Acabou a barragem do PS ao Chega para a Mesa da Assembleia da República. Ou, pelo menos, é essa a indicação que os deputados socialistas terão para votar os nomes indicados pelo partido de André Ventura. Como o voto é secreto (e como no passado já aconteceu) é possível que os eleitos pelo PS não obedeçam. Mas a indicação de voto será para aprovar quem o Chega indicar.

“A mesa é um órgão de representação proporcional. Cada partido apresenta os seus nomes. O PS quer que o seu vice seja eleito”, resume um dirigente socialista, notando que o nome que os socialistas vão propor também não será do agrado da AD, uma vez que Marcos Perestrello, como porta-voz do PS, foi uma das vozes mais críticas em relação ao caso Spinumviva.

De qualquer forma, o grande objetivo é não deixar que a eleição para a Mesa se transforme num drama político, incompreensível para a maioria dos portugueses e potencialmente dando, mais uma vez, uma má imagem das instituições.

“Não há nenhuma vantagem em abrir a legislatura com uma polémica inútil. É absurdo ficar encalhado nesse tema”, defende-se no PS.

A incógnita

A incógnita é saber como reagirão os deputados eleitos, uma vez que até agora o PS tinha feito ponto de honra em fazer um cerco sanitário em volta do Chega, alegando não se tratar de um partido democrático.

“Discutimos politicamente esse assunto e, mais uma vez, o Grupo Parlamentar do PS, de forma maioritária, expressou o seu sentido de voto. Eu votarei contra”, dizia em setembro de 2022 o então líder parlamentar socialista, Eurico Brilhante Dias depois de pela terceira vez ter ajudado a travar a ida de um eleito pelo Chega para a Mesa da Assembleia da República.

Em março de 2022, o PSD, então liderado por Rui Rio, ajudou a chumbar o nome de Pacheco de Amorim. “Foi o resultado natural, repetido duas vezes, porque, em consciência, os deputados da generalidade dos partidos consideraram que não era adequado que uma força política não democrática pudesse estar representada na Mesa da Assembleia da República”, concluía na altura Eurico Brilhante Dias, pondo a tónica no entendimento de que o Chega não fazia parte da direita democrática. Uma tese que o PS nunca abandonou: Pacheco de Amorim só viria  a ser eleito quando Luís Montenegro chegou ao poder no PSD e deu indicação de voto favorável ao seu nome, alegando que era a “prática parlamentar” aprovar os nomes dos quatro maiores partidos para a Mesa.

Não é, por isso, impossível que pelo menos alguns socialistas furem a indicação que será dada por Carlos César, a assumir interinamente a direção do partido até às diretas marcadas para os dias 27 e 28 de junho.

Parece, contudo, que o argumento da “prática parlamentar” passou a valer também para o PS e não só para o PSD.

Num mundo cada vez mais imprevisível, as transformações geopolíticas têm vindo a intensificar a pressão sobre as instituições de defesa europeias. O cenário global evolui a um ritmo acelerado, trazendo consigo exigências acrescidas em matéria de defesa e segurança. Os pilares tradicionais da estabilidade europeia – economias resilientes, instituições públicas sólidas e segurança energética – enfrentam hoje desafios significativos. Paralelamente, as recentes mudanças na política externa dos Estados Unidos têm gerado dúvidas quanto à estabilidade e à continuidade de alianças históricas.

Este novo contexto evidencia a vulnerabilidade das capacidades de defesa europeias, levando Ministérios da Defesa e indústrias associadas a reverem estratégias, prioridades e capacidades operacionais. Apesar das dificuldades, o cenário atual constitui também uma oportunidade decisiva para modernizar e fortalecer o aparelho de defesa europeu – um passo imprescindível para assegurar a segurança coletiva da região.

