Começamos com uma confissão: andávamos ‘mortinhos’ para ensaiar o Polestar 2. O primeiro carro desta marca a chegar ao mercado nacional. Isto depois de a Polestar ter ganhado ‘independência’ da Volvo. Ainda não tínhamos tido a oportunidade de conduzir o carro que tanta gente diz ser o verdadeiro concorrente à altura do Model 3. Aliás, a Polestar tem muitas semelhanças com a Tesla. É uma marca 100% elétrica, focada na tecnologia e performance, cujos carros são vendidos exclusivamente online. As semelhanças não se ficam por aqui. Como o Model 3, por exemplo, o Polestar 2 está disponível em versões Long Range e com um ou dois motores.
Versão mais ‘civilizada’
Testámos a versão menos potente do Polestar 2, com um motor e tração frontal, mas com a bateria maior (75 kWh úteis). A versão Dual Motor tem quase o dobro da potência (300 kW), o que significa que a diferença de performance entre as duas variantes é muito assinalável. Mas, como já todos sabemos, os elétricos aceleram bem devido ao forte binário sempre disponível. Ou seja, o Polestar 2 testado está longe de ser um carro lento. Tem uma aceleração q.b. para sentirmos as costas no banco, mesmo a partir de velocidades relativamente elevadas (em ultrapassagens, por exemplo). Ou seja, apesar de não ser um daqueles elétricos explosivos, consideramos que tem uma capacidade de aceleração convincente. Neste aspeto, a aceleração mais progressiva torna o carro mais ‘civilizado’. E como Portugal a neve é pouca, as vantagens da tração integral são bem menores que no norte da Europa. Por tudo isto, não vimos grandes razões para pagar os €7000 extra que a versão Long Rang Dual Motor custa relativamente à versão Long Range Single Motor testada.