LISBOA

1. Musicbox

Quando, em 2006, esta caixinha de música abriu no lugar do Texas Bar, a Rua Nova do Carvalho estava longe de se pintar de cor de rosa e de se tornar pedonal (isso aconteceu em dezembro de 2011). O Cais do Sodré era uma memória dos marinheiros que deambulavam por estas ruas, com bares transformados em casas de alterne. Sim, podemos escrever, sem soar a exagero, que o Musicbox foi a semente daquele que é hoje um dos locais da movida lisboeta – chamou artistas, chamou gente nova e criou raízes ao lado de resistentes como o Jamaica ou o Tokyo. O clube é o pulmão do trabalho desenvolvido pela CTL – Cultural Trend Lisbon, assumindo-se como um híbrido entre uma sala de espetáculos e um lugar para dançar (onde não falta um bar, claro). Gonçalo Riscado, diretor da CTL, enaltece a programação consistente ao longo destes quase 18 anos (celebram-se a 6 de dezembro, numa festa de aniversário que se transforma em festival). Em 2023, numa sala com capacidade para 260 pessoas, organizaram 250 espetáculos, entre concertos e o clubbing. Por lá, passaram 700 artistas, dos quais 85% são nacionais e, na sua grande maioria, “emergentes”, sublinha Gonçalo Riscado. R. Nova do Carvalho, 24 > seg-dom 21h-6h > a partir de €10

PRÓXIMOS CONCERTOS

Linda Martini 5 abr; Judeline 12 abr; Nabihah Iqbal 13 abr; Slum Village 1 mai

2. Damas

As filas à porta denunciam o sucesso do Damas, aberto desde abril de 2015, na Rua da Voz do Operário, na Graça. Um híbrido de restaurante, bar e sala de concertos, que aposta na diversidade de géneros musicais e já recebeu nomes como Filipe Sambado, Deize Tigrona, Maria Reis, Trypas Coração ou Djumbai Jazz. “Sempre fez parte do nosso sonho que esta casa representasse a nossa visão do mundo. Um espaço onde cabem todas as sonoridades, e isso reflete-se na forma como tratamos a nossa programação ou mesmo nas noites em si, em que há uma mistura de públicos”, dizem as proprietárias, Alexandra Vidal e Clara Metais. Os concertos acontecem habitualmente todos os fins de semana, a partir das 23 horas. R. da Voz do Operário, 60, Lisboa > ter-qui 12h-1h, sex-sáb 12h-4h, dom 18h-1h, concertos 23h > €5 e €8

Próximos concertos

Girls 96 +Rabumazda  6 abr; Fidju Kitxora+Assali 13 abr; Son na batucada de Dj Doraemon; Damas de Vermelho fazem 9 anos 24 abr; Ochinaskee+HRT Twigs+Hifa Music; Zabra 27 abr;

3. Camones – Artes Bar

Foto: Arlindo Camacho

Quando abriu, em junho de 2018, no antigo clube recreativo do Bairro Estrela d’Ouro, na Graça, não havia um único microfone no Camones – Artes Bar. “A casa foi crescendo, desde então, e agora já temos vários”, brinca Cláudia Loureiro, proprietária deste bar dedicado à música, à poesia e ao teatro de improviso. “No início, tinha de procurar os artistas. Agora, cerca de 90% são propostas que chegam”, diz. Com concertos diários, há dias fixos para ouvir jazz manouche (segunda e quarta-feira do mês) e blues (primeira e terceira quarta-feira do mês). Já os restantes dias, de quinta a sábado, são dedicados a sonoridades de muitas latitudes, do Brasil e África aos Balcãs. Às terças, as sessões open mic são abertas a todos e a todas as expressões artísticas, incluindo a música. A partir de maio, o Camones passa a abrir de segunda a sexta, reorganizando a programação. Até lá, aproveite-se a semana inteira para assistir a um concerto. R. Josefa Maria, 4B, Lisboa > ter-dom a partir das 20h30 > €5 a €7

Próximos concertos

A Mansão 12 abr; Tiago Silva 13 abr; Les Voltage 19 abr; Jazz Jam (só com mulheres) 25 abr; Walter Areia e Marta Freitas 27 abr; Miguel da Soul 10 mai; Carolina Zingler 17 mai

4. SMUP

Foto: DR

As liras pintadas de branco no portão da Sociedade Musical União Paredense, a SMUP, não deixam dúvidas: aqui há música. Mesmo ao lado da estação de comboios da Parede, esta coletividade, fundada em 1899, ganhou outra vida em 2015 graças à vontade de uma nova direção e a dois orçamentos participativos, que permitiram as obras de remodelação. Na verdade, as atividades que desenvolve (aulas de teatro, dança…) vão para lá da música. No primeiro andar, o bar tem mesas para se ficar a beber um copo, jogar cartas ou xadrez, e também mesas de snooker. No rés do chão, o salão onde ensaia a banda filarmónica da SMUP (assim como a escola de música) transforma-se em sala de concertos (jazz, improvisada, eletrónica, rock…), que costumam esgotar e que acontecem sempre às 21h. R. Marquês de Pombal, 319, Parede > seg-qui 15h-24h, sex-sáb 15h-1h30 > €12

