A Franck Muller, em comparação com outras manufaturas seculares, é uma companhia relojoeira relativamente jovem, mas desde muito cedo deixou o seu cunho na perceção contemporânea da alta-relojoaria. E alguns dos seus primeiros modelos mantêm-se no catálogo, como as várias interpretações do Cintrée Curvex e do Casablanca. São esses os clássicos da marca fundada no início da década de 1990 pelo arrojado mestre relojoeiro do mesmo nome e sediada na localidade de Genthod, nas imediações de Genebra. Face à natural evolução estética, aos gostos mais urbanos associados a tons escuros e materiais inovadores, a Franck Muller criou entretanto outros modelos para alargar a sua oferta a uma vertente mais vanguardista. Há cinco anos, arrancou com um novo Conquistador mais colorido e desportivo. Em 2013, lançou um produto completamente novo e de espírito verdadeiramente metropolitano: o Vanguard, que começa a surgir em força este ano, em várias versões, e que tem uma excelente margem de desenvolvimento.
Um novo espírito
O Vanguard não é propriamente uma adaptação do traçado clássico associado à Franck Muller. É uma reinterpretação dos códigos estéticos da marca num relógio estruturalmente novo no design e na conceção, que personifica o lado mais avant-garde dos ateliers criativos instalados em Watchland. Com o efervescente Jean-François Ruchonnet a liderar o departamento de inovação, esperam-se muitas mais novidades; para já, o Vanguard é uma importante aposta da casa e Jean-Loup Glenat é o designer que tem acompanhado o estabelecimento da nova linha no seio da coleção, frisando bem o caráter de ponta que lhe está destinado: “O desenvolvimento da linha Vanguard é uma reinterpretação do que a Franck Muller é hoje em dia através dos respetivos relógios e visa transportar esse espírito para um futuro próximo. Antecipámos todas as evoluções que estavam por trás do primeiro desenho, sendo importante termos deixado alguma liberdade e abertura para as próximas evoluções da linha”.
E como é que se baralha e volta a dar as cartas sob a forma de um novo relógio que seja simultaneamente diferente mas tão vincadamente Franck Muller? “A reinterpretação passa pelos elementos de estilo mais reconhecíveis e também os mais expressivos – que são as linhas da caixa típica Franck Muller, linhas vincadamente curvas. O truque foi encontrar a melhor maneira de utilizar as curvas. Trabalhámos as formas arredondadas, as formas orgânicas. A reinterpretação no âmbito da linha Vanguard é feita de modo um pouco mais desportivo, mais dinâmico, talvez um pouco mais jovem e mais contemporâneo”.