15 de maio de 1948 é uma data que os palestinos não esquecem. Nesse dia deu-se início ao conflito entre Israel e Palestina, o que provocou um êxodo de cerca de 700 mil pessoas. Nabka é o nome que os palestinianos deram a esse dia, uma palavra árabe que significa “desastre” ou “catástrofe” e que expressa o horror vivido por um povo que se sentiu obrigado a deixar a sua terra-natal por motivos de segurança.
O êxodo deu-se quando o território palestiniano deixou de estar sob o controlo do Reino Unido. A Assembleia Geral das Nações Unidas de 1947 acordou que o território da Palestina passava a ser partilhado, através da criação do Estado judeu e do Estado palestino. No dia 14 de maio de 1948, foi proclamado o Estado de Israel, o que levou cinco Estados árabes a declararem guerra. Apesar de ainda hoje não haver consenso sobre as causas do êxodo que se registou, os palestinianos saíram de suas casas e fugiram para outros territórios. O governo israelita garante que apelou aos palestinianos para ficarem em casa, alegando que lhes assegurou direitos civis no novo Estado. Por outro lado, os líderes árabes asseguram que os palestinianos foram mesmo obrigados a abandonar devido a combates armados ou pela coação das forças israelitas.
Hoje, estima-se que cerca de 700 mil pessoas foram deslocadas neste êxodo, com os refugiados a serem despojados das suas propriedades e a verem negado ao direito de regressar. Os descendentes desses deslocados somam mais de 5 milhões de palestinianos que vivem no Médio Oriente, principalmente na Faixa de Gaza, Líbano, Síria, Cisjordânia, Jordânia e Jerusalém.