PRÓXIMOS CONCERTOS

Lula Pena + Dibuk 19 abr; B Fachada canta Zeca, Zeca e mais Zeca! 30 abr

5. ZDB

Foto: Vera Marmelo

Estas linhas são poucas para resumir um lugar que tem marcado várias gerações e que criou uma comunidade. Afinal, são quase 30 anos – celebram-se em outubro – de associação, sala de concertos, galeria, terraço com cinema no verão ou casa de residências artísticas na Rua da Barroca, no Bairro Alto. A Zé dos Bois organiza cerca de 100 concertos por ano, na sua grande maioria de nomes estrangeiros, e isso, aponta Natxo Checa, deve-se a estas três décadas bem preenchidas. Quem mais se pode gabar de telefonar a Thurston Moore, Angel Olsen ou Bonnie ‘Prince’ Billy, a perguntar quando pode vir tocar novamente a Lisboa? De vez em quando, a ZDB sai fora de portas, organizando concertos noutras salas, mas também se orgulha do seu “aquário” e das noites suadas e intimistas que ali têm lugar. Recentemente, ganhou um palco no espaço 8 Marvila, que apresentará uma programação mais regular a partir de maio. R. da Barroca, 59, Lisboa > seg-sáb 18h-2h > €10-€12

PRÓXIMOS CONCERTOS

Niecy Blues 11 abr; Super Ballet com Jlin 14 abr (8 Marvila); Oren Ambarchi 18 abr (Igreja St. George); Blue Lake (1ª parte Ravenna Escaleira) 29 abr

6. B.O.T.A

Pensado como um espaço multidisciplinar para todos os públicos, o palco do B.O.T.A (significa Base Organizada da Toca das Artes, associação cultural criada em 2016), nos Anjos, já recebeu artistas e bandas de várias nacionalidades e sonoridades, do rock à música improvisada, do jazz à MPB e folk. “Aquilo que nos motiva, na escolha que fazemos, é a autenticidade. Não limitamos os géneros, procuramos diversificá-los”, diz Rui Galveias, que organiza, com Lily Nóbrega, a agenda do B.O.T.A., inaugurado em 2020. Além de concertos, promovem semanas temáticas, como a Semana das Músicas do Mundo, em outubro (desde 2022), ou o Festival de Blues (a primeira edição aconteceu em janeiro passado), bem como residências artísticas, oficinas, sessões de poesia (seg) e atividades para crianças (sáb e dom). Lg. Santa Bárbara, 3D, Lisboa > qua-dom a partir das 17h, concertos 21h > €5 a €15

PRÓXIMOS CONCERTOS

Javisol+ João Mesquita 13 abr; La Familia Gitana 14 abr; Mãeana 17 abr; Asteria 28 abr

7. RCA Club

Inspirado pelo mítico Rock Rendez Vous, onde chegou a tocar, Sérgio Duarte, 53 anos, idealizou um clube onde a programação girasse em torno do rock. “Do metal ao indie e ao pop rock”, diz o vocalista e baixista dos RCA (Real Companhia dos Animais) e fundador do clube com o mesmo nome, aberto no final de 2013, no bairro de Alvalade, que gere com o sócio Miguel Fernandes. Sem programação fixa, e para haver diversidade na oferta e evitar concorrência, o RCA Club abre somente quando há concertos agendados (a dupla de sócios trabalha com programadores parceiros). Acolhe ainda as festas Rockline Tribe, com uma dupla de DJ, que obedecem ao mesmo princípio do mundo do rock. R. João Saraiva, 18, Lisboa > concertos 20h > €10 a €20

PRÓXIMOS CONCERTOS

Alice in Pain (Remember Layne Staley) 5 abr; Ex-Votos+Ervas Daninhas 7 abr; Anzv+Dallian 13 abr; Pestilence + Bodyfarmg+Carnation 17 abr; Kristin Hersh 20 abr; Malade+Terramorta+Meggera 27 abr; Abaixo Cu Sistema+Tributo Guano Apes 30 abr