Face a esta realidade, torna-se urgente uma resposta mais ágil e colaborativa por parte das nações europeias. A crescente interdependência global, associada à intensa competição por recursos estratégicos e tecnologias críticas, exige uma arquitetura de defesa que não se limite a reagir a ameaças imediatas, mas que seja resiliente e adaptável às mudanças constantes do cenário mundial. Em particular, deficiências como a falta de interoperabilidade entre as forças aliadas, insuficiente coordenação entre governos e indústrias e rigidez na produção necessitam de ser ultrapassadas.

O modelo europeu de defesa atual, ainda muito dependente de processos de aquisição fragmentados, frequentemente descoordenados e fortemente apoiado em recursos externos, revela-se inadequado e carece de uma profunda reformulação. Em resposta a este desafio, a União Europeia já deu passos concretos com iniciativas que visam aumentar a cooperação entre os seus Estados-membros, destacando-se a otimização dos processos de aquisição e a criação de fundos conjuntos para defesa. Contudo, é fundamental fortalecer estas iniciativas, tendo como prioridades a modernização das plataformas de defesa e a partilha de tecnologias de ponta entre os países da UE. Uma participação ativa nestes programas será crucial para assegurar o uso eficiente dos recursos disponíveis e garantir que as forças armadas estejam devidamente equipadas para enfrentar futuros desafios.

É imperativo acelerar a inovação no setor da defesa para garantir a sua relevância num contexto marcado pela revolução digital. Integrar avanços em áreas estratégicas como a inteligência artificial (IA), os sistemas autónomos e a cibersegurança nas políticas e estratégias europeias já não é opcional, mas sim uma exigência incontornável. Para tal, é essencial fomentar um ecossistema favorável à inovação, envolvendo tanto a indústria tradicional de defesa como startups tecnológicas, numa abordagem integrada e aberta à colaboração.

Adicionalmente, torna-se cada vez mais crítico reforçar a coordenação estratégica entre governos e a indústria de defesa. A atual falta de alinhamento entre objetivos

políticos e necessidades industriais tem sido um obstáculo significativo à eficácia das políticas de defesa. Para ultrapassar esta barreira, importa estabelecer parcerias estratégicas sustentadas por modelos de colaboração de longo prazo, possibilitando um planeamento mais eficiente e a otimização dos recursos disponíveis.

Portugal desempenha também um papel estratégico fundamental neste esforço coletivo. Como membro ativo da UE e da NATO, o país deve contribuir decisivamente para uma defesa europeia mais forte e integrada. Isto implica reforçar a capacidade industrial nacional, participar ativamente em iniciativas europeias conjuntas e promover a partilha de tecnologias avançadas, assegurando uma maior interoperabilidade entre aliados. Simultaneamente, Portugal deve investir de forma decidida na inovação tecnológica, especialmente em áreas como a inteligencia artificial, cibersegurança e sistemas autónomos, de forma a antecipar e responder eficazmente às novas ameaças.

Num contexto geopolítico global onde as ameaças se tornam cada vez mais imprevisíveis, a capacidade europeia de adaptação rápida será um fator diferenciador decisivo. Implementando as mudanças necessárias, a Europa poderá construir uma defesa ágil, moderna e integrada, contribuindo não apenas para a segurança coletiva da região, mas também fortalecendo o seu papel no cenário global.

Os textos nesta secção refletem a opinião pessoal dos autores. Não representam a VISÃO nem espelham o seu posicionamento editorial.

Concluída a segunda ronda de negociações diretas entre as delegações da Rússia e da Ucrânia em Istambul, na Turquia, Moscovo mantém as suas propostas para a resolução do conflito em segredo, mas, segundo a imprensa, a Rússia exige, em particular, que a NATO se comprometa por escrito a não se expandir para as fronteiras russas, ou seja, a renunciar a admitir no seu seio a Ucrânia, a Geórgia e a Moldova.

Também segundo a impresa, a Ucrânia pede um cessar-fogo incondicional por terra, mar e ar, e medidas de confiança como a troca de todos os prisioneiros de guerra e o regresso de todas as crianças transferidas para a Rússia.

