Desta vez, foram 70 mísseis balísticos, para além de todos os outros, para ver se passavam a barreira dos sistemas de intercepção, e o resultado foi mais um fracasso. Mesmo interceptados, um ataque contra centenas de alvos é uma declaração de guerra aberta contra Israel, e a resposta não se fará esperar. O Irão poderá ter caído na ratoeira israelita, que está montada com a ajuda dos EUA e da Grã-Bretanha.
Para meter medo, Teerão ameaça que voltará a atacar se Israel ripostar, o que já constava no guião do Governo e das forças israelitas. Os iranianos não têm nada que se assemelhe a um sistema de defesa bem organizado contra mísseis, drones e aviões, e essa fragilidade será muito visível brevemente.
Ninguém conhece o plano de ataque de Israel, mas conterá uma estratégia idêntica à que está a praticar contra o Hezbollah, embora territorialmente muito distante. Os alvos primários e importantes são toda a cadeia de comando político e militar, a degradação das capacidades ofensivas e, obviamente, a anulação de todas as pretensões nucleares.
Direta e indiretamente, através dos seus grupos terroristas, o regime iraniano achou que era chegada a altura de atacar e destruir Israel, como ambiciona há décadas. Escolheu mal o inimigo: Israel é teoricamente impenetrável e tem uma capacidade militar e uma vontade nacional invencíveis.
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