Luís Montenegro estabeleceu o teto, mas não a linha vermelha, que é de má memória, para os aumentos que o Governo está disposto a dar às forças de segurança. ‘Nem mais um cêntimo’, disse.
Não é nem deixa de ser politicamente arriscado, mas é um PM que fala em nome de um Governo em exercício e que conhece as limitações orçamentais. Agora só pode ser assim. As nossas forças de segurança estão cheias de razão quando exigem equidade, e isso deveria ter sido ponderado pelo Governo anterior.
Aliás, seria interessante perspetivar o que decidiria o Governo anterior, se tudo tivesse corrido normalmente. Aumentava? Não ligava? Fingia que estava tudo bem? O problema não está nos aumentos que fez na PJ, merecidos, mas sim nas condições remuneratórias e outras que desqualificam quem assegura a nossa tranquilidade e zela pela ordem legal.
Milhares de homens e mulheres extraordinariamente qualificados e dedicados carregam uma história de repetido abandono por parte do Estado e da Nação, e isso é inaceitável. Não interessa se há forças políticas que aproveitam o descontentamento, mas ele existe, é profundo e antigo.
A propósito não se esqueçam das Forças Armadas!
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