PORTO

8. Maus Hábitos

Foto: Lucília Monteiro

Não há quem não tenha ouvido falar deste quarto andar na Rua de Passos Manuel. Faz 25 anos em abril que o fundador da associação cultural Saco Azul, Daniel Pires, criou o Maus Hábitos, para acolher ateliês de artistas e dinamizar a cultura na Baixa, ainda o Porto se preparava para a Capital Europeia da Cultura. Desde então, as dinâmicas das salas mudaram à medida da agenda, que foi cimentando o cruzamento das artes visuais com a música. Contas feitas, já organizaram seis mil concertos. “Os artistas precisam de passar por estes pequenos clubes para poderem mostrar-se, errar e crescer. É um sítio onde se pode experimentar”, afirma Daniel Pires. Para suportar o negócio, abriu um restaurante (Vícios da Mesa), que é café-concerto durante o jantar. A música vai da pop ao metal, numa curadoria de Luís Salgado, programador desde 2014 do Maus Hábitos. “Agora, já ninguém nos chama alternativos”, congratula-se Daniel.  R. de Passos Manuel, 178 – 4.º andar, Porto > seg 18h-22h, ter-qui 12h-2h, sex-sáb até 6h

PRÓXIMOS CONCERTOS

800 Gondomar 5 abr; Festa 25 anos Maus Hábitos 6 abr; Tiago Sousa 18 abr

9. Plano B

Foto: DR

A caminho das duas décadas (nasceu em 2006), este bar-discoteca mudou a noite no Porto, afirmando-se como “um espaço eclético ao nível musical”, resume Ricardo Costa, que adquiriu o Plano B em 2021, depois de ter regressado de Londres, onde viveu dez anos. Pelas três salas (Cubo, Palco e Galeria) decoradas com espelhos e grandes candeeiros passaram centenas de músicos, numa programação que cruza várias sonoridades: dos portugueses Capicua, Manel Cruz, Moullinex, Xinobi, Sensible Soccers e Nuno Lopes (toma conta da cabine como DJ) às recentes atuações do produtor e DJ francês Laurent Garnier ou do inglês O’Flynn. R. Cândido dos Reis, 30, Porto > qui-sáb 22h-6h > a partir de €10

PRÓXIMOS CONCERTOS

Ana Lua Caiano 5 abr; Actress + Dust Devices 19 abr; Drahla 25 mai

10. Novo Ático

A Garota Não durante um concerto em julho de 2022. Foto: DR

Em julho de 2022, dois meses depois de o Novo Ático ter dado vida ao velhinho Salão Ático (conhecido, em tempos, pelas matinés e chás dançantes), esta sala do Coliseu do Porto encheu-se para ouvir A Garota Não. Nessa altura, a cantautora de Setúbal não tinha ainda arrebatado a festa dos Globos de Ouro num discurso que foi um poema – se assim fosse, milhares de pessoas teriam ficado à porta desta sala intimista, com capacidade para 300 pessoas de pé e 180 sentadas. O Novo Ático abriu com o objetivo de revitalizar a sala aos domingos, “num dia menos preenchido na cidade e num horário entre as 17h e as 19 horas”, lembra Luís Pardelha, da Produtores Associados, que, em conjunto com a JB Comunicação, gere esta sala, que recebeu 30 concertos em 2023. Se, no princípio, a ideia era apostar em novos talentos, hoje a agenda mistura artistas em início de carreira e nomes consagrados, num “ambiente entre um teatro e um clube”, resume Luís Pardelha. Coliseu do Porto > R. Passos Manuel, 13 > dom, 17h

PRÓXIMOS CONCERTOS

Quarteto AdLib Strings 21 abr; Carlos Mendes 12 mai; Joana Espadinha 26 mai

11. Barracuda

A música rock está na génese deste bar, a poucos metros da Estação de São Bento, aberto vai para seis anos, por Rodas (como é conhecido o fundador do Cave 45, com passagens, entre outros, pelo Hard Club, Porto Rio e Armazém do Chá). “O Barracuda foi pensado para as pessoas da cidade e quer apresentar bandas ilustres desconhecidas com qualidade”, diz Rodas, que toma muitas vezes conta da cabine, juntamente com Esgar Acelerado (os “alternadores roqueiros”, como chamam aos DJ). A capacidade para 80 pessoas esgota com facilidade, com clientes de todas as gerações. Apesar das dificuldades de rentabilização, o proprietário orgulha-se de este clube de rock – que celebrou o sexto aniversário com uma festa gratuita (em março) – já se encontrar no circuito internacional de bandas com mais de 40 anos. R. da Madeira, 186 > sex-sáb 22h30-6h > €5 a €10

PRÓXIMOS CONCERTOS

Los Palms 24 abr; Eddie and the Hot Rods 27 abr

12. M.Ou.Co

Foto: Nuno Pestana Vasconcelos

Desengane-se quem acha que este hotel, inspirado na música, com uma musicoteca e sala de concertos, deixou de receber espetáculos desde que foi vendido ao grupo californiano Outsite, no ano passado. Embora a filosofia do M.Ou.Co, no Bonfim, aposte agora nos nómadas digitais, os novos proprietários pretendem que “o foco continue a ser a música”, assegura Cristiana Duarte, responsável de eventos. “A ideia continua a ser a de criar uma ligação entre quem vive e quem visita o Porto, e a intenção passa até por vir a aumentar o número de concertos”, esclarece. O estilo musical é mais virado para o indie rock e indie pop, mas, pelo meio, o M.Ou.Co vai recebendo nomes da música brasileira, seguindo um alinhamento que tem feito parte da agenda da sala de espetáculos, situada no piso -1 deste hotel. R. de Frei Heitor Pinto, 67 > moucohotel.pt

PRÓXIMOS CONCERTOS

Bdrmm 6 abr; Julia Mestre 14 abr; Jota.Pê 26 abr; Jordan Rakei 3 set

A bolsa de Tóquio fechou hoje em baixa, com o principal índice, o Nikkei, a cair 1,96% para 38.992,08 pontos.

