presidente, sem capacidade para tomar decisões ou executar tarefas, esclareceu a Casa Branca junto de um tribunal.

A curiosidade alastra: essa entidade, que tem o nome de uma criptomoeda, de um meme, e do Senhor de Veneza, já despediu milhares de funcionários, cortou biliões em programas de apoio, encerrou a USAID e, agora, exige acesso à base de dados do sistema fiscal americano. Também já se movimenta no Pentágono. E vai auditar as reservas de ouro dos Estados Unidos (por favor o Banco de Portugal que informe o DOGE que 6,2% do nosso ouro está guardado nos EUA, em não vá alguém tomar conta dele!)

Quem manda, afinal, no DOGE? Será Trump, sozinho, à noite, quando não tem nada para fazer? Será uma equipa tão secreta que trabalha num «bunker»? Ou Musk é quem dirige, com os seus engenheiros informáticos, enquanto a Casa Branca finge ignorar? Que raio de entidade é o DOGE?

Desinformação não é, certamente, pois há milhares de funcionários no desemprego e uma garantia de poupança de biliões de dólares. Uma notícia dessa «eficiência» tem sido exemplar: há pessoas inscritas na Segurança Social com 150 anos de idade! E milhares com mais de 100 anos, e por aí acima. Se é assim, então será mais do que necessário um controlo rigoroso dos serviços federais. São tão grandes que ninguém manda em nada.

Mas, então, o que fazia Musk na Sala Oval com o filho às costas e Trump sorridente? A trapalhada adensa-se. O enredo complica-se. O mistério aprofunda-se. Há uma entidade chamada DOGE que tem acesso a tudo. Que detém o poder. Que bate à porta.

E tão eficaz é o acrónimo que, há dias, ordenou o despedimento de centenas de funcionários do mais importante e sensível departamento dos EUA: a Administração Nacional de Segurança Nuclear (NNSA). A verdadeira. A que possui, controla e faz a manutenção de todas as armas nucleares dos EUA. A que enriquece o urânio. A que desenvolve novas armas. A que garante a sua segurança. A que contabiliza e certifica. Está espalhada por vários estados, começando por Los Alamos, no Novo México. Será que o DOGE sabia com quem estava a tratar?

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Os textos nesta secção refletem a opinião pessoal dos autores. Não representam a VISÃO nem espelham o seu posicionamento editorial.

De acordo com o Tribunal Central de Instrução Criminal, existem “fortes indícios da prática de crime” contra o deputado eleito pelo Chega, puníveis com pena de prisão até cinco anos. “Nos elementos aportados pelo Tribunal é expressamente referida a existência de fortes indícios da prática pelo Senhor Deputado Miguel Arruda de factos suscetíveis de, em abstrato, configurarem a prática de oito crimes de furto qualificado a que correspondem pena de prisão cujo limite máximo é superior a três anos, requisito constitucional e legal para o levantamento obrigatório da imunidade parlamentar pela Assembleia da República”, pode ler-se no parecer a que a SIC teve acesso.

Com o levantamento da imunidade, Miguel Arruda poderá ser formalmente interrogado pelas autoridades na qualidade de arguido. O deputado foi constituído arguido no final de janeiro por suspeitas do furto de malas no aeroporto de Lisboa.

O levantamento da imunidade ainda terá de ser confirmado em plenário.

É verdade, e no artigo que podes ler na edição de fevereiro explicamos-te porque estes adoráveis filhotes têm de se manter secos.

Apesar de animais marinhos e exímias nadadoras, as lontras vivem parte do tempo em terra. Muito ativas, têm características físicas que lhe facilitam a adaptação aos dois ambientes.

Não percas o artigo no qual te apresentamos este fantástico animal e revelamos 7 factos muito loucos sobre ele.

Diverte-te e… boas leituras!

Um homem sentiu-se mal e caiu a cerca de 20 metros das urgências do Hospital do Espírito Santo, em Évora, durante a manhã desta terça-feira. Várias pessoas que estavam no local, incluindo bombeiros, tentaram prestar auxílio e pedir ajuda à unidade de saúde, que se negou-se a socorrer a pessoa e lhes terá dito para ligarem para o número de emergência, 112.

De acordo com a SIC Notícias, o homem terá tido um início de AVC e ficou caído no chão à espera da ambulância, que chegou cerca de 20 minutos depois e o transportou para o hospital, no outro lado da rua.

