A ideia de que nunca saberemos, com verdade, quem «atacou» o Hospital de Gaza, é o cúmulo da mistificação e da desinformação global. E como se não bastasse a apresentação de provas diretas, factos indesmentíveis, e imagens pós explosão, ainda se tenta cavalgar a onda da indignação global contra Israel.
- A capacidade e a experiência militar israelita é única no mundo. Conhece cada centímetro de Gaza, e jamais, em circunstâncias como esta, ponderaria atacar um Hospital, que não tem nenhum valor militar ou vantagem na sua luta contra o Hamas. A menos que tivesse existido alguma falha humana, ou tecnológica, no seu sofisticado arsenal de mísseis. Nada melhor do que investigar, recolher dados, e rever a cadeia de acontecimentos. Foi o que fizeram de imediato os israelitas, tal como os americanos, cada um usando os seus meios.
- Israel, os Estados Unidos, e muitos outros países, têm informação em tempo real sobre tudo o que está a acontecer em Gaza, em Israel, no Líbano e em toda a região. Não monitorizam tudo, ao mesmo tempo, mas bastará, num grave acontecimento destes, percorrer toda a linha temporal gravada por satélites, drones, e outros meios. Foi o que fizeram, e mostraram o resultado. A explosão foi no parque de estacionamento, não tem nenhuma cratera resultante do impacto de um míssil, e a estrutura do Hospital não foi danificada. Há dezenas ou centenas de mortes, mas nem esse número parece estabilizado.
- Todos sabem, também, a começar por Israel, EUA e muitos outros países, que os grupos terroristas usam a proximidade desse tipo de instalações para lançarem os seus ataques, e para se protegerem, justamente pela razão que impede os israelitas de serem como Putin: eles não atacam hospitais, igrejas, escolas, creches e outros alvos puramente civis, mesmo sabendo que o Hamas, a Jihad Islâmico, e outros pequenos grupos terroristas usam e abusam desses locais. No Médio Oriente todos sabem que foi a Jihad Islâmica que lançou, perto do Hospital, mísseis contra Israel, e que um deles provocou a explosão mortal. Mas ninguém admitirá publicamente essa realidade.
Resumindo e repetindo em três linhas: Israel não ataca hospitais. Os grupos terroristas, pela razão anterior, estão sempre instalados dentro ou nas proximidades desses locais civis. Todos os países da região sabem o que aconteceu, mas nunca se atreverão a dizer publicamente!
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