Guo Ping, diretor executivo rotativo da Huawei, veio ao Web Summit, que se realiza esta semana em Lisboa, fazer um convite aos programadores de todo o mundo: o 5G está aí, vai iniciar uma nova revolução tecnológica e há “frutos” para colher. «O 5G junto com outras tecnologias [definido por Guo Ping como +X] vai criar incontáveis oportunidades para os empreendedores.»
A ação de charme aos programadores não é inocente: a Huawei está neste momento na lista de bloqueio comercial dos EUA e não pode, por exemplo, usar os serviços principais de empresas como a Google. Mas sobre a “guerra” com os EUA e sobre o impasse com a tecnológica norte-americana, nem uma palavra.
«A eletricidade aumentou a produtividade em todas as áreas. O 3G e o 4G resolveram o problema de ligar as pessoas. O 5G e a inteligência artificial representam um ponto de viragem para a indústria da tecnologia. Vai ter um impacto em todas as indústrias como a eletricidade teve há mais de 100 anos.», disse o líder da gigante chinesa, a segunda maior vendedora de smartphones a nível global.
Guo Ping acrescentou que o 5G vai ser um mercado de vários biliões de euros e que os programadores, como criadores de software, têm um papel importante na criação de novos serviços que tirem proveito da quinta geração de redes móveis, mas também de tecnologias como a inteligência artificial e a análise de dados. «Estamos a trabalhar para tornar o desenvolvimento da inteligência artificial mais fácil para os programadores», atirou o CEO da Huawei.
«Queremos que os programadores sejam livres para se focarem no trabalho. A Huawei toma conta dos problemas computacionais complexos», acrescentou. Para isso, a empresa tem vários programas destinados a programadores, avaliados em vários milhares de milhões de euros. O programa principal (Developers Program 2.0) vai representar um investimento de 1,5 mil milhões de dólares para atrair cinco milhões de programadores.
«O 5G é a nova eletricidade. A Huawei anseia trabalhar com os disruptores de diferentes indústrias e startups.»