A China continua a apostar forte no mercado automóvel, e a XPENG é mais uma marca que se quer impor no segmento dos automóveis elétricos.

Os veículos elétricos da marca chinesa devem chegar ao mercado português já em 2024, através da Salvador Caetano Auto. No início do ano passado, a XPENG anunciou a intenção de estabelecer presença em vários mercados europeus, do Médio Oriente e de África.

“Estamos muito orgulhosos de ter a Salvador Caetano como nosso parceiro estratégico em Espanha e Portugal, mercados muito importantes para a XPENG”, refere, em comunicado de imprensa, Brian Hongdi Gu, vice-presidente do Conselho de Administração e presidente da XPENG.

Sérgio Ribeiro, Administrador Executivo da Salvador Caetano Auto & CEO Distribuição Automóvel Internacional, considera que esta é uma nova parceria de grande importância para a empresa portuguesa, que também já tinha a representação da BYD: “Esta aliança estratégica estabelece as bases para uma parceria sólida entre a XPENG e a Salvador Caetano Auto, que nos permitirá oferecer rapidamente os automóveis elétricos tecnologicamente avançados da XPENG no mercado da Península Ibérica”.

Ainda não foram divugados preços para Portugal. Mas, por exemplo, nos países da Europa onde a XPENG já chegou, o P7 RWD Long Range tem um preço de cerca de 50 mil euros. Um valor bem acima do que é praticado na China.

A XPENG, fundada em 2014 na cidade chinesa de Guanghzou, desenvolve soluções de mobilidade ecológicas. Está sediada em Guangzhou e Amesterdão, e tem ainda escritórios em Pequim, Xangai e Silicon Valley.

Já o antigo chefe de divisão de obras municipais Amílcar Machado, acusado no mesmo caso de participação económica em negócio e abuso de poder, foi condenado a uma pena de 10 meses de prisão, suspensa por um ano, decisão que o advogado já disse que ia contestar.

Artur Nunes foi autarca entre os anos de 2009 até 2021. Amílcar Machado reformou-se de funcionário municipal no mesmo ano.

Os factos descritos na acusação do Ministério Público (MP), divulgados na página da internet oficial da Procuradoria-Geral da República, remontam a 2010.

Segundo a acusação, “o arguido chefe de divisão, com o conhecimento e consentimento do arguido presidente da câmara, abordou um comerciante com quem tinha relações de proximidade pessoal, dizendo-lhe, ainda antes de qualquer procedimento de contratação, que ficaria com a venda e instalação de ar condicionado no rés-do-chão do edifício da câmara municipal, pelo preço que apresentasse”.

Ainda segundo o MP, “o comerciante tratou logo de encomendar o material elétrico e de ar condicionado necessário à obra, o que fez em novembro de 2010 e janeiro de 2011”.

Mais descrevia a acusação que só em fevereiro de 2011 “o arguido chefe de divisão propôs a abertura de procedimento pré-contratual de ajuste direto, propondo como entidade a contratar o dito comerciante e indicando o valor de 42.000 euros que aquele apresentara em orçamento”.

A obra foi adjudicada pelo valor de 41.991 euros mais IVA e executada pelo empresário em causa, “proporcionando-lhe margens de lucro entre 85% e 983% no material que forneceu para instalação no edifício da câmara municipal”, calculou o MP.

Na primeira sessão de julgamento, o antigo chefe de divisão de obras municipais explicou que o rés-do-chão foi sujeito a intervenção com “pladur, ar condicionado e mobiliário.

Acrescentou que, apesar de a entidade competente para a intervenção ser o departamento que liderava, “teve zero a ver com o projeto”, que disse ter sido autorizado pelo presidente em funções na altura.

Artur Nunes disse, por sua vez, que não teve contactos com a empresa a quem foi adjudicada a intervenção.

“A única coisa que fiz foi comunicar aos técnicos a necessidade dessa obra”, declarou o ex-autarca.

A obra era precisa, explicou Artur Nunes, porque se impunha a instalação de espaços de atendimento para o serviço do Balcão Único e faltavam condições à construção, do tempo do Estado Novo.

Artur Nunes afirmou que a sustentabilidade das obras era baseada “no princípio da confiança” da informação recolhida previamente pelos técnicos, para permitir escolher o melhor preço.

A proposta vencedora foi a única a concurso. O critério da escolha iria recair naquela cujo valor orçamental apresentado fosse o mais baixo.