O Hospital do Espírito Santo ainda não se pronunciou sobre o caso.

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Luís Montenegro garante que “sinceramente, não há nenhum conflito de interesses” no facto de a sua mulher e os seus filhos deterem uma empresa que, entre outros, tem como objeto o imobiliário. Mas há muitas questões ainda por esclarecer no caso que levou o PS a pedir mais explicações e o Chega a apresentar uma moção de censura contra o Governo.

Porque é que pode estar em causa um conflito de interesses?

Porque o Governo está a alterar, com o acordo do PS, a Lei dos Solos, facilitando a conversão de solos rústicos em urbanos, algo que potencialmente valoriza os 49 terrenos rústicos declarados à Entidade da Transparência pelo primeiro-ministro. Tendo esta empresa como objeto a compra e venda de imóveis e estando Luís Montenegro casado em comunhão de adquiridos, mesmo sem ser sócio da empresa (deixou de o ser quando chegou à liderança do PSD), pode beneficiar dessas transações.

Não mudar o objeto da empresa viola o Código de Conduta do Governo?

O Código de Conduta estabelece no artigo 7.º, n.º 4 que “qualquer membro do Governo que se encontre perante um conflito de interesses, atual ou potencial, deve tomar imediatamente as medidas necessárias para evitar, sanar ou fazer cessar o conflito em causa, em conformidade com as disposições do presente Código de Conduta e da lei”. Ou seja, Luís Montenegro podia fazer como fez em tempos o antigo ministro da Saúde, Manuel Pizarro, dissolvendo a sociedade, ou podia alterar o seu objeto. Algo que, em respostas dadas ao Correio da Manhã, se recusa a fazer. “Reitero que não vejo essa necessidade, uma vez que a inclusão no objeto social da compra e venda de propriedades em si não gera conflito de interesses. Essa possibilidade existe para qualquer membro do Governo ou deputado, tenha ou não empresas, ou tenha ou não familiares com empresas”, disse ao diário da Cofina.

Que atividade teve esta empresa?

 “Do vasto objeto social dessa empresa apenas a prestação de consultoria no âmbito da proteção de dados pessoais teve execução; por ironia do destino, o grupo de comunicação social que integra o Correio da Manhã foi um dos clientes”, respondeu Luís Montenegro ao CM. Contactado pela VISÃO, o gabinete de São Bento recusou dar outras explicações, mas a consulta dos documentos financeiros da empresa revela que a Spinumviva Lda faturou 650 mil euros em dois anos.

Que trabalho fez a empresa de Montenegro para a dona do Correio da Manhã?

Segundo uma fonte próxima do primeiro-ministro, a prestação de serviços de consultoria de proteção de dados que Luís Montenegro revelou ao Correio da Manhã ter prestado à empresa que detém aquele jornal foi “no âmbito da aplicação do RGPD [o regime legal de proteção de dados] à Cofina”, antes de esta empresa ser a MediaLivre, e antes de Montenegro ser eleito líder do PSD, sem precisar a data nem o valor cobrado.

Porque é que a consultoria de proteção de dados foi prestada à Cofina através desta empresa?

Não é claro. Tendo em conta as habilitações literárias da mulher, que tem duas licenciaturas em Educação e trabalha numa IPSS em Espinho, e dos filhos, um à data ainda estudante e outro recentemente licenciado em Gestão, apenas Luís Montenegro, que é jurista, poderia ter prestado esta consultoria. A menos que tenha contratado alguém para o efeito, o que é incompatível com a primeira resposta dada ao Correio da Manhã, segundo a qual a sociedade foi criada com o intuito de gerir o património dos pais. Caso a prestação de serviços jurídicos tenha sido feita por Luís Montenegro, não se percebe por que motivo não foi faturada através da Sociedade de Advogados Sousa Pinheiro & Montenegro (SP&M), que fundou em 2014 e da qual só se desvinculou em 2022, quando chegou à liderança do PSD.

O Chega entregou esta terça-feira no Parlamento uma moção de censura ao Governo por considerar que recaem sobre o primeiro-ministro “suspeitas gravíssimas de incompatibilidade” no exercício de funções públicas. Para o partido liderado por André Ventura, está em causa um “cenário de total e generalizada descredibilização do Governo e do primeiro-ministro”, pelo que defende a demissão do executivo minoritário PSD/CDS-PP.

