Comecemos pelo evidente: 4500 euros, sem contar com objetivas, é um valor que demonstra que a Alpha 7R V é para quem ganha dinheiro com a imagem. Ou seja, para profissionais. Até porque, para amadores, por mais entusiastas que sejam, a Sony tem outras boas propostas, como a Alpha 7 IV, que custa menos 2000 euros. Outra evidência: o sensor, com mais de 60 MP de resolução, é o mesmo da versão anterior. O que, à partida, parece indicar que a evolução não é significativa. Desengane-se. Como já vamos ver, apesar de esta nem ser a Alpha ‘mais profissional’ da série – esse papel cabe à A1 –, o sistema de autofoco é, provavelmente, o melhor do mercado.
Ergonomia não é para todos
É sabido que a série A7, composta por câmaras full frame (sensor grande) e mirrorless (visor digital), sempre valorizou a portabilidade. Não é que sejam compactas – longe disso – mas procuram oferecer um corpo apenas generoso q.b. para garantir ergonomia de nível profissional. De outro modo, a concorrência tem câmaras com punhos mais generosos. Acreditamos que para muitos fotógrafos, o formato da A7R V não seja um problema. Mas quem tem mãos maiores e, sobretudo, passa muitas horas seguidas a segurar a câmara, poderá achar o punho pequeno e rígido demais. Por exemplo, não é preciso ter mãos muito grandes para que o dedo mindinho fique fora do punho. E percebemos perfeitamente quem se queixa do aparecimento de bolhas no dedo médio – isto porque, devido ao formato do punho, boa parte do peso da câmara acaba apoiado neste dedo. O problema poderia ser minorado se a zona de contacto entre o dedo e o punho fosse mais suave (borrachosa).