Por um triste acaso do destino, pus-me a ver a meia-final do festival da canção!!! Não entendo! Não aceito! Não quero um festival assim! De ano para ano, pior, mais pimba, mais mal cantado, mais mal escrito, mais mal musicado!… Jamais, um Festival com votação por telemóvel será digno! Jamais um Festival que está completamente afastado dos seus artistas de prestígio terá qualidade! Jamais! Jamais! Jamais!
Quando eu era pequeno, o Festival é que era a Festa da Família, (qual Natal?!!!!), fotocopiavam-se as grelhas com os nomes das canções que saíam na TV Guia, juntavam-se amigos e, nós, crianças na altura, tínhamos autorização para esperar pelo resultado antes de nos irmos deitar.
Nesse tempo e ainda até muito mais tarde, os artistas que se apresentavam eram, na sua maioria, artistas conhecidos do público e respeitados: O Carlos do Carmo, a Simone, a Tonicha, o Paulo de Carvalho, o José Cid e muitos outros que por lá passaram sem o vencer – a Né Ladeiras, a Maria da Fé, a Lara Li…
Agora, não sei o que se passa… Quando é que a RTP vai entender que tem de reaproximar o festival dos grandes compositores, dos grandes letristas (onde é que agora há um Ary nos festivais? o Ary da Menina, da Tourada ou da Desfolhada!) dos grandes cantores?
Um dos poucos momentos em que se mostra música cantada ao vivo na televisão portuguesa é uma oportunidade perdida que ultraja todos os seus antecessores – das Doce à Dora, do Carlos Mendes à Dulce Pontes, do Fernando Tordo à Lúcia Moniz!
acho uma vergonha!!!!!!!!!!!!!!