“Se até aqui os problemas surgiam pela mão de governantes diversos, desta vez é o próprio primeiro-ministro quem mancha a reputação e a imagem do País, tanto interna, como externamente”, escreve o partido no texto da moção de censura, intitulada “Pelo fim de um Governo sem integridade, liderado por um primeiro-ministro sob suspeita grave”.

Em causa está uma empresa de imobiliário, que Montenegro criou em 2021, atualmente gerida pela mulher e pelos filhos, e que pode, alegadamente, beneficiar da recente revisão da lei dos solos.

A reação do Governo chegou pela voz do ministro dos Assuntos Parlamentares, que classificou a moção de censura como “anedótica”. “O partido Chega, acossado com os seus problemas internos, para tentar desviar as atenções, apresenta uma moção de censura anedótica”, acusou, durante a sua intervenção no International Club of Portugal subordinada ao tema “Desafios políticos para 2025”.

A moção de censura tem chumbo garantido, mas obriga o Governo a dar explicações no Parlamento, o que pode acontecer já na próxima sexta-feira.

Num mercado de trabalho marcado pela alta competitividade, destacar-se é crucial para quem ambiciona uma carreira em tecnologias de informação. Embora competências técnicas, certificações e experiência sejam fatores decisivos, a apresentação de um portfólio bem elaborado está a assumir um papel cada vez mais relevante. Este documento, que outrora era mais associado a áreas criativas, tornou-se um recurso estratégico para profissionais de TI que procuram demonstrar as suas capacidades de forma concreta e impactante.

Um portfólio vai além de um simples currículo; ele é uma montra de conquistas tangíveis e da capacidade de resolver problemas reais. A sua principal função é mostrar o que o profissional é capaz de fazer, traduzindo competências em resultados práticos. Para programadores, por exemplo, repositórios de código em plataformas como GitHub permitem que recrutadores analisem a qualidade técnica e a organização do trabalho. Da mesma forma, especialistas em design de interfaces ou administradores de sistemas podem apresentar projetos que ilustram a sua experiência e domínio das ferramentas da área.

A crescente importância de um portfólio deve-se, em parte, à evolução das práticas de recrutamento. As empresas valorizam profissionais que não apenas afirmam ter competências, mas que as comprovam com exemplos claros e relevantes. Um portfólio bem construído permite reduzir dúvidas durante o processo de seleção, oferecendo evidências concretas que apoiam o que é descrito no currículo. Este fator pode ser decisivo quando as diferenças entre candidatos se resumem a detalhes.

Além disso, o portfólio é uma oportunidade de revelar mais do que capacidades técnicas; ele também reflete a personalidade, a criatividade e o estilo de trabalho do profissional. A forma como os projetos são apresentados, a seleção de exemplos e até os comentários incluídos sobre desafios e soluções demonstram características como organização, atenção ao detalhe e pensamento crítico. Estas qualidades tornam-se particularmente valiosas em funções que exigem autonomia e resolução de problemas.

Um dos aspetos mais interessantes do portfólio é a sua capacidade de crescer e evoluir ao longo do tempo. Um profissional recém-formado pode começar com projetos académicos ou iniciativas pessoais, enquanto alguém com mais experiência pode incluir trabalhos realizados para clientes ou empregadores. Em ambos os casos, o portfólio deve ser atualizado regularmente, adaptando-se às exigências do mercado e destacando as competências mais procuradas no momento. Este cuidado assegura que o portfólio se mantenha relevante e alinhado com os objetivos de carreira.

A construção de um portfólio não precisa de ser complexa ou demorada. Hoje, existem inúmeras plataformas online que facilitam a criação de um espaço profissional para partilhar projetos. A chave está na seleção cuidadosa do conteúdo, privilegiando qualidade em detrimento de quantidade. É mais vantajoso apresentar três ou quatro exemplos bem elaborados e relevantes do que uma coleção extensa de trabalhos que não acrescentem valor significativo.

Finalmente, um portfólio demonstra proatividade, uma qualidade amplamente valorizada pelas empresas. Ter este recurso disponível antes de ser solicitado transmite a mensagem de que o profissional está preparado, atento e comprometido com o seu desenvolvimento. Esta perceção pode ser o fator diferenciador entre ser chamado para uma entrevista ou ser ignorado num processo de seleção.

