Hoje de manhã acordei particularmente entusiasmado. Vamos ter duas aulas em matérias sobre as quais tenho algumas expectativa: comunicação e networking. A primeira porque gosto pelo tema, a outra porque sempre acreditei no valor de um bom networking.
Se na primeira quero potenciar os meus skills naturais, ou pelo menos aqueles de que gosto, já na segunda quero claramente aprender como potenciar toda a minha vasta rede de networking que fui acumulando ao longo dos meus 17 anos de carreira profissional.
Durante o almoço discutimos à mesa qual dos canais em que acreditamos seriamente que vamos ter mais oportunidades de encontrar oportunidades de emprego. Se por um lado existem empresas no mercado que são especialistas em colocação de profissionais – os vulgos “headhunters” -, a ideia geral é que o nosso networking é o que melhores oportunidades poderá possibilitar, quer seja na procura de emprego, quer seja no lançamento do nosso próprio negócio como geradores de “leads”.
Este tema foi discutido na aula da tarde, tal como até que ponto o networking é interpretado como cunha. Eu diria mais: em Portugal, a par do networking também o lobby é mal interpretado, sendo maioritariamente visto como a vulgar e muito portuguesa “cunha”.
Suponhamos que, por exemplo, um dos meus amigos e leitor deste blogue simpatiza com as minhas ideias e acredita nas minhas capacidades. Um destes dias, em conversa com alguém de sua confiança, fica a saber que estão a recrutar, para a empresa desse amigo, um gestor para a área de operações com um perfil semelhante ao meu. Automaticamente, sugere que o meu CV está disponível e que provavelmente o meu perfil será do interesse dele. Como consequência, no dia seguinte sou chamado para uma entrevista e mais tarde recrutado. Alguém chamaria a isto “cunha”? Eu não, e até ficava muito agradecido ao meu amigo leitor, de tal forma que era capaz de lhe pagar um almoço como prova do meu agradecimento!
Vejamos agora noutra óptica: O sr.X era empregado da empresa onde eu hipoteticamente fui recrutado e assumi um cargo de chefia. Para o sr.X, que esperava uma promoção, eu sou suspeito, e quando souber que fui recomendado pelo amigo do administrador vai logo dizer: “g’anda cunha!”… Fazendo um paralelo com o lobby, acaba por ser o mesmo.
Para estes srs. X’s por esse Portugal fora, pouco interessa se o indivíduo recomendado tem capacidades ou não. A meritocracia e o lobby ainda não estão reconhecidos em Portugal como uma via razoável…”Por culpa dos exemplos dados por outros em posições de forte exposição” diria alguém meu conhecido…
Melhores/ Piores momentos:
1- “O mundo é mesmo pequeno”
2- A adrenalina começou a subir-me quando no trabalho de grupo “desatei” a confrontar ideias e a puxar pelos conhecimentos profissionais para enquadrar o nosso projecto de grupo.
Nota Relevante:
Fiquei a saber pelo método do Professor de Networking que sou um “espalha brasas”… que é como quem diz, tenho contactos em vários “clusters”, ao invés de ter sólidas relações num só. Como ele disse, é uma estratégia como outra qualquer!
Dificuldades:
No trabalho de Grupo, a multidisciplinaridade e background diferente dos intervenientes colocou inicialmente algumas dificuldades, mas parece que estão ultrapassadas, com resultados positivos.