Lisboa, 15 mar (Lusa) — A administração da Lusa sublinhou hoje que o contrato de serviço público com o Estado é fundamental para a sobrevivência da agência, que deve assumir-se como um “instrumento global de comunicação”, fazendo as parcerias necessárias na geografia da língua.
Numa sessão de apresentação aos seus clientes de cinco novos serviços da agência, Afonso Camões esclareceu que, se “é verdade que está no programa do Governo a privatização da agência Lusa”, “a privatização não significa liquidar o contrato de serviço público”, que vale cerca de 70 por cento das receitas da agência, esclareceu o presidente do conselho de administração da Lusa.
“Este ano é crucial porque vamos renegociar o contrato [de serviço público] com o Estado português”, sublinhou o gestor, explicando que “não é possível”, com as receitas fora do contrato de serviço público, a agência estar em 52 locais do território nacional, ou em 25 países. “Não há grupo privado que pague para estarmos em Timor-Leste ou em Moscovo, em Pequim ou em Caracas, em Nova Iorque, ou Maputo”, disse Afonso Camões.