Se a Inteligência Artificial (IA) se materializasse numa pessoa, estaríamos perante um fenómeno de popularidade mundial. Uma coisa assim ao nível de uma qualquer Kardashian. Até os órgãos de comunicação mainstream já colocaram a IA na sua agenda e é frequente ver o maravilhoso mundo dos algoritmos ter direito a algumas parangonas.
Vamos por partes: a IA não é um fim em si mesmo, mas um meio para atingir um propósito. Ou vários. Também não é uma tecnologia. É uma mescla de várias tecnologias provenientes, com frequência, de diferentes áreas de especialidade. E, isto é muito importante: a IA está longe de atingir um plano que mereça toda a excitação que tem granjeado junto de “especialistas” e de comentadores em geral. Quer isto dizer que não é importante? Não. Longe disse. A IA é o principal motor daquilo que podemos, de forma ampla, designar o nosso futuro. E o emprego da expressão “nosso futuro” deve ser tomado literalmente. A inteligência produzida pela algoritmia vai determinar tudo: desde a nossa saúde às sociedades onde vamos integrar-nos. Sim, as mudanças vão ser gigantes. Mas isto não acontece amanhã. Nem daqui a 5 anos. A IA é aquilo que no futebol se chama o “falso lento”.
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