O segundo indicador, o Topix, perdeu 1,08% para 2.702,62 pontos, no fim da sessão.

O índice Nikkei reflete a média não ponderada dos 225 principais valores da bolsa de Tóquio, enquanto o indicador Topix agrupa os valores das 1.600 maiores empresas cotadas.

VQ // VQ

Palavras-chave:

As equipas de salvamento conseguiram resgatar hoje nove pessoas presas em um túnel em Taiwan e ainda procuram 18 pessoas desaparecidas, após o maior sismo que atingiu a ilha em 25 anos.

A agência de gestão de catástrofes de Taiwan disse que os nove turistas foram salvos numa passagem localizada num popular desfiladeiro chamado de Túnel das Nove Torres, no leste da ilha.

A agência manteve hoje o balanço em dez mortos e 1.106 feridos, apesar de anunciar que foram encontradas duas vítimas sem “qualquer sinal de vida” na região montanhosa de Hualien, perto do epicentro do sismo.

“Atualmente, as duas pessoas detetadas no local não podem ser identificadas porque estão enterradas muito fundo”, disse a agência, acrescentando que ainda será necessário realizar verificações antes de as adicionar ao balanço oficial.

A agência disse que os serviços de emergência já conseguiram localizar mais de 700 pessoas que continuam presas em túneis ou áreas isoladas de Hualien, mas que 18 pessoas estão ainda desaparecidas.

Entre os desaparecidos estão três adultos e três crianças que percorriam um trilho no Parque Nacional Taroko, um dos principais pontos turísticos de Taiwan e onde se encontra a maioria das centenas de pessoas presas pelo sismo.

Um grupo de mais de 50 pessoas deslocou-se esta manhã ao trilho com ferramentas especiais para escavar e realizar trabalhos de resgate.

Além de pequenos grupos a pé com cães, os serviços de emergência mobilizaram helicópteros e drones para alcançar as pessoas retidas nas montanhas, onde estradas ficaram bloqueadas devido a deslizamentos de terra e quedas de rochas.

As equipas de resgate estão também a usar helicópteros para entregar alimentos a muitos moradores que ficaram isolados pelo sismo de quarta-feira, com uma magnitude de 7,4 de acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos.

Na cidade de Hualien, as autoridades começaram os trabalhos de demolição com um guindaste do edifício “Urano”, que se inclinou 45 graus após metade do primeiro andar ter desabado devido ao sismo.

Muitos habitantes de Hualien passaram a noite ao relento, depois de fugirem de apartamentos ainda abalados por numerosas réplicas, enquanto estavam a decorrer obras de grande envergadura para reparar as estradas.

A ilha tem sido abalada por centenas de fortes réplicas desde o primeiro sismo e o Governo alertou os residentes para terem cuidado com deslizamentos de terras ou queda de pedras.

A regulamentação rigorosa em matéria de construção e a sensibilização generalizada do público para as catástrofes parecem ter evitado um desastre de grandes proporções na ilha, de acordo com a agência de notícias France-Presse.

O abalo de quarta-feira foi o mais forte em Taiwan desde 21 de setembro de 1999, quando um sismo de magnitude 7,6 matou mais de 2.400 pessoas e feriu mais de 11.300.

VQ (TFZM/ANC) // VQ

Palavras-chave:

A Secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, garantiu hoje que Washington quer forjar uma “relação económica saudável” com Pequim, numa reunião com líderes empresariais norte-americanos estabelecidos em Cantão, no sudeste da China.

Durante o encontro, Yellen sublinhou a intenção dos Estados Unidos de trabalhar com a China para alcançar uma relação que garanta condições iguais para os trabalhadores e empresas norte-americanas.

De acordo com um comunicado, a dirigente destacou a importância de uma comunicação “franca e aberta” com a China para atingir este objetivo.

A secretária reuniu-se com representantes empresariais dos Estados Unidos, União Europa e Japão, que expressaram “preocupações” sobre o excesso de capacidade industrial da China em determinados setores.

De acordo com o Departamento do Tesouro, durante a visita à China, Yellen pretende abordar com representantes do governo chinês “práticas comerciais injustas” e, em particular, destacar “o impacto da sobreprodução chinesa na economia mundial”.

A dirigente iniciou na quinta-feira a segunda visita à China em menos de um ano, que decorre até 09 de abril.

