A WhatsApp anunciou que vai mudar a sua política de reencaminhamento de mensagens. Assim, os conteúdos que foram classificados como ‘altamente reencaminhados’ – ou seja, que passaram por uma cadeia de cinco ou mais pessoas – só poderão ser novamente enviados a uma pessoa/grupo de cada vez, em vez das cinco permitidas anteriormente.
A decisão da empresa tem como objetivo tentar reduzir a partilha de informação falsa, um problema que já afetava as redes sociais e que se tornou mais evidente com a pandemia do coronavírus. Os responsáveis do WhatsApp consideram que a redução da velocidade a que se pode partilhar este tipo de informação vai contribuir para que se volte a usar a plataforma como uma forma de conversação entre as pessoas.
Como recorda o The Verge, durante a maior parte do tempo de existência do WhatsApp era simples reencaminhar uma mensagem até 256 pessoas/grupos em poucos toques. Inicialmente, os destinatários nem recebiam a indicação de que esse era um conteúdo reencaminhado. Só em 2018 é que a WhatsApp começou a testar limitar o número de vezes que uma mensagem podia ser passada a outras pessoas, fornecendo também a indicação ao recetor que não estava perante um conteúdo original. Além disso, as mensagens sucessivamente reencaminhadas passaram a ser acompanhadas por duas setas para que fossem imediatamente identificadas como tal a nível visual.
No ano passado, a empresa começou, como aludimos no início do artigo, a limitar o número de pessoas/grupos a quem se podia reencaminhar uma mensagem, fixando o valor em cinco. Claro que o utilizador pode reencaminhar a mesma mensagem sucessivamente para pessoas ou grupos diferentes, mas este processo de ‘entropia’ permitiu que, em 2019, os ‘forwards’ decrescessem 25% a nível global, segundo os dados da WhatsApp.