Na sua intervenção no comício do PS no Complexo Municipal dos Desportos Cidade de Almada, Ana Catarina Mendes manifestou a “maior perplexidade” por o Presidente da República ter decidido “entrar em campanha no último dia”, com os simpatizantes socialistas a assobiarem Marcelo Rebelo de Sousa mal o seu nome foi pronunciado.

“Em democracia não é aceitável. O Presidente da República – habituou-nos Mário Soares, Jorge Sampaio – é o garante da estabilidade democrática, é o garante de que todas as forças políticas têm os mesmos direitos em sociedades democráticas”, sustentou.

Por isso, prosseguiu a também governante, “não é admissível que o senhor Presidente da República tenha decidido convocar estas eleições mas, pior do que isso, tenha decidido entrar hoje em campanha eleitoral”.

“Os portugueses responderão, e responderão de uma forma muito clara, meu caro Pedro Nuno Santos. Responderão com uma grande, enorme vitória no PS, e o Pedro Nuno Santos primeiro-ministro de Portugal”, sublinhou, salientando que “é assim em sociedades democráticas”.

O Expresso noticiou hoje que, caso a Aliança Democrática (AD) perca as eleições, mas houver uma maioria de direita no parlamento, o Presidente da República não vai aceitar um primeiro-ministro de substituição de Luís Montenegro para um eventual Governo com o Chega.

Segundo esse mesmo artigo, o Presidente da República “já cenarizou o que pode sair do 10 de março e não antevê que quem fique em segundo nas eleições possa governar”.

TA // PC

“Estamos prontos para acolher uma cimeira de paz na qual a Rússia participará”, declarou o chefe de Estado, em conferência de imprensa ao lado do Presidente ucraniano.

Erdogan reiterou o seu “apoio à soberania e integridade territorial do aliado estratégico, a Ucrânia”.

“Ao mesmo tempo que mantemos a nossa solidariedade com a Ucrânia, continuaremos a trabalhar para acabar com a guerra e a favor de uma paz justa e negociada”, afirmou.

Relativamente a um novo mecanismo para garantir a segurança do transporte comercial no Mar Negro, o chefe de Estado turco confirmou a sua “intenção de chegar a um acordo entre as partes”, reafirmando a disponibilidade de Ancara para manter-se no entendimento denunciado pela Rússia no ano passado.

“Temos a mesma posição em relação à segurança alimentar, às trocas de prisioneiros e às garantias de navegação: devemos garanti-las”, acrescentou. “Não perdemos a esperança!”.

Desde o início da invasão da Ucrânia pela Rússia, em fevereiro de 2022, Erdogan ofereceu-se várias vezes como mediador, a fim de encontrar uma solução pacífica para o conflito.

HB // PDF

No último comício da campanha da Aliança Democrática (AD), no Campo Pequeno (em Lisboa), a intervenção de Moedas foi sendo interrompida pelos apoiantes que gritavam “Vitória, Vitória” ou “Luís amigo, o povo está contigo”.

Na sua segunda intervenção nesta campanha, o autarca de Lisboa retomou uma ideia que já tinha deixado em Évora de que, nas legislativas antecipadas de domingo, “é a democracia que está em causa” e que “o país não pode voltar ao sistema do partido único”.

“Vejo um PS que só agita papões, que faz campanha com base no medo da mudança democrática, no medo da alternância. Meus amigos, o PS tem medo da democracia, o PS é hoje esse partido que tem medo da alternância democrática”, afirmou, entre apupos quando referia o nome do principal adversário político.

O autarca defendeu que “só a AD pode pôr fim a este PS que se julga dono do país, dono do Estado e dono das pessoas”, e elogiou a postura do presidente do PSD, Luís Montenegro, nas últimas duas semanas.

“Se tivéssemos que definir esta campanha numa só frase, numa só frase era: Luís Montenegro foi o adulto na sala desta campanha”, afirmou, elogiando a postura, a moderação e a serenidade do líder social-democrata.

Moedas dirigiu-se sobretudo aos indecisos, com o argumento de que também está em jogo nestas eleições a governabilidade do país.

“São anos e anos de incompetência do PS, anos e anos em que o PS não é útil às pessoas, deixou de ser útil às pessoas para ser útil para si próprio”, disse, acrescentando que o Governo prometeu “um mar de rosas” e deu “o cabo das tormentas” aos portugueses.

