Construir uma casa de raiz obriga a mil e uma burocracias que acabam por desincentivar muitos daqueles que estão em processo de compra de habitação e que preferem, assim, optar por um imóvel pronto a habitar. Mas o estatuto que ‘o lar, doce lar’ ganhou com a pandemia e a vontade de construir uma casa mesmo à medida do sonho da família deu novo fôlego a um imóvel que até então pouca procura tinha – os terrenos. No portal Imovirtual, que agrega os anúncios de boa parte do setor, fez-se uma análise das pesquisas por tipologias de imóveis entre 2019 e 2020 e em relação aos terrenos, a procura mais do que duplicou tendo passado de 10,5% para 21,2%, com 6,5 milhões de pesquisas.
Uma tendência que tem estimulado muitos empreendimentos a promover a venda de lotes de terreno. Exemplo disso é o Belas Clube de Campo, situado em Queluz, que inclui na sua oferta de produto imobiliário não só apartamentos (do T1 a T3, com preços a partir dos €390.000) e moradias com jardim e piscina privativa (disponíveis a partir dos €1 190. 000) como lotes de terreno totalmente infraestruturados. Estes lotes oferecem a possibilidade de projetar a casa à medida, com um arquiteto à escolha, de acordo com o regulamento do empreendimento. Os lotes estão disponíveis a partir dos 600 m2 até aos 1600 m2, com valores entre os 315.000 euros e os 400.000 euros.
Com a natureza em alta, o empreendimento tira partido da sua verde envolvente e da curta distância que o separa de Lisboa ou Cascais. Já premiado como o empreendimento mais sustentável de Portugal, o Belas Clube de Campo foi a primeira comunidade residencial a fazer o cálculo da pegada carbónica, atingindo o Nearly Zero Energy Buildings (NZEB), antecipando-se assim ao que vai passar a ser obrigatório na Europa a partir deste ano para todos os edifícios novos.
“As townhouses do Lisbon Green Valley foram consideradas as casas mais sustentáveis de Portugal, foi a primeira entidade a ser distinguida pela ADENE, com o AQUA+ -, o novo índice de desempenho hídrico dos edifícios, foi certificado pelo Sistema LiderA com a inovadora norma de resiliência às alterações climáticas e, em parceria com a EDP, lançou o primeiro “Bairro Solar “, Comunidade de Autoconsumo Coletivo de Energias Renováveis” (CACER) de Portugal, com o objetivo de promover a produção de energia a partir do sol e, por isso, 100% renovável, e o seu autoconsumo”, diz, no seu comunicado, a Century21, consultora imobiliária que está a comercializar este condomínio privado.
A sul, mais precisamente na Quinta do Lago, em Almancil, no Algarve, também se aposta na promoção de lotes de terreno, um tipo de imóvel cujas vendas ganharam fôlego com a pandemia.
“As vendas dos terrenos virgens de San Lorenzo North, para a construção de moradias de luxo num canto intocado do resort, duplicaram em relação a 2019 e as consultas aumentaram 47%. Atualmente 65% da área que oferece vistas para o lago ou para o golfe, foi já comercializada, havendo apenas 10 lotes ainda disponíveis para venda”, referia a empresa, no seu relatório anual recentemente divulgado.
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Disponíveis a partir de 3.2 milhões de euros, os lotes de San Lorenzo North “têm tido uma valorização ao longo dos últimos sete anos com um aumento de 26% no preço base. Contam com 2.000 a 3.000 metros quadrados e permitem uma área de construção de 25% de moradias privadas unifamiliares que podem ser distribuídas por dois pisos e cave”, especifica a empresa.
A imobiliária do resort permite flexibilidade na compra – desde apenas o terreno até projetos chave na mão, com enfoque nas “casas inteligentes”, em linha com o que é habitualmente exigido pelo segmento mais alto.
Refere-se ainda no comunicado que “apesar da pandemia, a Quinta do Lago Real Estate, agência imobiliária oficial do resort, teve um aumento de 52% no número de interessados em terrenos em janeiro deste ano, quando comparado com o início de 2020”.