A Round Hill Capital, um dos principais investidores do setor das residências de estudantes, anunciou hoje a conclusão do processo de aquisição da portuguesa Smart Studios, com um valor de investimento de aproximadamente 200 milhões de euros e que compreenderá a um total de nove residências para estudantes (PBSA) e profissionais em co-living, com um área total de 53.000 m2. Esta aquisição constitui a maior transacção deste mercado em Portugal, este ano, permitindo adicionar 2.013 novas camas ao portefólio europeu da Round Hill European Student Accommodation (“RHESA”), a joint Venture criada entre a CPP Investments e a Round Hill Capital, que em pouco menos de 9 meses integra já um total de 5.000 camas.
As residências localizam-se maioritariamente na Área Metropolitana de Lisboa (88%) com um ativo no Porto (12%). Cerca de 900 camas distribuídas em 5 edifícios estarão já operacionais este ano, com a entrega dos restantes quatro edifícios prevista até 2025. O plano estratégico para estes edifícios na sustentabilidade ambiental e social dos espaços, com o objetivo de melhorar o consumo de energia e o bem-estar dos inquilinos.
“Este investimento marca a expansão da joint-venture RHESA em Portugal, consolidando a nossa presença no Sul da Europa com a aquisição de mais de 2.000 camas. O mercdo imobiliário português continua a apresentar oportunidades de investimento atrativas e a aquisição da Smart Studios representa uma das nossas principais transações este ano, reforçando assim as nossas ambições no país e no segmento”, realçou João Pita, CEO da Round Hill, em Portugal.
Fundada em 2015 por Ricardo Kendall, a Smart Studios é um dos maiores promotores e operadores portugueses de alojamento co-living. Em 2018, com vista a sustentar o plano de crescimento da empresa, os acionistas da Smart Studios estabeleceram uma parceria estratégica com a LX Partners, investidora em empresas com potencial de crescimento.
Portugal atrai um número significativo de estudantes internacionais devido à qualidade da oferta educativa, a que se associam propinas competitivas e a qualidade de vida disponível para jovens profissionais, nomeadamente em cidades como Lisboa e Porto. A crescente comunidade de estudantes revelou um forte desequilíbrio entre a oferta e a procura neste segmento, onde as soluções de alojamento disponíveis ainda são em grande parte não institucionais e sem condições modernas e adequadas. Este novo investimento destina-se a melhorar tanto a disponibilidade como a qualidade do alojamento dos estudantes para responder a esta procura crescente.
A transacção de 200 milhões de euros teve o aconselhamento da PBBR, JLL e Deloitte no lado dos compradores e CBRE, Savills, Arcadis e Morais Leitão no lado dos vendedores.