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O Ford Ka da actual geração chegou no início de 2009. Confesso que nunca achei o design deste automóvel particularmente inspirado. O Ka vendeu relativamente bem no nosso país e ainda hoje é possível ver muitos carros da anterior geração na estrada.
VISÃO
É curioso! Quando o jogador da Manchester United – Wayne Rooney – tirou a carta ofereceram-lhe um. Na altura eu achava que o carro era totalmente ajustado ao futebolista do United – pequeno e robusto, como a Margarita. Com a nova geração tudo se alterou. A plataforma do novo Ka surgiu da parceria entre a Ford e a Fiat (é a base utilizada no 500) e melhorou imenso esteticamente e também em qualidade.
Emprestaram-me um Ka branco equipado com o motor 1.2 a gasolina de 69 CV. Ao início estranhei a posição de condução. Regulei a altura do banco, o volante, o apoio lombar, reclinei as costas e ao fim de alguns quilómetros já estava perfeitamente adaptado. Recordo que o Ka está disponível apenas com carroçaria de três portas. O acesso ao interior do habitáculo é feito de uma forma fácil. Raramente ouvimos falar desta questão. No caso de pessoas com mobilidade reduzida, o ângulo de abertura das portas e a altura da carroçaria é muito importante, no caso do novo Ford Ka o acesso ao interior é perfeito. A qualidade dos materiais utilizados é aceitável, assim como a montagem. O ambiente que se vive a bordo é jovem e irreverente. Não gostei do posicionamento dos comandos multi-funções do volante que estão colocados de uma forma pouco funcional. A capacidade da bagageira é de 224 litros.
O motor 1.2 a gasolina revelou-se um bom companheiro para ser utilizado no dia a dia. A cidade é o seu habitat preferido, fácil de conduzir, prático a estacionar e relativamente económico. Já em auto-estrada não convém abusar, a partir dos 130 km/h começamos a ficar muito “pendurados no volante”. Consegui um consumo médio de 6,2 litros.
A versão 1.2 com o motor de 69 CV de potência acaba por ser a escolha mais racional. A versão Titanium (a única disponível em Portugal) custa 13.095 euros. A versão diesel custa mais três mil e quinhentos euros e, nesse caso, aproxima-se muito do novo Fiesta equipado com o motor diesel 1.4 TDCi.
O novo Ford Ka possui um único nível de equipamento, denominado Titanium. Está bem equipado para o segmento. Ar condicionado manual, faróis de nevoeiro, vidros eléctricos, airbags frontais e laterais, fecho central de portas com controlo remoto, sistema áudio CD, retrovisores eléctricos aquecidos. Nada mau!
No caso da unidade ensaiada (na foto) incluía alguns opcionais. O spoiler traseiro (150 euros), bluetooth em português com a ligação USB para personalizar o som a bordo com o MP3 (350 euros), o “pack” estilo com jantes de 15 polegadas e vidros escurecidos (350 euros). Ou seja, mais 1200 euros de equipamento. Na lista de opcionais encontramos ainda o ESP com controlo de tracção (em complemento ao ABS de série) que custa 500 euros.
Em termos mecânicos, o Ka divide-se entre dois blocos distintos, o Duratec 1.25i (69 CV) a gasolina e o Duratorq 1.3TDCi (75 CV turbodiesel com tecnologia common rail e filtro de partículas (DPF).
