Este é o período do ano profícuo em balanços e projeções, seja na vida pessoal, profissional, empresarial e de âmbito mais global, a nível nacional.
O imobiliário não é exceção à regra e por isso, esta é uma boa oportunidade para tentarmos descortinar o que será 2020, principalmente quando existe uma perceção generalizada de que o sector atingiu o seu pico, o que não nos parece ser o caso.
Nalguns segmentos poderemos já ter atingido um equilíbrio, mas há sempre outros que ou por terem recuperado mais tarde, ou por não terem ainda alcançado uma simetria entre a oferta e a procura, ou por outra condicionante, continuam a proporcionar oportunidades com fortes expectativas de crescimento.
Mas vamos por partes: o mercado de escritórios caracteriza-se por ter uma procura elevada, devido ao forte dinamismo por parte do tecido empresarial, enquanto que do lado da oferta existe escassez de imóveis tanto em quantidade, como em qualidade, suficientes. Em 2020 deverá manter-se uma forte pressão no aumento de rendas e todos os espaços disponíveis deverão continuar a comercializar-se com rapidez. Neste momento, já existem empresas dispostas a oferecer valores superiores aos pedidos pelo senhorio, para poderem assegurar os espaços existentes!
Na área da logística, a tendência é semelhante à dos escritórios, mas com uma dinâmica acrescida, fruto do aumento do comercio eletrónico e de novos formatos de distribuição, como o “last mile” (etapa final da entrega de um produto adquirido online), que proporcionam uma maior rapidez de entrega, às marcas.
O retalho que talvez seja o sector com mais incertezas (apesar da dinâmica positiva nas lojas de rua, com melhores localizações) demonstra uma menor performance nos centros comerciais ou “retail parks”.
2020 será ainda um ano muito positivo em termos de atividade com a chegada de novos projetos ao mercado. A habitação continuará a crescer e apesar do abrandamento no segmento de gama alta, nos projetos para a classe média, prevê-se que neste novo ano haja uma explosão.
Em suma – o mercado imobiliário vai continuar a ter um impacto positivo na economia portuguesa.