Lisboa, 03 Abr (Lusa) – Passageiros do voo da TAP que chegou hoje a Lisboa procedente de Luanda, com um atraso de 20 horas sobre o horário previsto devido a uma avaria técnica, não calaram críticas à actuação da transportadora aérea nacional.
“Foi muito cansativo. A informação da TAP foi nula. Foi muito mau. Não tivemos qualquer informação acerca do que se tinha passado no voo. Não tivemos qualquer informação acerca de comidas. Foi uma grande confusão e estou estourado”, sentenciou Rui Lucas à chegada aos jornalistas.
Visivelmente cansado, Rui Lucas, que disse ter viajado para Angola para “fazer visitas técnicas”, assentou na falta de informação a crítica à TAP.
“Estou estourado. Não nos deram qualquer informação atempada e foi aos poucos que nos foram dando. Foi uma desorganização total. Foi muito mau, desculpem lá mas estou estourado”, repetiu.
O Airbus que a TAP escalou para efectuar o voo 252, que liga Luanda e Lisboa às quintas-feiras, com partida prevista para as 07:30 locais (mesma hora em Lisboa), sofreu poucos minutos após a descolagem uma avaria técnica provocada pela sucção de uma ou várias aves por um dos reactores.
A situação foi ultrapassada com o regresso do aparelho à pista do aeroporto internacional 4 de Fevereiro, tendo a TAP optado pelo envio de um segundo avião, que chegou finalmente hoje ao princípio da tarde a Lisboa.
Outro passageiro, Raul Costa, que trabalha em Angola, disse à chegada aos jornalistas que também vinha cansado da viagem, que se queixa ter durado demasiado tempo.
“Venho cansado porque foi muito tempo, durou muito tempo. Foram 20 horas de atraso, o que é imenso”, disse.
Quanto ao apoio que os cerca de 250 passageiros que viajaram para Lisboa, Raul Costa criticou a “falta de informação”.
“Tivemos pouca informação. A TAP só ontem (quinta-feira) às duas da tarde, ou seja seis horas depois do voo dever ter partido é que nos disse que não íamos partir. De resto foram impecáveis, foram simpáticos”, reconheceu.
“Mas eu também penso que não há meios, que o aeroporto é muito pequeno, a logística é muito complicada, de maneira que eles fizeram também o que era possível”, acrescentou.
EL.
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