A Ucrânia acusa a Rússia de transferir para o seu território cerca de 20 mil crianças sem o consentimento das suas famílias ou tutores, enquanto Moscovo nega estas acusações e afirma ter protegido menores que se encontravam em situação vulnerável em zonas de combate.

O que já está acordado é a nova troca de prisioneiros de guerra. À luz desde acordo, as duas partes vão trocar soldados gravemente doentes e jovens, segundo a emissora nacional da Ucrânia Suspline.

O sangue menstrual até agora foi encarado como desperdício e não tendo valor útil para diagnóstico, mas uma equipa da ETH Zurique tem uma interpretação diferente. Os investigadores desenvolveram o primeiro dispositivo capaz de analisar o sangue menstrual procurando importantes marcadores de saúde de forma rápida, simples e não invasiva.

O sensor é integrado diretamente no penso higiénico e usa uma plataforma de testes rápidos e baratos que deteta e quantifica a presença de uma determinada substância numa amostra líquida. Neste caso em concreto, a equipa focou-se em três biomarcadores relevantes para a saúde feminina, associados com infeções e inflamações, cancros ginecológicos e a endometriose. Quando o biomarcador no sangue menstrual entra em contacto com os anticorpos específicos presentes na faixa de testes, aparece um indicador colorido. A intensidade da cor indica a concentração do biomarcador correspondente e os resultados podem ser analisados rapidamente a olho nu ou através de uma fotografia tirada à faixa e carregada para a aplicação desenhada especificamente para estas análises, noticia o New Atlas.

Lucas Dosnon, que liderou o estudo, conta que “a aplicação reconhece diferenças subtis, como a quantidade de proteínas presentes, e torna os resultados objetivamente mensuráveis”.

A intenção é utilizar este tipo de soluções em regiões onde os serviços de saúde são mais frágeis e permitir, potencialmente, uma análise de uma grande quantidade de pessoas, num processo simplificado e rápido.

Os próximos passos envolvem testar a solução num grupo maior de população e determinar a exequibilidade de poder ser usada no quotidiano. Os investigadores reforçam que o MenstruAI não foi criado para substituir os atuais testes de diagnóstico, mas sim para ser uma solução complementar.

Leia o estudo publicado no Advanced Science.

É caso para dizer: adivinha quem voltou! A saga Fatal Fury surgiu no mercado pela primeira vez em 1991 e a última ‘aparição’ deu-se em 1999 com Garou: Mark of the Wolves. Após um interregno de 26 anos, o clássico das lutas 2D regressa agora para uma arena dominada por rivais como Street Fighter, Mortal Kombat e Tekken.

À disposição temos um leque de 17 lutadores, quase todos já conhecidos dos títulos anteriores, com Rock Howard e Terry Bogard à cabeça. As novas adições ao elenco são Preecha e Vox Reaper, sendo que há ainda lugar para dois convidados especiais: Salvatore Ganacci, o DJ e produtor musical; e Cristiano Ronaldo, o capitão da seleção nacional de futebol.

Para os portugueses, a presença de CR7 pode ser um atrativo extra, até porque achámos bem conseguida a forma como muitos dos seus golpes especiais incluem uma bola e uma espécie de remates ‘estratosféricos’. Mas a maioria da comunidade de fãs de Fatal Fury terá dificuldades em ‘engolir’ a inclusão de uma personagem tão fora deste universo – até porque não está disponível no modo Arcada ou Episódios de South Town. Embora na realidade a presença no modo Versus seja relativamente simples de explicar: a SNK, empresa responsável pela criação de Fatal Fury, é detida pela fundação MiSK, que tem ligações ao príncipe saudita Mohammed bin Salman.

Dito isto, estão ainda prometidos cinco novos lutadores no DLC do Season Pass 1: Andy Bogard, Joe Higashi, Mr. Big, e Ken e Chun-Li de Street Fighter.