Yellen vai reunir-se em Cantão, com o vice-primeiro-ministro He Lifeng, antes de voar para Pequim, onde se vai encontrar com o seu homólogo Lan Fo’an, com o primeiro-ministro Li Qiang e com o governador do banco central Pan Gongsheng.

A visita ocorre apenas oito meses após a anterior deslocação ao país, que ajudou a estabilizar uma relação conflituosa entre as duas maiores economias do mundo, nomeadamente através da criação de grupos de trabalho bilaterais dedicados a questões económicas e financeiras.

Washington está particularmente preocupado com o aumento das exportações chinesas a baixo custo em setores como veículos elétricos, baterias de iões de lítio e painéis solares, o que pode impedir a formação de uma indústria norte-americana nestas áreas.

No final de 2023, Janet Yellen garantiu que Washington vai continuar a exigir maior clareza na política económica chinesa, avisando que a China era “demasiado importante para construir o seu crescimento com base nas exportações”.

Na quarta-feira, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Wenbin, disse que a China espera que a visita de Yellen sirva para “construir consensos” com os Estados Unidos e que Washington esteja “disposta a trabalhar com Pequim para chegar a um meio-termo”.

A visita surge depois de o Presidente dos EUA, Joe Biden, e o seu homólogo chinês, Xi Jinping, terem falado na terça-feira, numa chamada telefónica que a Casa Branca descreveu como franca, mas na qual, segundo o Governo chinês, houve alguma fricção.

VQ (JPI) // VQ

Num espetáculo dedicado ao pai, o também diretor artístico do Teatro Nacional São João (TNSJ) decidiu adaptar o livro, publicado em 1983. Os protagonistas são ex-combatentes que, reunidos, partilham as suas histórias e as suas reflexões sobre as suas vidas e sobre o Portugal antes, durante e depois da revolução do 25 de Abril.

“Achei que era absolutamente essencial trabalhar sobre este romance, porque era um desejo anterior e porque continuo a acompanhar a vida do meu pai e porque agora, com a idade que ele tem, a experiência que ele teve da Guerra Colonial acompanha muito do seu tempo, da sua reflexão”, disse à Lusa Nuno Cardoso, depois de um ensaio preliminar da peça, em fevereiro.

O encenador realçou que o texto de Lobo Antunes tem a característica “extraordinária” de existir numa “situação zero teatral”, com pessoas sentadas à mesa, numa refeição. “Isto é tudo construído como uma pirâmide ao contrário. Eles só estão a comer batatas com bacalhau. Eles só estão a beber champanhe. E eles só estão a beber whiskey. É fascinante. Para um criador, é fascinante tentar fazer isto”, referiu.

Para Nuno Cardoso, a Guerra Colonial permanece presente hoje, mesmo que não haja — ou não se queira — discussão sobre ela: “Acho que foi um ferro em brasa e um ferro em brasa marca, de uma forma muito violenta e para sempre. Toda a narração que existe sobre o 25 de Abril, sobre a nossa democracia, acho-a às vezes pouco vital, muito celebratória. A celebração ou o elogio normalmente não levam à discussão e a discussão representa o vigor das nossas crenças porque, se elas se cristalizam, rapidamente o discurso populista as pode deitar abaixo e nós damo-nos conta de que já não são crenças, são chavões que repetimos.”

Pela importância que atribui a “Fado Alexandrino”, à forma como o romance aborda uma verdade — entre outras – sobre Portugal nos últimos 50 anos e à sua história familiar e pessoal, Nuno Cardoso decidiu que seria esta a peça fundamental para assinalar a efeméride do 25 de Abril este ano.

O encenador reconhece que a obra de Lobo Antunes “não é um livro celebratório”.

“Nós temos 50 anos de silêncio para com a Guerra Colonial e os efeitos que teve nas pessoas que lá estiveram. Essas pessoas construíram a nossa democracia, muitas delas sentem-se agora abandonadas. Como não encarámos de frente o ato de agressão que foi a Guerra Colonial. Agressão aos nossos países-irmãos, agora irmãos, mas também a várias gerações. Se não medimos a consequência dos nossos atos, aquilo que representou na vida destas pessoas, não nos conhecemos a nós próprios. Se não nos conhecemos a nós próprios não conseguimos lutar pela democracia que criámos”, afirmou, sublinhando sentir-se “maravilhado e encantado” pelo Portugal de hoje, que é tão diferente daquele que saiu da ditadura — para melhor.

“Este livro não é meigo. As cenas que existem em Moçambique não escondem nada. E, portanto, como falar de Portugal sem isto? Como celebrar a nossa democracia sem isto? Será que o fado, o nosso fado, tem de ser sempre o percurso entre o Zeca [Afonso] e a Dulce Pontes? Nós somos filhos destas ações e perpetuamo-las na mesma e, portanto, temos de as discutir”, disse.

