O medo do Vox deu votos ao PP, que conseguirá no Congresso de Deputados mais lugares do que era esperado. A vitória de Feijóo era antecipada, mas as sondagens apontavam para a necessidade de coligação com o partido de direita mais populista e radical, de Abascal, para conseguir formar Governo.
A contagem final ainda está longe, mas a mensagem dos eleitores de centro e direita foi clara: o Vox foi o derrotado da noite, nas sondagens à boca das urnas. Ainda assim poderá ser necessário ao PP, mas numa posição de evidente fraqueza.
O PSOE estava perdido, há muito, e a grande incógnita era a posição do movimento Sumar, chefiado pela vice de Sanchez no Governo, e também ministra do Trabalho, e nascido das cinzas de vários pequenos partidos à esquerda dos socialistas. Pedro Sanchez alimentou e puxou por este movimento político, que nas previsões ainda disputa o 3º lugar.
O PSOE de Pedro Sanchez estava esgotado, depois de seis anos de governação e de duas crises muito desgastantes e difíceis de gerir: o Covid e a guerra. O PP volta a ser o grande partido de centro-direita, e os eleitores espanhóis não seguiram o exemplo de outros países europeus, onde a direita mais populista e extremada assumiu a chefia do Governo. Isto é um bom sinal para o PSD, e péssimo para o Chega.
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