LIL/TYR // MCL

Palavras-chave:

A Jerónimo Martins subiu 2,97% para 18,40 euros, no topo das 11 cotadas que ficaram em terreno positivo. As outras cinco empresas que integram o índice PSI registaram descidas, lideradas pela Semapa, que caiu 1,58% para 14,96 euros.

No resto da Europa, Milão subiu 0,90%, Frankfurt 0,79%, Paris 0,72% e Londres 0,41%, mas Madrid recuou 0,04%.

EO // EA

Palavras-chave:

Num comunicado, a estrutura sindical lembrou que “o júri constituído para avaliar o processo de privatização da Azores Airlines entregou, na passada sexta-feira, o relatório final sobre o processo”, tendo mantido “a sua posição já expressa no relatório preliminar”.

Ou seja, destacou, “manteve apenas um dos consórcios que concorreram” e mesmo esse “não apresenta as mínimas condições para garantir a continuidade da operação da companhia”.

O Sitava recordou também que “o presidente do júri foi ainda mais longe”, admitindo “reservas quanto à capacidade financeira do consórcio para garantir a viabilidade futura da companhia”.

O sindicato considera, assim, que “entregar a companhia a esta entidade seria um verdadeiro desastre”.

“Parece-nos, pois, óbvio que com a entrega deste relatório e principalmente com o seu resultado, este processo terá que parar imediatamente”, destacou, indicando: “a traumática experiência por que passámos deve servir de exemplo para não voltar a repetir”.

“Ao Governo Regional voltamos agora a apelar para que pare imediatamente o processo”, salientou o sindicato, defendendo que “reconhecer um erro e inverter a trajetória não fragiliza o Governo”.

O júri do concurso público da privatização da Azores Airlines manteve a decisão de aceitar apenas um concorrente no relatório final, mas admitiu reservas quanto à capacidade do consórcio Newtour/MS Aviation em assegurar a viabilidade da companhia.

“Entregámos o relatório final. Esse relatório final, no essencial, mantém o que já estava no relatório preliminar”, declarou o presidente do júri, Augusto Mateus, numa conferência de imprensa no Teatro Micaelense, em Ponta Delgada, na semana passada. 

O júri manteve a nota que tinha sido atribuída à Newtour/MS Aviation (46,69), único concorrente admitido, e que foi contestada pelo consórcio aquando da apresentação do relatório intercalar, em outubro de 2023.

“No caderno de encargos, a positiva começa com nota de 25 e nota máxima é 100. A nota que atribuímos à proposta é 46,69. Percebe-se que 46,69 está mais próximo de 25 do que de 100. Não é uma nota muito expressiva. Chamamos à atenção para isso”, afirmou.

O caderno de encargos da privatização da Azores Airlines prevê uma alienação no “mínimo” de 51% e no “máximo” de 85% do capital social da companhia.

 

ALN (RPYP/JME) // EA

“A partir de agora e até setembro, vamos ter um bloco central em Portugal”, defendeu André Ventura, em declarações aos jornalistas, à porta do sub-destacamento territorial da GNR do concelho de Sintra.

O líder do Chega foi questionado sobre a carta enviada pelo secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, ao primeiro-ministro, Luís Montenegro, disponibilizando-se para negociar um acordo que, em 60 dias, resolva a situação de certos grupos profissionais da administração pública, e à qual o líder do executivo já prometeu responder.

Ventura encarou esta missiva como “normal”, argumentando que, “a partir da tomada de posse, ficou claro que o PSD quer que o PS seja o seu interlocutor e, portanto, é com ele que tem de falar”.

O presidente do Chega insistiu que o seu partido estará na oposição, não deixando de aprovar “propostas que sejam positivas”.

“Acho que o tempo agora de dizer ao PSD que ainda pode arrepiar caminho, de sair debaixo da capa, do chapéu, de um partido que ele tanto criticou, já passou. A escolha foi feita e assumida e agora é tempo de trabalhar essa escolha para evitar que em setembro tenhamos um cenário de instabilidade”, defendeu.

André Ventura disse esperar que PS e PSD “criem essas condições de convergência para se entenderem”.

Interrogado sobre a moção de rejeição ao programa de Governo apresentada pelo PCP, o líder do Chega defendeu que não faz sentido aprovar o documento, uma vez que não há “alternativa política”.

“A partir de agora e até setembro vamos ter um bloco central em Portugal, portanto, não vejo razão para aprovar moção nenhuma. Acho que tem que se deixar o PSD e o PS governarem, nós cá estaremos para ver o que esteve bem e o que está mal, e em setembro tomaremos a nossa decisão”, afirmou.

Na opinião do dirigente do Chega, “o PS meteu-se a ele próprio num beco do qual não consegue sair”.