Para além de lhe permitir fazer um espetáculo com uma componente pessoal, o que preocupa Nuno Cardoso na criação de “Fado Alexandrino” para o teatro é ser indigno da obra em si.

“Fado Alexandrino”, para maiores de 16 anos, vai estar em cena no TNSJ até 28 de abril, sendo uma coprodução com o Centro Cultural de Belém (onde estará em 03 e 04 de maio), o Teatro Aveirense (09 de maio) e o Theatro Circo (24 e 25 de maio).

Com encenação, dramaturgia e adaptação cénica de Nuno Cardoso, a peça conta também com Fernando Villas-Boas na adaptação e dramaturgia, tem cenografia de F. Ribeiro e música de Peixe.

A interpretação é de Ana Brandão, António Afonso Parra, Joana Carvalho, Jorge Mota, Lisa Reis, Patrícia Queirós, Paulo Freixinho, Pedro Almendra, Pedro Frias, Telma Cardoso, Sérgio Sá Cunha e Roldy Harrys.

O TNSJ disponibilizou já um dossiê pedagógico sobre o espetáculo, convidando professores e alunos dos ensinos secundário e superior a assistirem à peça.

TDI // ROC

Palavras-chave:

Segundo uma nota conjunta daqueles organismos, esta campanha, intitulada “Cinto-me vivo” e que termina a 11 de abril, tem como objetivo “alertar condutores e passageiros para a importância de utilizarem sempre, e de forma correta, os dispositivos de segurança, como os cintos de segurança e as cadeiras de transporte de crianças”.

A campanha “Cinto-me Vivo” integrará ações de sensibilização da ANSR em território continental e dos serviços das administrações regionais dos Açores e da Madeira, e operações de fiscalização feitas pela PSP e pela GNR com especial incidência em vias e acessos com elevado fluxo rodoviário, que pretendem “contribuir para a diminuição do risco de ocorrência de acidentes e para a adoção de comportamentos mais seguros por parte dos condutores no que diz respeito à correta utilização dos dispositivos de segurança”.

As ações de sensibilização vão ocorrer em simultâneo com as operações de fiscalização nas seguintes localidades: Sexta-feira, às 08:00 na Praça do Vitória FC, a 08 de abril, às 16:00 na praça das portagens de Santarém na A1, a 09 de abril, às 09:00 na rotunda D. Dinis, em Leiria, a 10 de abril, às 07:00 no IC2 – Km 244,5, em Albergaria-a-Velha, Aveiro, e a 11 de abril, às 10:00 na estrada de Nelas, a seguir ao Estabelecimento Comercial Mercadona, em Viseu.

A PSP, GNR e ANSR apelam aos condutores para que utilizem sempre uma cadeirinha homologada devidamente instalada e adaptada à altura e ao peso da criança, além de recomendarem ao uso do cinto de segurança em todos os lugares do veículo e em todos os percursos, mesmo nos de curta distância e, no caso das motos, o capacete de modelo aprovado, devidamente ajustado e apertado.

A ação que vai hoje começar é a quarta das 12 campanhas de sensibilização e de fiscalização planeadas para este ano no âmbito do PNF de 2024 e, até ao final do ano, serão realizadas mais oito campanhas, uma por mês, com ações de sensibilização e de fiscalização.

As campanhas inseridas nos planos nacionais de fiscalização são realizadas anualmente pela PSP, ANSR e GNR desde 2020, com temáticas definidas com base nas recomendações europeias estabelecidas para cada um dos anos.

O PNF de 2023 consagrou como prioritários os temas: Velocidade, álcool, acessórios de segurança e telemóvel.

ARA // CMP

Pela segunda vez em quartos de final ATP e pela primeira no Clube de Ténis do Estoril, Nuno Borges, 62.º do ranking mundial, vai defrontar pela primeira vez Garín, que já foi top 20, mas que atualmente está no 112.º lugar da hierarquia.

O encontro entre o número um português e o tenista chileno será o segundo do court central, já depois da partida, com início para as 12:00, entre o polaco Hubert Hurkacz, segundo cabeça de série, e o espanhol Pablo Llamas Ruiz, que veio da fase de qualificação.

Também vindo da fase de qualificação, mas como ‘lucky loser’, depois da desistência do espanhol Alejandro Davidovich Fokina, o francês Richard Gasquet, vencedor do torneio português em 2015, vai defrontar o espanhol Pedro Martínez.

O campeão de 2023 e primeiro cabeça de série, o norueguês Casper Ruud, vai fechar o programa do court central, defrontando o húngaro Marton Fucsovics (85.º).

NFO/AMG // AMG

Um ataque suicida causou a morte de Abu Maria al-Qahtani, cofundador do grupo fundamentalista islâmico Frente Al-Nusra, no último reduto rebelde da Síria, anunciou hoje a organização de al-Qahtani.

