O Walkticket começou a trilhar a estrada em Julho com os tradicionais festivais e festas de verão. E não foi por acaso: a solução desenvolvida pela Last2Ticket tem por objetivo converter qualquer flyer, panfleto ou anúncio num bilhete de um espetáculo que apenas exige um pagamento através das ferramentas disponibilizadas pelo Multibanco. Deste modo, o organizador consegue apelar ao impulso do consumidor; e o consumidor pode pagar quando lhe der mais jeito através do tradicional método “referência-entidade-montante” que tanto está disponível nas caixas ATM como nos sites bancários.
«Este produto começou a ser desenvolvido depois de identificarmos algumas lacunas com promotores de eventos. Hoje, esses promotores têm dificuldade em controlar as vendas de bilhetes através de lojistas e parceiros. Com a nossa solução, o promotor pode saber qual o parceiro que vende mais e também pode conhecer melhor o perfil do público que compra os bilhetes de espetáculos», lembra Catarina Simões, diretora da Last2Ticket.
Sedeada num dos escritórios do Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto (Uptec), a Last2Ticket tem vindo a cimentar, nos últimos três anos, a posição na venda de bilhetes na Internet. O Walkticket é apresentado como uma forma de expandir o negócio da bilhética com um serviço que dá resposta a uma necessidade específica.
Nesta primeira fase, a solução estará centrada em espetáculos, eventos e turismo e hotelaria. Futuramente, a Last2Ticket poderá vir a expandir o serviço para outras áreas que beneficiem da distribuição de flyers e panfletos que podem ser convertidos em bilhetes mediante um pagamento eletrónico.
Catarina Simões admite que há interesse em levar a solução para o estrangeiro, mas recorda que essa hipótese está dependente de um acordo com um sistema de pagamentos equivalente ao Multibanco.
Na Last2Ticket, há a esperança de que a conveniência funcione como um trunfo comercial: «No comércio eletrónico, o cliente costuma pagar e só depois recebe o voucher. Nós optámos por fazer o processo inverso. É muito mais cómodo para o utilizador, visto que permite superar uma barreira mental ao consumo. E assim virámos as vendas online ao contrário», descreve Catarina Simões.