Durante as campanhas eleitorais – e a pré-campanha começou logo a 7 de novembro –, em determinadas circunstâncias, a ciência política e a física cruzam-se. Eu explico: há uma força centrípeta, aquela que puxa um corpo para o centro da trajetória num movimento curvilíneo ou circular, que se impõe.
Esta atração para o centro, que será tanto maior quanto mais volumoso e mais acelerado (ou ambicioso) for o corpo, já diz a segunda lei de Newton, é qualquer coisa que podemos identificar nos políticos dos dois maiores partidos quando se aproxima a data de ir às urnas. Todos sabem que é ao centro que se ganham eleições com bons resultados, e no limite, onde estão as maiorias absolutas, e por isso, qualquer estratégia vencedora tem de passar pela conquista, no campo de batalha, da base eleitoral comum que ali reside. Dependendo do candidato, do seu posicionamento ideológico e do seu histórico, pode ser mais ou menos fácil fazê-lo.