O presidente da Câmara de Lisboa deixou um apelo especial aos jovens que “fizeram a diferença” na sua eleição em 2021.

“Eu sei que o PS destruiu a vossa ambição e que muitos não acreditam que é possível mudar e têm medo do futuro e ainda estão lá em casa indecisos. Digo-vos nos olhos. O valor mais importante para a vossa geração é a liberdade”, considerou.

Dando o seu exemplo pessoal, Moedas afirmou que foi a AD original (coligação que juntou, em 1979 como agora, PSD, CDS-PP e PPM) que permitiu “um jovem alentejano de uma família pobre chegar a Lisboa com 18 anos sem conhecer ninguém e singrar na vida pelo mérito”.

“É essa AD que vai voltar, venham connosco, não desperdicem esta oportunidade”, apelou.

O comício, marcado para as 18:00, começou com mais de uma hora de atraso.

Na arena do Campo Pequeno foram dispostas cerca de 670 cadeiras, a que se somam cerca de 2700 lugares nas bancadas, que foram enchendo até perto das 19:00, sem ficarem totalmente ocupados.

SMA // JPS

“Obviamente estamos satisfeitos que a ajuda chegue por outros meios, mas nada pode substituir a chegada da ajuda e do tráfego comercial em grande escala através de rotas terrestres”, explicou Stéphane Dujarric, porta-voz do secretário-geral da ONU, em conferência de imprensa.

Dujarric esclareceu ainda que a organização não está envolvida na construção de um porto temporário na costa de Gaza, anunciada na quinta-feira pelos Estados Unidos, precisamente para canalizar a ajuda que chega por esse corredor marítimo desde o Chipre, e que a organização não integra a iniciativa a nível “operacional”.

No anúncio do corredor marítimo, porém, as partes signatárias (EUA, UE, Chipre, Emirados Árabes Unidos e Reino Unido) garantiram que estavam a trabalhar em conjunto com a coordenadora da ajuda humanitária para Gaza, Sigrid Kaag, nomeada pelo secretário-geral da ONU, António Guterres, na sequência de uma resolução do Conselho de Segurança para aumentar o envio de suprimentos para o enclave sitiado.

Dujarric admitiu existir confusão por se tratar de uma situação muito fluida, mas deixou claro que a ONU “não é um participante operacional neste corredor”.

“Obviamente estes parceiros estão a montar uma operação em conjunto, é normal que estejamos lá e falemos com eles para garantir que todos os esforços, todo o dinheiro e toda a ajuda que é enviada é distribuída da forma mais segura e coordenada possível”, indicou.

O porta-voz não conseguiu confirmar se os navios que utilizam este corredor humanitário transportarão ajuda das agências da ONU.

Dujarric manifestou ainda a sua consternação com a informação que aponta para a morte de cinco pessoas após a falha de um dos paraquedas com que vários países – como Egito, França e Estados Unidos – enviam alimentos para o enclave, sujeito a constantes bombardeamentos desde o início da guerra entre Israel e o Hamas, em outubro.

“Isto deveria ser um lembrete da razão pela qual é necessário um cessar-fogo humanitário imediato, mais acesso rodoviário e uma melhor coordenação com as autoridades israelitas”, defendeu o porta-voz.

A guerra entre Israel e o Hamas, que hoje entrou no 154.º dia e continua a ameaçar alastrar a toda a região do Médio Oriente, fez até agora na Faixa de Gaza 30.878 mortos, pelo menos 72.298 feridos e cerca de 7.000 desaparecidos presumivelmente soterrados nos escombros, na maioria civis, de acordo com o último balanço das autoridades locais.

MYMM // PDF

“A nossa prioridade ‘número um’, antes de qualquer acordo sobre uma troca de prisioneiros, é a garantia total do fim da agressão (…) e da retirada do inimigo” da Faixa de Gaza, “e não haverá qualquer cedência em relação a isso”, declarou Abu Obeida, porta-voz das brigadas al-Qassam, o braço armado do Hamas, num discurso transmitido pela televisão.

O Hamas exige também o regresso às suas casas de centenas de milhares de civis deslocados pela guerra em curso há cinco meses e o início da reconstrução do território palestiniano.

Por seu lado, Israel exige que o Hamas forneça uma lista precisa dos reféns ainda vivos em cativeiro em Gaza, mas o movimento islamita disse ignorar quem, de entre eles, está “vivo ou morto”.