Especiais para todos os gostos

Quem não conhece a história dos títulos anteriores de Fatal Fury irá sentir-se um pouco ‘fora de pé’, já que a recapitulação inicial do enredo, que surge quando carregamos o jogo, e a sinopse que arranca quando iniciamos uma campanha no modo Arcada apenas nos remete para a importância do torneio King of Fighters. Parece-nos faltar detalhe para conseguirmos estabelecer uma ligação emocional maior às diferentes personagens.

Bem mais conseguido está o esquema de controlos, já que é possível escolher entre dois diferentes modos: um mais simples para novatos e um mais preciso para veteranos. Este é um aspeto que faz diferença para cativar novos jogadores, que assim conseguem dominar a mecânica mais facilmente e executar golpes especiais e ‘combos’ com apenas um toque no direcional e noutro botão.

Ainda no campo da jogabilidade, destaque para a capacidade de defender ataques com golpes múltiplos e a presença do sistema S.P.G. (de Selective Potential Gear). Estes super ataques Gear ficam disponíveis quando se enchem as duas barras visíveis na parte de baixo do ecrã. Usar uma dessas barras permite realizar um golpe Ignition Gear, enquanto o recurso às duas barras dá acesso a um ataque Redline Gear. Já para conseguir realizar o ultra poderoso Hidden Gear vai precisar de gastar as duas barras e ter ativo o S.P.G.

A isto junta-se a nova mecânica Rev, que permite realizar diferentes tipos de golpes que são, na prática, versões melhoradas dos golpes especiais da personagem. Por exemplo, o Rev Blow é um ataque que permite criar distância entre os dois lutadores, enquanto o Rev Accel encadeia ataques para criar ‘combos’ e o Rev Guard é um bloqueio que empurra o oponente. Contudo, há que gerir o sistema Rev com caução, porque a sua utilização faz com que a barra Rev vá enchendo e, quando atinge o máximo, a personagem fica em Overheat e impossibilitada de recorrer a qualquer golpe Rev.

Toda esta descrição da jogabilidade pode parecer demasiado intrincada, mas garantimos que o é mais na teoria do que na prática. Sim, os novatos terão uma curva de aprendizagem, mas o modo de controlo simplificado facilita a entrada neste mundo. Não pense, todavia, que lá por ser ‘noob’ se vai safar com um clássico ‘button smash’ (ou seja, o carregar aleatório e furioso em botões). O caminho para o sucesso passa por saber temporizar, defender e tirar partido das características da personagem com que está a jogar (umas são feitas para lutar mais à distância, enquanto outras brilham num combate mais próximo, por exemplo).

Uma pontinha de RPG

Outro dos pontos de destaque de City of the Wolves é a disponibilização de Episódios de South Town, uma espécie de modo RPG individual. Podemos escolher uma personagem (e trocar em qualquer momento) e depois ir entrando em vários combates em diferentes pontos do mapa para ir ganhando pontos de experiência, ir evoluindo o lutador e ganhar recompensas.

É uma alternativa interessante ao modo Arcada e garante um pouco de maior longevidade ao título, mas há pontos a serem melhorados, a começar pelo português do Brasil nas legendas e passando pela forma pouca apelativa como os textos referentes a diferentes histórias são apresentados secamente no ecrã. Além disso, a sensação que fica depois de explorarmos a nova versão de Fatal Fury é que a aposta está claramente na versão multiplayer online, com a realização de torneios e a possibilidade de jogar ‘cross-platform’. É o ‘velhinho’ a piscar o olho às gerações mais novas.

Prós
– A jukebox está equipada com as músicas dos primeiros títulos de Fatal Fury
– A personalização dos botões é uma mais-valia

Contras
– CR7 disponível para o combate, mas não em todos os modos de jogo
– O tutorial podia dar mais contexto sobre quando se devem aplicar determinados golpes

Tome Nota
Fatal Fury: City of the Wolves – €59,99

 PS5 (testado), PS4, Xbox Series X/S, PC

Global: 3,8

Palavras-chave:

1.ª parte

2.ª parte

A atividade dos tribunais confronta-se diariamente com a iliteracia jurídica dos cidadãos que ali recorrem, contribuindo para o entorpecimento e sobrecarga dos serviços de justiça, com litigância despropositada e incompreensível, que, em muitos casos acaba por se tornar inútil.

