Depois dos Smartphones, SmartTv´s e Smart Watches, chegaram as Smart Speakers (colunas de som inteligentes). Ainda não estão à venda em Portugal, mas já é possível comprar noutros países. Serão uma inovação ou nem por isso?
As Smart Speakers são colunas de som inteligentes que respondem às nossas perguntas e comandos de voz, (por exemplo: Como está trânsito o para Lisboa? A que horas passa o próximo comboio?), executam ações noutros objetos conectados (luzes, automóveis, sistema de alarme, sistema de domótica, etc.), interagem com fornecedores de serviços, como por exemplo colocando produtos na lista de compras de um site de e-commerce, ou com aplicações, por exemplo, chamando um UBER, enviando uma mensagem de texto, etc.
Na verdade, tudo isto já é possível fazer através da Siri nos dispositivos Apple, e da Google Assistant (nos dispositivos com sistemas operativos Android).
Mas, o nível de utilização dos assistentes de Inteligência Artificial por voz nestes dispositivos ainda é muito reduzido. Primeiro, porque, quando foram lançados, a experiência inicial não era a melhor, ou porque não entendiam o que dizíamos ou porque respondiam algo que não fazia sentido. E talvez porque achámos ridículo falar com objetos. Algo que deve ter intrigado as equipas da Apple e Google, que esperavam certamente que esta experiência fosse disrruptiva e impressionasse os seus utilizadores.
Quem identificou e testou com sucesso um novo produto foi a Amazon. Depois de ter fracassado no mercado dos smartphones, isolou esta funcionalidade na Smart Speaker Amazon Echo, que lançou em 2014 e que ano após ano tem vendido cada vez mais unidades. Aparentemente tornou-se mais óbvio que podemos interagir através de voz com uma coluna de som do que com um smartphone, computador ou televisão. O sucesso da Amazon Echo obrigou a Google e a Apple a reagir lançando respetivamente a Google Home (2016) e o HomePod (que será lançado este ano).
As Smart Speakers são os rádios do futuro, mas que para além de música e notícias serão o novo interface de comunicação com objetos conectados domésticos e serviços online. Será uma forma de massificar a utilização da Inteligência Artificial (e os bots vocais).
Pode parecer estranho ou até inicialmente assustador, como para esta senhora de 85 que recebeu como presente este Natal uma Google Home:
E como vão evoluir estes assistentes pessoais? É expectável que para além do som ganhem imagem (hologramas) e teremos em breve assistentes pessoais domésticos e profissionais, como o Jarvis do filme Iron Man.
Bem-vindos ao futuro!