“Por um lado, quis ser disponível para mostrar que é o adulto na sala e agora já percebeu que a Aliança Democrática lhe disse, ‘então vais ter que ser tu a aprovar o orçamento’, e quer despachar a coisa em junho ou julho, para não ter que aprovar o Orçamento do Estado [para 2025], isso é evidente”, defendeu.

Lembrando que o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, teve várias funções governativas ao longo dos últimos anos, incluindo no último executivo, Ventura questionou a credibilidade do líder socialista “para propor medidas destas”.

“Se Montenegro acha que Pedro Nuno Santos tem credibilidade para propor medidas destas, é o juízo que ele fará. Um dia serão os dois julgados pelos portugueses sobre a forma como conduziram este processo governativo”, considerou.

 

ARL // PC

Nelson Magalhães, vice-presidente da USF-AN (Unidade de Saúde Familiar – Associação Nacional), disse à Lusa que a decisão foi transmitida às unidades através de um email da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), datado de 30 de março.

O despacho em causa (n.º 1668/2023) “define as regras de organização e os mecanismos de gestão referentes ao Registo Nacional de Utentes (RNU), assim como as regras de registo do cidadão no SNS [Serviço Nacional de Saúde] e de inscrição nos cuidados de saúde primários”.

As novas regras determinavam que os portugueses com residência fiscal no estrangeiro teriam o seu registo “inativo”, mesmo os frequentadores dos serviços.

A notícia deste alegado afastamento dos emigrantes portugueses do SNS, divulgada pela Lusa a 13 de dezembro do ano passado, provocou forte indicação das comunidades portuguesas no estrangeiro e agitou o meio político e partidário, culminando na audição do então ministro da Saúde, Manuel Pizarro, na Comissão Parlamentar da Saúde, a 10 de janeiro deste ano.

Nessa audição, o deputado social-democrata Miguel Santos afirmou que uma das primeiras medidas do PSD, se fosse Governo, seria revogar o despacho.

De acordo com Nelson Magalhães, a aplicação do despacho foi várias vezes adiada, tendo ficado com a data limite de 31 de março, mas, um dia antes, surgiu a indicação de que o processo de implementação da tipologia de Registo no RNU, que estava prevista para o final de março e que classificava os registos com a condição de “ativo”, “transitório” ou “inativo” tinha ficado suspenso “por decisão superior” e até “uma data a definir oportunamente”.

Assim, os portugueses residentes no estrangeiro continuarão a ter o mesmo acesso aos serviços do que os residentes no país, ou seja, pleno acesso para quem tem contactos com o sistema nos últimos cinco anos.

Em curso continua a completude de dados do RNU, nomeadamente sobre os registos com inscrição em cuidados de saúde primários, dando continuidade ao trabalho que as unidades têm vindo a efetuar.

No seguimento do despacho, o anterior Governo garantiu que o SNS assegurará a despesa do atendimento dos emigrantes portugueses, sempre que o Estado português não consiga cobrá-la junto de entidades como seguradoras ou sistemas de proteção social desses cidadãos. Ainda assim, optou por suspender a medida.

SMM // MLL

O Stanford Linear Accelerator Center (SLAC) anunciou que a Câmara LSST, capaz de captar imagens com 3200 megapixéis de resolução, vai ser enviada para o Chile, para ser instalada num telescópio e começar a ajudar a resolver alguns dos mistérios do universo. O módulo LSST (de Legacy Survey of Space and Time) esteve a ser planeado nos últimos 20 anos, mas só recebeu a ‘luz verde’ para construção em 2015.

O sensor da câmara foi concluído em 2020, é composto por 189 sensores individuais de 16 megapixéis cada um e as primeiras imagens foram captadas em setembro desse ano. O tempo restante até agora foi usado para montar todos os restantes componentes, incluindo a lente, o sensor e a moldura. Os sensores CCD personalizados totalizam 3,2 gigapixéis e cada um deles mede cerca de 10 mícrones. As três lentes da câmara foram produzidas pelo Laboratório Nacional Lawrence Livermore, explica o New Atlas.

Todo o sistema ótico desta câmara, incluindo os três espelhos esféricos e os filtros está otimizado para capturar luz em comprimentos de onda desde o ultravioleta ao quase-infravermelho. Aaron Roodman, que gere o projeto da Câmara no Observatório Vera C. Rubin destaca que consegue ver uma bola de golfe a uma distância de 25 quilómetros, ao mesmo tempo que consegue corbri uma área de céu sete vezes maior do que a Lua completa.

