A Avenue comprou o antigo Hospital CUF Infante Santo e vai transformá-lo num condomínio de luxo com 87 apartamentos. A unidade hospitalar deixou as instalações em novembro passado, após 75 anos de utilização do espaço e quando ficou totalmente concluído o novo hospital CUF Tejo.
A promotora adquiriu por 26,2 milhões os seis edifícios (um dos quais o Palácio Sasseti do século XVI) integrados numa generosa área de mais de 12.000 m2 que faziam parte do complexo de saúde. As obras do projeto Villa Infante assinado por Frederico Valsassina e que deverão arrancar já no próximo mês, irão injetar mais 40 milhões para transformar o espaço num seleto condomínio fechado com um jardim de mais de 3.000 m2, uma preciosidade em tempos de pandemia.
“São raros em Lisboa os projetos com este conceito de condomínio fechado e neste caso, este grande jardim interior, murado, irá permitir orientar o empreendimento para o bem-estar. O espaço verde estará talhado para as crianças brincarem em segurança e os pais aproveitarem para descansar, ler ou praticar exercício físico”, realça Aniceto Viegas, CEO da Avenue, empresa que em apenas cinco anos já soma uma dúzia de projetos em Lisboa e no Porto com cerca de 500 apartamentos construídos ou em curso (um dos quais o Liberdade 266, no emblemático edifício do Diário de Notícias).
Com tipologias do T1 a T4 duplex (com predominância para os T2 e T3), o projeto prevê a recuperação do imóvel apalaçado que, segundo os registos apurados pela Avenue, “terá sido construído no século XVI e era denominado por Palácio Sasseti”. “Neste edifício mais clássico iremos manter as fachadas que são de época pois queremos respeitar a memória do palácio. Nos restantes edifícios que serão reconvertidos para uso habitacional serão integradas varandas, uma mais-valia que ganhou relevância ainda maior com a pandemia”, explica Aniceto Viegas.
Nas áreas comuns, o jardim central de 3.200 m2, um dos grandes trunfos do empreendimento, será complementado com um ginásio, seguindo a lógica de promoção de bem-estar que se pretende incorporar no Villa infante.
A comercialização ainda não arrancou por isso os preços não estão definidos mas a pandemia não assusta o responsável da Avenue cujos projetos anteriores atraíram estrangeiros de várias geografias, representando cerca de 60% do total de clientes. “O imobiliário é uma atividade de longo prazo, não necessita de vender todos os dias, tem é de vender todos os anos. Já sabemos que 2021 vai ser complicado mas não há uma única entidade a nível global que diga que Portugal não vai crescer depois da pandemia. Todas elas apontam para uma recuperação da riqueza até ao final de 2022 e início de 2023 e por isso temos é de continuar a preparar os nossos produtos para quando a economia retomar”, reforçou ainda Aniceto Viegas.
O arranque da comercialização dos apartamentos (com áreas dos 53 aos 235 m2) está previsto para o segundo trimestre deste ano. O término da construção do Villa Infante está estimado para o primeiro trimestre de 2023.