
As máquinas vão ocupar os nossos lugares?
Os escritores e argumentistas, que se aventuram por histórias do futuro, oscilam entre descrevê-lo como um ambiente higienizado, desprovido de sentimentos e emoções, e um lugar sombrio, com o encanto de parques de estacionamento em escombros. Às vezes, coexistem ambos os cenários, mas há sempre um denominador comum: a Inteligência Artificial (IA) é um pilar dessa civilização. As máquinas aparecem por todo o lado, submissas e aliadas ou rebeldes e inimigas. Já faltou mais para esse futuro e continuam a existir muitas dúvidas e poucas certezas, como se mostra no tema de capa desta semana da VISÃO. O robot Sophia, a cidadã saudita que tem mais direitos que as mulheres do país, avisou na Web Summit que vai ficar com os nossos empregos. “Não podemos saber se seremos infinitamente ajudados pela IA ou se ignorados, afastados e até destruídos por ela”, disse Stephen Hawking, o físico que já hoje depende de uma máquina para comunicar. O editor Paulo Santos navegou pelo novo mundos dos algoritmos, dos chips, das redes neurais artificiais e explica-lhe quais os empregos que podem desaparecer mais rápido com a entrada em força das máquinas na nossa vida.