A área imobiliária que tem atraído um número crescente de mulheres um pouco por todo o mundo, pois esta é um setor onde é possível gerir o tempo à medida das exigências profissionais e pessoais.
O tema foi debatido recentemente em Portugal, num evento organizado pela eXp Portugal, empresa de mediação imobiliária presente no nosso país desde 2020 e subsidiária da eXp World Holdings, uma das redes imobiliárias que mais cresce atualmente devido à sua forte componente digital – a empresa não tem escritórios físicos, logo tem menos despesas logísticas canalizando essa ‘poupança’ de custos para a comissão dos seus agentes.
Num evento que contou com oradoras de várias nacionalidades, debateram-se as perspetivas do mercado imobiliário para o público feminino. Ilária Profumi, diretora regional da eXp Realty, sublinhou à Visão que a igualdade de género é cada vez mais uma realidade neste setor.
“É com muito orgulho que na maioria dos países onde operamos existe um equilíbrio – cerca de 50%, entre homens e mulheres agentes. Inclusivamente, reparamos que as mulheres com mais de 50 anos até superam o número de homens. As mulheres têm vindo a perceber que esta profissão lhes dá a liberdade que precisam para gerir a família e a carreira, sem terem que optar apenas por um caminho, conseguindo assim ter sucesso em ambos”, sublinhou o responsável, referindo que nos Estados Unidos, casa-Mãe da eXp, “a percentagem de mulheres que trabalham no setor imobiliário é idêntica à dos homens”. Já fora dos EUA, “as estatísticas vão variando”, adiantou a responsável, acrescentando que dentro do universo eXp e relativamente à região EMEIA (Europa, Médio Oriente, África e Índia) é na Itália e no Reino Unido onde existe uma maior equidade entre homens e mulheres. Em Portugal, cerca de 1/3 dos consultores são mulheres, mas com tendência acentuada de crescimento.
“Frequentemente, quando falamos com outras mulheres que estão no setor, muitas confidenciam que nunca se tinham imaginado a trabalhar no imobiliário. A verdade é que esta profissão surge como alternativa à falta de oportunidades na área de formação, como complemento à atividade principal porque permite uma total flexibilização de horários ou, muitas vezes como tábua de salvação”, diz a responsável, lembrando que “muitas mulheres optaram por cuidar da família nos primeiros anos e depois são consideradas velhas para o mercado de trabalho, outras porque ficaram desempregadas quando resolveram constituir família e ainda outras que procuravam uma alternativa para conciliar a carreira e a família, sem terem que sacrificar uma das partes”. A possibilidade de encontrar oportunidades de trabalho mesmo numa altura em que as mulheres já são “mais maduras, mais experientes e profissionalmente realizadas” e a possibilidade de conquistar “autonomia por opção própria”, tornam a profissão cada vez mais atrativa para todas as faixas etárias entre as consultoras.
Sublinhando que “no imobiliário não se olha a género, nem nas oportunidades, nem na remuneração”, a responsável da eXp acrescenta, contudo, que algumas características mais femininas tornam-se trunfos na hora de intermediar as transações imobiliárias. “Há características das mulheres que as tornam as candidatas ideais para a carreira no imobiliário. Neste setor lidamos com muitas emoções. É necessário criar relações, ter empatia, ganhar e reforçar a confiança porque estamos a falar de um dos momentos mais importantes na vida do outro, a compra de casa. E as mulheres têm este instinto natural para cuidar do outro e estar atentas aos pormenores. É este instinto natural que permite melhorar a experiência do cliente, e que é muito valorizado ao longo do processo”, rematou ainda a diretora regional da eXp Realty.
Recorde-se que a eXp Realty, empresa de mediação imobiliária subsidiária da eXp World Holdings, Inc está cotada na Bolsa de Nova-Iorque (Nasdaq) e presente em vários países de diferentes continentes, entre os quais os EUA, República Dominicana, Grécia, Nova Zelândia, Porto Rico, Brasil, Itália, Hong Kong, Colômbia, Espanha, Israel, entre outros.