A iliteracia jurídica, como definição, pode ser caracterizada como a incapacidade de não saber ler e interpretar informações jurídicas, o que inclui leis, regulamentos, contratos e decisões judiciais, bem como o desconhecimento dos mecanismos de resolução de conflitos.

Este desconhecimento traduzir-se-á, sempre, num prejuízo para o cidadão, para o sistema de justiça e para o Estado.

É, pois, sobremaneira importante apostar na pedagogia, na literacia jurídica, e só assim se permite que o cidadão possa compreender os princípios básicos do direito para o exercício pleno da cidadania. Não se exige que os cidadãos sejam especialistas em direito, mas sim que tenham um conhecimento básico que lhes permita orientarem-se no sistema jurídico, compreender os seus direitos e deveres e tomar decisões informadas em questões legais.

Ao nível do sistema de ensino, percorrendo o sitio da internet da Direção-Geral da Educação (DGE) é possível constatar que o Direito é uma disciplina anual, de opção apenas no 12.º ano dos Cursos Científicos-Humanísticos de Línguas e Humanidades e de Ciências Socioeconómicas.

Segundo a DGE, as aprendizagens essenciais da disciplina de Direito identificam os conhecimentos, as capacidades e as condutas que se pretendem que os alunos atinjam com a aprendizagem do Direito no ensino secundário, tendo como base a obtenção de diversas finalidades, das quais destacamos: proporcionar aos alunos instrumentos que lhes permitam compreender e refletir sobre a importância e a necessidade do Direito enquanto regulador da vida social.

Ainda no âmbito do sistema de ensino, existe a disciplina de Cidadania e Desenvolvimento, que visa desenvolver competências cívicas e sociais, promovendo o conhecimento dos direitos e deveres dos cidadãos, o respeito pela diversidade e a participação ativa na vida social.

No 2.º e 3.º ciclo do ensino básico (5.º ao 9.º ano), a Cidadania é uma disciplina autónoma e obrigatória, que aborda temas como cidadania ativa, direitos humanos, respeito pela diversidade, cultura de paz, participação política, saúde, educação ambiental, entre outros.

Pese embora todos os esforços levados a cabo pela DGE, entendo que a disciplina de Direito deveria começar a ser lecionada nas escolas desde o final do 3.º ciclo do ensino básico, com vários graus da aprendizagem obrigatória (e não apenas como disciplina opcional no 12.º ano), já que os jovens vão ganhando competências e capacidades ao longo do seu percurso escolar.

Com isto, permitir-se-ia capacitar os jovens, futuros adultos, para compreender e aplicar os princípios fundamentais do direito, o que inclui entender as leis, os processos judiciais, os direitos e responsabilidades jurídicas, bem como os mecanismos de resolução de conflitos. Capacitar cidadãos para compreenderem e defenderem os seus próprios direitos, torna-os aptos a participar ativamente no sistema jurídico, proteger os seus interesses, contribuindo para o cumprimento da lei, ajudando a promover a ordem social e a prevenir conflitos e infrações.

Mas também a comunicação social tem o poder-dever de levar ao cidadão uma pedagogia judiciária séria, assente na análise rigorosa dos factos, mostrando o funcionamento do sistema jurídico português, das suas virtualidades, entropias e imperfeições.

Para efeito, o jornalista tem necessariamente de conhecer e dominar a linguagem jurídica, o funcionamento das instituições judiciárias, as suas estruturas, competências, necessidades e dificuldades.

Neste complexo caminho para alcançar melhores índices de literacia jurídica dos cidadãos, também o Ministério Público tem uma contribuição bastante significativa.