No universo das tecnologias de informação, onde a mudança é constante e as exigências são elevadas, investir num portfólio sólido é mais do que uma boa prática – é uma estratégia indispensável para assegurar empregabilidade. Através dele, os profissionais têm a oportunidade de contar a sua história, exibir o seu potencial e, acima de tudo, construir um futuro mais promissor na sua carreira.

Até agora, os diamantes mais duros da natureza foram encontrados em crateras de impacto de meteoros, o que significa que são pequenos e raros. O primeiro deste género foi descoberto em 1967, no Arizona, EUA. Agora, uma equipa de cientistas de duas universidades chinesas descobriu que é possível criar em laboratório diamantes ainda mais fortes e de elevada qualidade. Enquanto a maior parte dos diamantes naturais e artificiais têm uma estrutura cúbica, esta criação sintética surge com uma forma de cristal hexagonal.

Os investigadores da Universidade de Jilin e da Universidade de Sun Yat-sem assentaram o trabalho em grafite que assume uma forma hexagonal quando sujeito a pressão e calor extremos. O produto final tem elevada qualidade e possui propriedades físicas consideradas excelentes, sendo 40% mais duro do que os diamantes naturais e tendo também uma estabilidade geotermal maior do que a dos nanodiamantes.

Os autores sugerem que este tipo de diamante pode vir a ter várias aplicações, desde o uso em indústrias como a do corte, a do polimento ou a das escavações, além de novas oportunidades em processos de fabrico, noticia o Interesting Engineering.

Já em 2021, uma equipa dos EUA tinha criado em laboratório diamantes com estrutura hexagonal e percebido que estes seriam provavelmente mais duros do que os cúbicos, constituindo-se como alternativas viáveis para uso em diferentes indústrias.

Jack Ma, o cofundador do Alibaba, foi a presença mais surpreendente num encontro entre o presidente da China, Xi Jinping, e executivos de topo das tecnológicas do país. Entre os participantes estavam também Ren Zhengfei, fundador da Huawei, Wang Chuanfu, diretor executivo da BYD, Zeng Yuqun, CEO da CATL, Pony Ma, CEO da Tencent, Wang Xing, CEO da Meituan, Lei Jun, líder da Xiaomi, e Liang Wengfeng, CEO da DeepSeek. O encontro parece sinalizar uma aproximação de Pequim ao setor privado tecnológico chinês.

O presidente salientou o “imenso potencial e perspetivas promissoras” dos líderes tecnológicos, adiantando que os desafios económicos que o país atravessa são temporários, prometendo depois remover as barreiras para uma concorrência de mercado justa.

A reunião surge poucas semanas depois de a DeepSeek surgir no mercado com estrondo, com uma solução de Inteligência Artificial (IA) capaz de rivalizar com os gigantes mundiais e a uma fração do custo.

A CNN lembra que os últimos anos foram de grande regulação de Pequim sobre as tecnológicas, uma campanha desencadeada no final de 2020, depois de Jack Ma ter feito um discurso bastante crítico sobre os reguladores financeiros e bancos chineses. Desde então, as fortunas de vários líderes e empresas tecnológicas foram afetadas por uma regulação bastante mais apertada e Jack Ma acabou por se manter resguardado dos olhares do público. Com a sua presença neste encontro, as autoridades parecem estar a caminhar noutra direção, tentando a aproximação ao setor privado.

Angela Huyue Zhang, professora na Universidade da Carolina do Sul, afirma que “com a economia doméstica a abrandar e as pressões geopolíticas a escalar, o governo chinês está tornar claro que valoriza e confia no setor privado para liderar a inovação e estimular o crescimento”.

No final da semana passada, quando surgiram as primeiras notícias sobre este encontro, as ações do Hang Seng China Enterprise Index, que inclui as principais empresas chinesas, subiram para o valor mais elevado desde 2022.

O setor privado contribui para mais de 60% do produto interno bruto chinês e é responsável por mais de 80% dos postos de trabalho, daí que seja considerado o principal motor de crescimento para a China. A abordagem de excessivo controlo governamental terá levado a uma desvalorização de mais de um bilião de dólares para muitas empresas chinesas nos últimos anos.

A reunião mantida ontem entre as principais figuras pode assinalar, então, o início de uma nova etapa.