O grupo Hayat Tahrir al-Sham (HTS), do qual fazia parte al-Qahtani, e que controla a região rebelde de Idlib, no noroeste da Síria, atribuiu o assassínio ao grupo fundamentalista rival Estado Islâmico (EI).

Al-Qahtani “foi martirizado num ataque covarde realizado por um membro do EI equipado com um cinturão de explosivos” na cidade de Sarmada, a norte de Idlib, disse o portal de notícias HTS Amjad.

O Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), uma organização não governamental com sede no Reino Unido, e que conta com uma vasta rede de informadores no país, confirmou o ataque, sem atribuir a autoria.

O ataque não foi até ao momento reivindicado.

Duas pessoas que acompanhavam Al-Qahtani ficaram gravemente feridas na explosão, de acordo com o OSDH.

Al-Qahtani tinha sido libertado em 07 de março, após passar sete meses na prisão por “comunicação com partes hostis”, antes de receber um indulto do HTS.

Nascido em 1976 no Iraque, al-Qahtani, cujo nome verdadeiro era Maysar Ali Musa Abdallah al-Juburi, está na lista de pessoas sancionadas pelos Estados Unidos desde 2012 pelas ligações ao grupo Al-Qaeda.

A Frente Al-Nusra, mais tarde transformado no HTS, era originalmente o braço armado do grupo Al-Qaeda na Síria.

Al-Qahtani também estava desde 2014 na lista de sanções do Conselho de Segurança das Nações Unidas, que referiu que o dirigente tinha “deixado Mossul [no Iraque] para se juntar à Síria em 2011” a fim de “trazer a ideologia da Al-Qaeda” para o país.

Em 2012, al-Qahtani tornou-se “o principal comandante religioso e militar da Frente Al-Nusra no leste da Síria e também chefiou um campo de treino da rede”, referiu o Conselho de Segurança.

Considerado um membro da ala “moderada” da Frente Al-Nusra, Al-Qahtani apelou mais tarde a que o grupo se separasse publicamente da Al-Qaeda.

Na província de Idlib, que permanece fora do controlo do Governo da Síria, operam vários grupos armados que contam com o apoio da vizinha Turquia, que também destacou soldados para a região.

VQ // VQ

“Apesar do acordo intercalar do ano passado [com o anterior Governo], os médicos desde 2015 ainda não atingiram a paridade do poder de compra e, portanto, é necessário ainda uma valorização salarial”, defendeu Nuno Rodrigues à agência Lusa.

Na primeira entrevista desde que foi eleito aos 41 anos para o cargo no passado dia 23 de março no Congresso Nacional do SIM, o médico de Saúde Pública adiantou que o sindicato tinha combinado com o anterior Governo socialista que esse aumento seria feito numa legislatura, que terminaria em 2026.

“Portanto, esperamos que até 2026 aquilo que pedimos ao Governo anterior não será menos do que vamos pedir a este Governo (…) de atingirmos a valorização que falta”, defendeu, sublinhando: “Já conseguimos 15% e, portanto, faltam os 15% que tínhamos prometido aos nossos associados de atingir esse valor junto do Governo.

Antes da crise política que levou à queda do Governo, a proposta conjunta do SIM e da Federação Nacional dos Médicos (FNAM) foi de, no decurso da legislatura (2022 a 2026) obter um aumento de 30% dos salários dos médicos, a redução para as 35 horas de trabalho, e a redução do período semanal de urgência de 18 para as 12 horas.

A necessidade de faseamento destas medidas já tinha sido aceite entre o Governo, a FNAM e o SIM, que considerou o acordo intercalar alcançado como a primeira etapa desse faseamento.

Questionado se o SIM vai voltar à mesa negocial juntamente com a FNAM, Nuno Rodrigues afirmou “a mesa foi sempre conjunta”, as estratégias e as propostas é que “foram diferentes”.

“Independentemente disso, o Sindicato Independente dos Médicos está sempre disponível para negociar. Não nos vamos é tornar num sindicato de protesto pelo protesto”, salientou.

Acrescentou ainda: “Nós somos construtivos, queremos o bem do SNS, da saúde dos portugueses e achamos que a melhor forma de o conseguir é dando melhores condições aos médicos e, portanto, estamos disponíveis para colaborar e falaremos com certeza com o próximo Governo e com a outra estrutura sindical”.

Questionado se as negociações com os sindicatos não forem retomadas rapidamente pode haver contestação dos profissionais de saúde, Nuno Rodrigues respondeu: “os médicos são pessoas ponderadas e moderadas não podem é ficar sempre à espera de um amanhã que nunca vem”.

“E, portanto, os médicos estão disponíveis para negociar com tranquilidade, com perspetiva de futuro, com gosto, sempre no sentido da construção e não da destruição e do protesto per si”, afirmou, sustentando: “O que os médicos querem menos é fazer greves (…) o protesto pelo protesto”.

