Seria bom encarar a nova estirpe de Covid, já espalhada por Portugal e mundo, como uma gripe outonal. Seria bom fazer de conta que não será necessário tomar medidas cautelares, como as máscaras e o distanciamento. Seria bom acreditar que escasseando os testes, por todo o lado, não há um novo surto da epidemia. E também seria muito bom acreditar que não vai existir mais uma razia entre os idosos. Seria, pois.
A Covid nunca está sozinha. Se estivesse só, solteira, não existia. Regressou com as suas manhas. E logo agora que falta tudo para a prevenção. Os testes escasseiam, as máscaras também, e com isso milhares de pessoas vão apanhar o vírus, redistribuí-lo, e atingir, sem saber, os mais fracos e mais vulneráveis.
As vacinas só chegam no final deste mês, altura em que o País já estará hiper infetado. E a DGS continua sem dar instruções ou fazer alertas. O senhor Faucci, nos Estados Unidos, já tinha avisado que seria obrigatório voltar a usar máscaras, no mínimo, acreditando que o reforço vacinal contenha esta nova mutação. Por cá, quietos e calados.
De 2020 a 2023, todos de seguida, já levámos com a Covid, vezes sem conta, uma guerra infinita, a inflação e os juros, que arruínam, e uma recessão que se avizinha. Assim não dá.
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