À semelhança de todas as pessoas que, nos meios de comunicação social, tentam refletir sobre a política portuguesa, também me perguntaram se eu achava que António Costa ia para um cargo europeu, antes das legislativas. No fundo, a pergunta tinha pouco que ver com política e mais com a minha capacidade de avaliar se alguém está a mentir descaradamente.
Não é a primeira que me fazem uma pergunta deste tipo, nem, sou capaz de apostar, será a última. Assim de repente, perguntaram-me se acreditava na promessa de Passos Coelho de não cortar pensões e salários e, mais recentemente, se Luís Montenegro iria ou não fazer acordos com o Chega. A minha resposta foi sempre a mesma: não me passa pela cabeça que alguém que é primeiro-ministro, ou que se candidata a esse cargo, minta em temas tão importantes.