O aparelho tem o tamanho de um carro pequeno e pesa cerca de três mil quilos, estando agora em processo de embalagem para depois ser transportado para o Chile.

O projeto de exploração deste sistema tem uma duração prevista de dez anos e espera-se que ajude a criar um novo mapa da Via Láctea, com um nível de detalhe sem precedentes, e perceber a sua evolução, bem como a natureza das estrelas e de outros objetos no universo.

Veja o vídeo de apresentação da iniciativa.

O programa comemorativo, construído pela Câmara Municipal de Sines, em parceria com várias entidades locais, tem como principal foco a noite de 24 e o dia 25 de Abril, com “grandes eventos em espaço público”.

Entre as iniciativas previstas, está o espetáculo “Levante”, da companhia Teatro do Mar, com a participação da comunidade local, apresentada pelos organizadores como “uma criação de grande escala” que irá percorrer, na noite de 24, as ruas do centro histórico e terminar na baía de Sines”.

Sob direção artística da encenadora Julieta Aurora Santos, o espetáculo, que é uma espécie de “manual para uma revolução”, conta igualmente com “um bailado aéreo sobre o mar”, a cargo da companhia espanhola Sylphes Aerial Ballet.

Segue-se, às 00:00 do dia 25, ainda na baía de Sines, um espetáculo de fogo de artifício para dar “as boas-vindas ao Dia da Liberdade”, e o concerto do DJ Kura para prolongar a festa.

Na noite de dia 25, as comemorações incluem um concerto do cantor e compositor Paulo de Carvalho, autor da canção “E Depois do Adeus”, uma das ‘senhas’ da Revolução dos Cravos.

Outro dos destaques do programa recai na iniciativa “José Afonso – Música e Liberdade”, que, entre os 16 e 19 deste mês, recorda “a memória de um dos mais geniais músicos portugueses”, com uma exposição, apresentações de livros, palestra e concerto por Filipa Pais no Centro de Artes de Sines (CAS).

Também o Arquivo Municipal vai contribuir “para a memória da revolução e da vida local nesse período”, com a realização da Tertúlia da Liberdade, no dia 20, às 14:30, na Sala das Armas do Castelo, e a apresentação do livro “Projeto Sines”, de Maria Fernanda Rollo e Pedro Serra, no dia 26, às 17:00, no CAS.

Ainda na área da cultura, o público pode visitar a exposição “Liberdade? Ou Liberdades”, patente no CAS, entre os dias 23 e 30, que mostra “como esta data pode ser apropriada por um grupo de jovens artistas da região”.

A cerimónia do hastear da bandeira nos Paços do Concelho, às 10:00, e a Sessão Solene da Assembleia Municipal comemorativa da data, às 11:00, no auditório do CAS, são também pontos altos do programa de dia 25.

As comemorações incluem ainda cinema, literatura, teatro, dança, uma mostra gastronómica da Associação de Comércio Local de Sines e provas desportivas organizadas pelos clubes locais.

HYN // RRL

Em declarações aos jornalistas no parlamento, Rui Rocha criticou Pedro Nuno Santos por ter enviado hoje uma carta ao primeiro-ministro, Luís Montenegro, na qual se disponibilizou para negociar um acordo que, em 60 dias, resolva a situação de certos grupos profissionais da administração pública.

“Trata-se da evidência e a confirmação de que Pedro Nuno Santos e o PS de Pedro Nuno Santos estão empenhados em fazer oposição ao PS de António Costa”, acusou, considerando que isso não resolve os “problemas dos portugueses”.

Apesar de subscrever a necessidade de olhar para as carreiras dos profissionais de saúde, dos polícias ou dos professores, o líder da IL criticou o facto de esta missiva deixar “uma grande parte do país de fora” e questionou se essas áreas não são uma prioridade para o PS.

Entre os exemplos do que não foi abordado, Rui Rocha apontou os alunos sem professores, utentes sem consultas e cirurgia a tempo ou as “famílias e empresas asfixiadas pelos impostos”.

“Mais do que esta troca taticista de cartas sobre um eventual orçamento retificativo – que se calhar nem vai existir – e esta demonstração de abertura, ela própria taticista porque tem prazo marcado, o que é preciso perguntar ao primeiro-ministro é se para além destas carreiras, está ou não em condições de garantir a baixa de impostos necessária às famílias e às empresas, a reforma da saúde, que o próximo ano letivo vai começar com professores nas escolas, se o sistema eleitoral passa não desperdiçar as centenas de milhares de votos”, questionou.

