A Convenção Democrata não deu o empurrão que Kamala precisava nas sondagens. O «New York Times» já percebeu isso, ao comparar os dados atuais com os que existiam antes de Chicago, e isso pode tornar-se numa fonte de grande inquietação. Onde está Kamala, nas presidenciais americanas?
A nível nacional encontra-se à frente de Trump, por mais dois ou três pontos, mas no Colégio Presidencial a vantagem é de Trump, quando atribuídos os grandes eleitores dos estado já considerados vermelhos ou azuis. Para o «RealClearPolitics», que faz a sondagem das sondagens, a situação atual é esta: 219 dos necessários 270 já estão na coluna e Trump, e Kamala está com 208.
Ainda há 111 membros do Colégio por atribuir – sendo que a vitória num estado significa que todos votam no vencedor – e a proximidade dos números das sondagens em 7 estados decisivos deixa quase tudo em aberto. Atribuindo os indecisos, Kamala recolheria os 270 para chegar à Casa Branca, e Trump ficaria nos 268. Um resultado para dar confusão!
À distância de 63 dias, estas margens ínfimas, no fio da navalha, não dão um grande conforto. É óbvio, por esta altura, que qualquer um deles pode ser presidente, a ter em conta o que dizem centenas de inquéritos de opinião. A entrevista que Kamala deu à CNN não a alavancou, e tudo está concentrado, agora, no debate do dia 10, terça-feira. Será? Nunca um debate elegeu um presidente (nem Kennedy).
A Propósito: seis israelitas são executados a sangue-frio num túnel do Hamas em Gaza. Com um tiro na cabeça. Seis tiros. E milhares de israelitas vão para as ruas exigir que o Governo se renda. Que se demita. Que aceite qualquer coisa. Há, em Gaza, milhares de palestinianos a exigir que o Hamas se renda? Que acabe com o terror? Que aceite qualquer coisa, menos executar reféns?
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