A forma como os utilizadores interagem com o mundo digital evoluiu muito nas últimas décadas, mas os comandos “copiar, cortar, colar” continuam a ser das ações mais fundamentais na utilização de computadores e smartphones. Aquele que é considerado como o ‘pai’ destas ações, Larry Tesler, morreu nesta segunda-feira, 17 de fevereiro. Tinha 74 anos.
A criação do “copy, cut, past” [na versão inglesa] foi feita quando Larry Tesler trabalhava, na década de 1970, na tecnológica Xerox, mais especificamente no Centro de Pesquisa de Palo Alto (PARC no acrónimo em inglês). Aí, juntamente com o também engenheiro de software Tim Mott, criou um processador de texto chamado Gypsy e no qual apareceram pela primeira vez os termos “copiar, cortar, colar” – essenciais para duplicar, mover ou remover palavras isoladas ou blocos de texto.
“O nosso dia de trabalho é mais fácil graças às suas ideias revolucionárias”, escreveu a Xerox, no Twitter, em reação à morte do engenheiro de software.
Ainda que esta seja a invenção mais conhecida de Larry Tesler, o especialista em interfaces e experiência de utilização deixou o seu cunho em serviços e ferramentas de várias grandes tecnológicas: em 1980, depois de deixar a Xerox, foi trabalhar para a Apple até 1997, tendo mesmo ocupado o cargo de cientista principal da empresa; a aventura seguinte-se fez na Stagecast Software, empresa que o próprio fundou e que tinha como missão simplificar interfaces de aplicações de programação para crianças; em 2001, Larry Tesler foi trabalhar para a Amazon, em 2005 entrou para a Yahoo e em 2008 tornou-se líder de produto da startup 23andMe, especializada em genética; um ano depois saiu da empresa e desde então trabalhou sempre como consultor, recorda a publicação Gizmodo.
Larry Tesler nasceu em Nova Iorque, EUA, em 1945, tendo estudado ciências da computação na Universidade de Stanford.