Duas empresas que desenvolveram soluções para carros autónomos; e uma terceira que criou uma ferramenta que averigua a qualidade da informação que circula nas redes sociais. Lvl5, Wayve, e Fact Mata – são estas as três finalistas do concurso de startups da Web Summit, que subiram, esta quinta-feira, ao palco principal para sujeitar os respetivos negócios ao veredicto do júri e dos espetadores.
A Lvl5 é uma startup dos Estados Unidos que pretende disponibilizar uma solução de localização para carros autónomos, que tem por base a captação e processamento de imagens. A solução pretende recorrer a sinais de trânsito, edifícios, candeeiros ou outros equipamentos urbanos como referências que ajudam a perceber, mediante a estimativa das distâncias, o local preciso em que se encontra cada veículo. À medida que cada for viajando maior será o volume de dados que servirão como referências para descrever ou localizar cada estrada. Esta solução exige uma câmara com um custo de 14 mil dólares – um valor que é bastante menor que os sistemas Lidar usados pelos carros autónomos. Mais de 10 mil pessoas descarregaram a app do projeto. Os mentores da Lvl5 pretendem entrar no mercado com uma solução que cobra 10 dólares por mês pelo servioçod e localização.
A Wayve é uma empresa britânica que também pretende garantir um lugar no segmento dos carros autónomos, mas com um objetivo diferente: o uso de inteligência artificial e aprendizagem de máquina (machine learning) para ensinar um carro autónomo a conduzir. Na apresentação efetuada na Web Summit, um dos mentores do projeto chegou a dar como um exemplo de um teste que permitiu que um carro em dez minutos aprendesse a conduzir num determinada estrada de ensaios. O responsável pelo projeto garante que nenhuma empresa tem uma tecnologia equivalente.
A Fact Mata nasceu para combater – ou apenas bloquear – a informação de pouca qualidade que tem circulado na Internet ou em particular nas redes sociais. Para criar esta ferramenta os engenheiros da Fact Mata recorre a um motor de inteligência artificial que, além de padrões sociais, geográficos, ou demográficos, tem em conta a informação fornecida por peritos da área dos meios de comunicação e especialistas da área das ciências. A startup já assinou os primeiros contratos com uma empresa de comunicação social e um agência de assessoria de imprensa.