Há algum tempo, um mês no mínimo, que os dados já estavam lançados a favor de Donald Trump como 47.º presidente dos Estados Unidos. E de tal maneira que, afinal, nunca houve um empate nas votações nacionais e nos estados decisivos. Quem descesse ontem à Terra, antes do encerramento das votações, apostaria tudo em Kamala, com comentários efervescentes a dar uma vitória indiscutível à vice-presidente. Mas não foi. Nem seria.
Muitos dos melhores analistas americanos, de todas as tendências, perderam-se na confusão das sondagens, dos palpites avulsos e das tolices políticas. Todos queriam fazer boa figura caso Kamala ganhasse, e muito poucos, ou quase nenhuns, arriscaram prever que Trump voltaria à Casa Branca, e com um resultado inquestionável no Colégio Eleitoral e na votação nacional.
Há, nas sondagens americanas dos últimos dez anos, uma distorção que desfavorece um dos candidatos, e com Trump isso aconteceu em 2016 e agora. Por isso, nunca a maioria dos estados decisivos esteve perto de dar a vitória a Kamala, e esse padrão eleitoral começou a tornar-se evidente muito cedo na noite eleitoral.
É Trump que vamos ter. Estava escrito. Estava determinado. Estava fechado. Há semanas, ou meses.
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