Rui Rocha considerou que estas são “questões estruturais que nem Pedro Nuno Santos ainda quis tratar” e sobre as quais não há ainda uma visão do primeiro-ministro.

O primeiro-ministro confirmou hoje ter recebido a carta do secretário-geral do PS, a que dará, “naturalmente, resposta”, segundo fonte do gabinete de Luís Montenegro.

“A carta foi recebida e terá, naturalmente, resposta”, disse à Lusa fonte do gabinete do primeiro-ministro.

O secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, escreveu hoje ao primeiro-ministro, disponibilizando-se para negociar um acordo que, em 60 dias, resolva a situação de certos grupos profissionais da administração pública, uma carta à qual a agência Lusa teve acesso.

Em 19 de março, após uma audição com o Presidente da República em Belém, Pedro Nuno Santos tinha-se manifestado disponível para viabilizar um Orçamento retificativo da AD limitado a “matérias de consenso”, referindo-se à valorização das grelhas salariais destes grupos profissionais da administração pública até ao início do verão.

Um dia depois, questionado sobre este desafio, Luís Montenegro disse ter registado “com satisfação o sentido de responsabilidade” da comunicação feita pelo secretário-geral do PS, mas escusou-se a responder se estaria disponível para negociar uma viabilização de um eventual Orçamento Retificativo.

JF (SMA/TA) // PC

Em declarações aos jornalistas após a reunião da Comissão Política do maior partido da oposição moçambicana, o porta-voz deste órgão, Alfredo Magumisse, afirmou que, seguindo o calendário interno e o da Comissão Nacional de Eleições, “a Renamo vai realizar a sua reunião do Conselho Nacional, a reunião mais importante entre dois congressos consecutivos”.

“A Comissão Política como é estatutário, deliberou em marcar para o dia 14 de abril a sessão do Conselho Nacional a realizar-se na cidade capital, em Maputo”, disse Alfredo Magumisse, adiantando que a reunião, que antecede o Congresso, terá por lema “Renamo forte, refletindo sobre a democracia e a reconciliação nacional”.

A Renamo anunciou, em 22 de março, a realização do Congresso para eleger o próximo presidente da organização para os dias 15 e 16 de maio.

Saimone Macuiane, advogado da Renamo, fez o anúncio no Tribunal Judicial da Cidade de Maputo, como parte de um acordo com o deputado do partido Venâncio Mondlane, que intentou uma providência cautelar, exigindo que a direção daquela força política marcasse as datas do Congresso eletivo.

“Nós chegámos a um acordo relativamente à marcação do Congresso. O Congresso da Renamo vai decorrer entre os dias 15 e 16 de maio”, disse Saimone Macuiane à juíza do processo da providência cautelar intentada por Venâncio Mondlane, em 23 de fevereiro.

Na intervenção durante a audiência, Venâncio Mondlane, que voltou a manifestar a intenção de concorrer à presidência do partido, pediu que fosse incluída na ata do acordo judicial a declaração de que todos os membros do partido exerçam livremente as suas atividades, assinalando que há evidências de limitação da “liberdade política” aos militantes que se pretendem candidatar à presidência do partido.

“Não queríamos que houvesse impedimento em relação à liberdade política”, enfatizou, defendendo igualmente o “tratamento igual” entre os candidatos à liderança da Renamo.

Fonte da Renamo disse que caberá ao Conselho Nacional do partido confirmar as datas da realização da próxima reunião magna e anunciar o local do encontro.

A Renamo é liderada por Ossufo Momade desde a morte de Afonso Dhlakama, em maio de 2018, mas o mandato dos órgãos do partido expirou em 17 de janeiro. Ainda assim, na altura, o porta-voz do partido, José Manteigas, apontou Ossufo Momade como candidato, nas eleições gerais de outubro, ao cargo de Presidente da República.

Mesmo sem Congresso eletivo ou reunião da Comissão Nacional convocadas, três militantes já anunciaram que pretendem concorrer à liderança da Renamo, num ano em que Moçambique realiza eleições gerais, incluindo presidenciais: o deputado e ex-candidato à autarquia de Maputo, Venâncio Mondlane, o filho do líder histórico do partido, Elias Dhlakama, e o ex-deputado Juliano Picardo.

O autarca de Quelimane, Manuel de Araújo, disse estar a estudar essa possibilidade.

Moçambique realiza em 09 de outubro eleições gerais, incluindo presidenciais, às quais já não concorre o atual Presidente da República e líder da Frente de Libertação de Moçmbique (Frelimo), Filipe Nyusi, por ter atingido o limite de dois mandatos previsto na Constituição.

PVJ // MLL

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