A magistratura do Ministério Público, que deve ser vista cada vez mais como uma magistratura ativa, cooperante, próxima da comunidade a quem serve, capaz de em todas as situações em que o exercício das suas funções o exige, dar resposta atempada às necessidades dos cidadãos e da justiça, tem uma rede organizada de serviços de atendimento ao público.

Estes serviços de atendimento ao público são uma forma de dar resposta eficaz e em tempo útil às solicitações que se insiram na esfera das competências do Ministério Público, numa cultura de proximidade com os cidadãos.

A título de exemplo sempre se salientará o atendimento ao público na jurisdição de Trabalho, onde os magistrados ali colocados fazem atendimento presencial, e aconselhamento, aos trabalhadores que ali se deslocam para colocar questões laborais, esclarecer dúvidas e, eventualmente, dar inicio aos respetivos processos.

Mais recentemente, com grande relevância e eficácia, foram criados os Gabinetes de Atendimento a Vítimas de Violência de Género (GAV), que visam dar uma resposta que assegure, em continuidade, atendimento, informação, apoio e encaminhamento personalizado de vítimas de violência doméstica e de género, com vista à respetiva proteção.

Concluindo, todos os atores do sistema de justiça beneficiariam de uma maior e melhor literacia jurídica dos cidadãos, o que levaria a menos incidentes processuais e, consequentemente, aumentaria a reputação e a confiança na Justiça.

Os textos nesta secção refletem a opinião pessoal dos autores. Não representam a VISÃO nem espelham o seu posicionamento editorial.

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A Microsoft está a trazer novidades para o Bloco de Notas disponível para os utilizadores que façam parte dos grupos de teste Canary e Dev Channel. Entre as novas opções, vai ser possível formatar texto a negrito e itálico, introduzir hiperligações e utilizar cabeçalhos e listas.

As novidades aparecem numa nova barra de formatação que se localiza no topo do documento, ao lado das opções de Ficheiro, Edição e Visualização. Dave Grochocki, gestor de produto de aplicações Windows, conta que o Bloco de Notas vai ainda suportar entradas estilo Markdown e ficheiros para utilizadores que prefiram trabalhar diretamente com aquela linguagem. As opções de formatação podem ser desligadas completamente nas Definições da aplicação, explica o The Verge.

Recorde-se que a Microsoft começou a testar, na semana passada, uma outra funcionalidade que gera texto utilizando Inteligência Artificial. Com a chegada das opções de formatação, começa a esbater-se a diferença entre o Bloco de Notas e o convencional processador de texto Microsoft Word.

Ainda não há data confirmada para a chegada destas novidades para todos os utilizadores do Windows.

A cegueira provocada por diferentes doenças é uma condição bastante comum em cães envelhecidos. A família do Kunde, um cão de Houston, EUA, não se resignou com a cegueira provocada por glaucoma e pediu a ajuda de uma equipa de engenheiros da Universidade de Rice. Quatro alunos colocaram mãos à obra e projetaram um colete que transmite feedback háptico e um sistema de câmaras que ajuda o Kunde a orientar-se, mesmo estando cego.

A solução criada usa câmaras estereoscópicas, mais baratas do que as LIDAR, para analisar o ambiente envolvente e enviar sinais para os pequenos atuadores colocados no colete. Quanto mais o cão se aproxima de algum obstáculo, mais intensa é a vibração.

Issy Tsai, que faz parte da equipa, explica que “é como darmos-lhe um segundo par de olhos, com as câmaras a criar um mapa de profundidade. Os desafios passaram por criar um sistema leve e que possa ser usado em diferentes condições climatéricas, desde chuvas ao calor abrasador, comuns em Houston.

Com este protótipo, o Kunde recebe sinais de obstáculos a uma distância que pode ir até aos oito metros e a bateria é suficiente para duas horas de utilização, noticia o New Atlas.

A equipa pretende aplicar os conhecimentos obtidos com este projeto para desenvolver um sistema de navegação que possa ajudar mais cães e outros animais a voltar a ‘ver’.