Abu Obeida apelou igualmente aos palestinianos para “se mobilizarem” e “afluírem” durante o Ramadão, o mês sagrado de jejum muçulmano, à mesquita de al-Aqsa, em Jerusalém Oriental, onde se temem tensões neste período, após cinco meses de guerra em Gaza entre Israel e o movimento islamita palestiniano.

Os Estados Unidos, o Qatar e o Egito estão a tentar alcançar um acordo sobre uma pausa nos combates antes do Ramadão, que começa no início da próxima semana, mas as negociações realizadas esta semana no Cairo revelaram-se infrutíferas.

O Presidente norte-americano, Joe Biden, alertou esta semana para uma situação “muito perigosa” em Israel e, em particular, em Jerusalém, se os combates prosseguirem durante o Ramadão.

A guerra na Faixa de Gaza foi desencadeada a 07 de outubro do ano passado por um ataque de proporções sem precedentes realizado por combatentes do Hamas — desde 2007 no poder naquele enclave palestiniano -, que se infiltraram no sul de Israel, fazendo 1.163 mortos, na maioria civis, segundo o mais recente balanço das autoridades israelitas.

Em retaliação, Israel declarou uma guerra para “erradicar” o Hamas, que hoje entrou no 154.º dia, continua a ameaçar alastrar a toda a região do Médio Oriente e fez até agora na Faixa de Gaza 30.878 mortos, pelo menos 72.298 feridos e cerca de 7.000 desaparecidos presumivelmente soterrados nos escombros, na maioria civis, de acordo com o último balanço das autoridades locais.

Cerca de 250 pessoas foram sequestradas e levadas para Gaza a 07 de outubro. Segundo Israel, 130 estão ainda em cativeiro, 31 das quais terão morrido, após a libertação de mais de uma centena de reféns em troca de 240 prisioneiros palestinianos durante um cessar-fogo de uma semana em novembro.

O conflito fez também quase dois milhões de deslocados, mergulhando o enclave palestiniano sobrepovoado e pobre numa grave crise humanitária, com toda a população afetada por níveis graves de fome que já está a fazer vítimas, segundo a ONU.

ANC // SCA

“Continuo a trabalhar sem parar. Corremos sem respirar porque, para mim, é uma final. Com a autoridade que me confere a lei, esta eleição é a minha última eleição”, anunciou o chefe de Estado, 70 anos, no poder como primeiro-ministro e depois como Presidente desde 2003.

“Mas o resultado que sair será uma bênção para os meus irmãos que virão depois de mim. Haverá uma transferência de confiança”, referiu a 22 dias do escrutínio municipal perante um encontro da Fundação turca para a juventude (TUGVA).

O maior desafio para o partido de Erdogan, o Partido da Justiça e do Desenvolvimento (AKP, no poder) consiste na reconquista de Istambul, a principal cidade da Turquia e capital económica do país, após a vitória da oposição em 2019 e onde Erdogan ocupou a presidência do município durante a década de 1990.

PCR // PDF

A agenda era outra, mas teve de se adaptar ao mau tempo. Ainda assim, o foco manteve-se: a CDU não deixou de aproveitar o Dia Internacional da Mulher, para apontar as baterias à direita. Numa sessão evocativa, em Vila Nova de Gaia, Paulo Raimundo alertou que “o que alguns querem é mesmo retomar o projeto que interrompemos em 2015, bem como o caminho da interrupção voluntária da gravidez”.

“Não tivesse sido a luta das mulheres, e o papel determinante da CDU para correr para fora do poder o PSD e o CDS, mas também aqueles que estão hoje no Chega e na IL, e esse projeto tinha ganhado mais asas e estaríamos em pleno retrocesso”, disse o o líder comunista, para quem “os direitos das mulheres não são nem podem ser assegurados, como se vê todos os dias, na prática, pela política de direita, venha ela de onde vier”.

Neste último dia de campanha, em que a CDU fecha a volta ao País no Norte, com um comício em Braga, Raimundo concluiu que “todos enchem e vão encher hoje a boca com a igualdade, mas, na prática, pelas suas opções, todos eles são responsáveis pela situação a que chegámos”. Veja as imagens desta iniciativa.

