Porto, 28 Mar (Lusa) – O seleccionador português de futebol, Carlos Queiroz, afastou hoje a possibilidade de Portugal ficar de fora do Mundial da África do Sul em 2010, apesar do empate em casa com a Suécia (0-0).
No final do encontro – o quarto consecutivo sem vencer e o terceiro sem marcar ou sofrer golos -, Queiroz revelou a “enorme frustração” vivida pelos jogadores no balneário, mas assumiu-se disposto a “continuar a trabalhar” para levar a equipa das “quinas” ao Mundial.
“Os jogadores são profissionais briosos e, por isso, é natural que sintam frustração e tristeza. Estes jogadores vão a campo com a missão de prestigiar o futebol português. Queriam ganhar e empataram. Estão, por isso, desiludidos”, assumiu.
Carlos Queiroz, que soma apenas um triunfo na caminhada rumo à África do Sul (4-0 em Malta), lembrou que faltam ainda 15 pontos (cinco jogos) para disputar, sendo por isso totalmente possível o apuramento.
“Nada é fácil nesta vida. A maratona vai ser difícil, mas nós vamos chegar lá. Estou absolutamente convencido de que se continuarmos com este querer e garra vamos conseguir os pontos necessários. Nada está perdido”, assegurou.
O técnico falou ainda do “onze” inicial, explicando que a sua intenção era oferecer “mobilidade, fantasia e velocidade” à equipa.
“Estivemos muito bem na primeira parte, com espectáculo. Criámos imensos problemas à Suécia e, no segundo tempo, entrou o Deco para dar mais força ao meio-campo. Com o Hugo Almeida, pretendemos um ponta-de-lança mais fresco”, disse.
Não admitindo que a sua posição fica mais fragilizada – “só no sentido em que queríamos três pontos e só conseguimos um” -, Queiroz recordou que todas as equipas vão ainda perder muitos pontos, até porque a Hungria entrou surpreendentemente na luta.
“Vamos continuar. É importante que percebam que vamos continuar a rematar à baliza até elas entrarem lá para dentro. E devemos esperar que os penaltis comecem a ser marcados. São quatro penalties seguidos não assinalados: dois na Suécia, hoje um aqui e outro no jogo com a Albânia”, recordou.
Carlos Queiroz lamentou ainda a substituição forçada Bosingwa, ainda na primeira parte: “o jogo que tínhamos definido passava muito pela profundidade de Bosingwa e Duda. A saída de Bosingwa foi um grande dano para a equipa”.
“O Ricardo Carvalho defendeu bem por ali, mas perdemos alguma profundidade com a saída do Bosingwa. Quanto à saída de Tiago (entrada de Deco), foi nossa intenção ter um médio mais próximo dos avançados”, concluiu.
SSS/RBA.
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