Segundo Nuno Rodrigues, o que os médicos pretendem é ter “condições de trabalho para estarem tranquilamente nos seus locais de trabalho a dar o seu melhor pelos portugueses” e, se isso for possível, “naturalmente que não haverá essas reivindicações”.

Já questionado sobre se o surgimento de movimentos inorgânicos, como o “Médicos em Luta”, pode retirar força aos sindicatos, afirmou que foi uma forma “de protesto e demonstração pública de insatisfação”.

“Antes de chegarmos a acordo [com o Governo] houve 18 longos meses de negociação, muitas vezes infrutífera, e naturalmente os colegas muitas vezes ficam com reações exacerbadas perante a inoperância que vão assistindo. Da nossa parte achamos que foi apenas um movimento realmente de protestos e demonstração pública de insatisfação”.

Ressalvando que “toda a gente tem o direito a protestar e toda a gente tem o direito a reivindicar”, Nuno Rodrigues defendeu que neste caso são os sindicatos que têm o poder de negociação e, por isso, representam os médicos junto do Ministério da Saúde.

*** Helena Neves (texto), Hugo Fragata (vídeo) e Manuel Almeida (foto), da agência Lusa ***

HN // ZO

Em entrevista à agência Lusa, Nuno Rodrigues disse que o orçamento do SNS aumentou 72% entre 2015 e 2024, passando de 7.874 milhões de euros para 13.506 milhões de euros.

No mesmo período, o salário bruto de um médico no primeiro grau da carreira subiu 19%, aumentando de 2.746 euros para 3.281 euros.

“Há aqui um problema de gestão e tem de se perguntar para onde foi o dinheiro. Para os médicos não foi claramente. E, portanto, há aqui um problema de gestão que tem de ser resolvido”, disse o especialista em Saúde Pública na primeira entrevista desde que foi eleito secretário-geral, no dia 23 de março, no Congresso Nacional do SIM, substituindo Jorge Roque da Cunha.

Nuno Rodrigues defendeu, por outro lado, que “a forma mais competitiva” do Estado conseguir não ter um aumento da despesa pública em saúde é a contratação coletiva, neste caso, com os médicos.

Questionado se concorda com o recurso aos setores privado e social para aliviar a sobrecarga no SNS, afirmou que o sindicato não vê essa questão como relevante “no sentido de que o mais importante é que as pessoas realmente tenham acesso à saúde em Portugal”.

Defendeu, contudo, que “a forma mais competitiva” do Estado conseguir não ter um aumento da despesa pública em saúde é a contratação coletiva, neste caso, com os médicos.

“Se o SNS for competitivo e o setor social e privado forem supletivos nas falhas que possa haver isso é importante, mas tem de haver um reforço na eficiência do Serviço Nacional de Saúde e na sua competitividade, porque é disso que se trata”, defendeu Nuno Rodrigues que iniciou a atividade sindical em 2015 e fazia parte do secretariado nacional do SIM desde 2018.

Sobre o novo Executivo, Nuno Rodrigues disse esperar que, “apesar de ser minoritário, seja um Governo de ação e de medidas concretas” e que “mostre serviço a favor dos portugueses e neste caso da saúde dos portugueses que tão maltratada tem sido”.

O médico apontou como um dos “grande problemas” que tem de ser combatido “as desigualdades” no acesso aos cuidados de saúde.

“O SNS é muito grande e não há um SNS, há vários SNS. Há um SNS para quem está em Lisboa e Vale do Tejo, há um SNS para quem está em Bragança e há um SNS para quem está no Porto. E este é um dos grandes problemas que eu espero ver endereçado por um Governo nacional”, defendeu.

Para Nuno Rodrigues, “não é a fechar as urgências rotativamente ou a alternar o fecho de urgências e limitar o acesso” que se diminui as desigualdades.

“Isso é feito dando condições à fixação de profissionais” nas zonas “mais críticas”, através da melhoria das condições de trabalho, dando mais autonomia e flexibilidade aos médicos.

Sobre o “Plano de emergência para a saúde”, previsto no programa eleitoral do atual Governo, para realizar até 2025 e que visa atribuir um médico de família a todos os portugueses e resolver o problema das listas de espera, o sindicalista disse ser difícil que seja concretizado “num prazo tão curto”.

No que respeita a haver 1,5 milhões de portugueses sem médico de família, considerou que as metas previstas “terão de ser revistas”.

Quanto ao “Plano de motivação dos profissionais de saúde”, que também consta do programa, o dirigente sindical disse esperar que melhore as condições de trabalho dos médicos em termos de material para poder trabalhar, de compatibilização de horários do trabalho com a família.

“Esse conjunto de ações no local de trabalho é que vão realmente trazer também uma maior tranquilidade e uma menor preocupação dos médicos para se focarem no que deve ser o seu único objetivo, que é tratar os doentes”, afirmou ainda.

*** Helena Neves (texto), Hugo Fragata (vídeo) e Manuel Almeida (foto), da agência Lusa ***

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