“O Sport Lisboa e Benfica informa que foi sancionado pela UEFA com a proibição de venda bilhetes aos seus adeptos para o próximo jogo europeu a realizar fora de casa, estando a aplicação dessa pena suspensa durante o período de dois anos”, pode ler-se no comunicado publicado no site oficial das ‘águias’.

Na origem da sanção da UEFA está “a deflagração de tochas e o arremesso de objetos”, durante a partida da segunda mão do ‘play-off’ de acesso aos oitavos de final da Liga Europa de futebol, realizada em Toulouse (0-0).

O emblema lisboeta apela aos adeptos para que “cumpram os regulamentos e se abstenham de práticas que prejudicam a imagem do clube e privam a equipa de um apoio que tem sido, desde sempre, decisivo e fundamental”.

AJC // AMG

“Tivemos o maior ataque de sempre a um partido político numa campanha eleitoral. O maior ataque de sempre, de todas as instituições, de todos os partidos e, hoje mesmo, do próprio Presidente da República”, afirmou.

André Ventura discursava no comício de encerramento da campanha eleitoral para as legislativas de domingo, num palco montado na Praça do Município, em Lisboa.

“É inadmissível que alguém queira dizer aos portugueses que um partido nunca governará. O partido governará se os portugueses quiserem, se votarem nele, porque somos nós que decidimos, não é mais ninguém”, defendeu.

Em causa está uma notícia avançada hoje pelo semanário Expresso, que refere que o Presidente da República não aceitará um primeiro-ministro que substitua o atual líder do PSD, Luís Montenegro, e que apresentasse uma maioria de direita com o Chega.

Antes, durante a arruada que decorreu na zona do Chiado, o presidente do Chega já tinha sido questionado sobre esta questão e disse ser “muito negativo”.

“Das duas uma, ou é um mau jornalismo, ou o Presidente da República meter-se na campanha das legislativas, e quando estamos a dois dias de escolher um governo, dizer que não quer o Chega no governo, é um ato muito pouco democrático que eu espero que os portugueses respondam no domingo de forma massiva”, afirmou.

O líder do Chega salientou que, “em Portugal, não é o Presidente da República que escolhe quem vai para o governo, são os eleitores”.

“Eu espero que Marcelo Rebelo de Sousa amanhã [sábado], já que vai fazer uma declaração ao país, possa explicar aquilo que disse, se é que disse, e porque é que não quer um partido político no governo que é tão legítimo como todos os outros”, apelou.

 

FM // PC

 

“É a confiança nesta força toda que está a ver. Muita força, muita confiança para aumentarmos a capacidade de resposta aos problemas das pessoas, aos salários, ao SNS, é para isso que está esta força toda e esta confiança toda”, afirmou Paulo Raimundo aos jornalistas enquanto realizava o curto percurso entre a Praça da Batalha e o Coliseu, acompanhado por algumas centenas de pessoas.

Depois de uma tarde de muito mau tempo na Invicta, a chuva acabou por dar tréguas alguns minutos antes do arranque da arruada, quando até já tinham sido distribuídas capas impermeáveis às pessoas. O líder comunista aproveitou então para deixar uma resposta ao apelo do secretário-geral socialista, Pedro Nuno Santos, à concentração de votos no PS, concordando com a necessidade de concentrar votos, mas com um destino diferente.

“Há quem tenha pedido hoje concentração de votos, não foi? Nós dizemos que é preciso concentração de votos, sim… a concentração de votos nos salários, na habitação, na vida melhor a que temos direito. E essa concentração de votos tem de ser na CDU, porque só a CDU dá resposta a essas questões. Estamos de acordo com a concentração de votos nas soluções das pessoas e isso passa pelo reforço da CDU”, vincou.

Questionado sobre o anúncio da declaração do Presidente da República ao país prevista para este sábado à noite e do previsível apelo ao voto, Paulo Raimundo subscreveu antecipadamente esse apelo para as eleições legislativas de domingo.

“Acho que é adequado o senhor Presidente da República apelar ao voto, esse voto que nos custou tanto a conquistar, esse voto que é uma conquista do 25 de Abril e nos 50 anos de Abril. Acho que é um apelo justo e ao qual eu me associo desde já nesse apelo do senhor Presidente da República”, disse, finalizando: “A abstenção nunca é positiva, por isso associo-me ao apelo do senhor Presidente da República”.

JGO // JPS