Lisboa, 18 set (Lusa) — A eurodeputada Ana Gomes pediu esclarecimentos sobre o interrogatório feito em Portugal pela Procuradoria-Geral angolana a Adalberto Neto, proprietário da casa onde foram detidos os jovens acusados de golpe de Estado.
De acordo com o ativista angolano Rafael Marques, o vice-procurador-geral da República de Angola, Luciano Chackra, e “o indivíduo responsável pela detenção dos 15 jovens” acusados de tentativa de golpe de Estado vieram a Portugal interrogar o advogado Adalberto Neto, proprietário da casa onde foram efetuadas as detenções no mês de junho.
“Vieram interrogar porque foi em casa do Adalberto Neto que se realizaram esses encontros e no fim dos dois interrogatórios, na Culturgest, (Lisboa) pediram a Adalberto Neto para assinar o auto de interrogatório mas explicando-lhe que não lhe podiam dar uma cópia porque era ilegal a justiça angolana fazer interrogatórios a um cidadão nacional em território português”, disse hoje Rafael Marques durante um colóquio sobre direitos humanos em Angola organizado pela Amnistia Internacional, em Lisboa.