Para marcar a chegada aos 30 anos, a VISÃO lança a rubrica multimédia “Ideias com VISÃO”. Serão 30 semanas, 30 visionários, 30 ideias para fazer agora. Da ciência à saúde, das artes ao humor, das empresas ao ambiente, figuras de referência nas mais variadas áreas darão os seus contributos para pensar um Portugal melhor. Semanalmente em papel e aqui em vídeo.
Para uma Justiça para as pessoas, tem de haver uma transição digital inclusiva, abrangente e respeitadora dos Direitos Humanos.
Numa sociedade cada vez mais dominada por uma evolução tecnológica, informática e digital desenvolvida e profunda, e que abrange todos os campos, é necessário que o sistema de justiça se “aproveite” de todas as vantagens e benefícios que esta transição vai trazer.
A transição digital implica a informatização de plataformas que interajam entre si, a possibilidade de uma investigação criminal e da utilização de programas de Inteligência Artificial e outros que sejam essenciais na investigação complexa.
A informatização é também muito importante para que tenhamos dados estatísticos fiáveis, o que não existe atualmente na Justiça em Portugal, lamento dizê-lo, e para que haja a possibilidade de interação com os outros sistemas de justiça de outros países.
É igualmente muito importante para que consigamos simplificar a ação da Justiça, torná-la mais acessível ao cidadão e mais transparente, e dessa maneira lutar pelo prestígio e pelo reconhecimento das instituições judiciais, que é essencial num Estado de direito democrático.
Importa que esta questão seja uma aposta de todo o sistema político e que os nossos órgãos do poder político tenham a Justiça como um verdadeiro desígnio, e não se lembrem dela apenas quando há casos estranhos ou que, por qualquer razão, saiam da justiça do cidadão comum…
Isto é possível?, perguntam. É perfeitamente possível! Há organismos muito mais complexos que tiveram uma digitalização eficaz, e isso depende só da vontade de todos nós, da vontade política e de todos os que trabalham na Justiça.