– O país sofre uma crise intestina! Bradou o tribunício no parlamento.
– Nesse caso aplique-se-lhe um clister – gargalhou cinicamente o chefe da bancada da oposição, sabendo que o tribunício padecia de hemorróidas.
– Vossa excelência continua a ser pródigo em intervenções escatológicas, ou seja, genericamente de merda – ripostou o tribunício.
– E Vossa excelência alcança o zénite do pensamento da lesma com a fluência própria de um bacalhau norueguês… disléxico ainda por cima – acrescentou o líder da bancada da oposição, visivelmente ufanado com a sua grandiloquoência, só superada pelo seu majestático ventre.
Intrigado, o repórter parlamentar coçou o testículo, consultou um dicionário mais à mão (a que não estava a coçar o testículo) e resolveu a dar o seguinte título à sua crónica “A influência do bacalhau discutida no Parlamento”. Obviamente foi despromovido e passou a fazer reportagem em comícios, bebícios e fumícios.
O país, esse continuou na merda.