Personal Trainer, feeds de redes sociais e uma app. O que acontece quando juntamos tudo isto? A Caixa Geral de Depósitos respondeu à questão esta terça-feira com o lançamento de Dabox, uma aplicação para telemóvel que funciona como um treinador pessoal da conta bancária, que lança alertas e indicadores com uma lógica similar aos feeds das redes sociais e apresenta resumos semanais de movimentos, distribuídos por oito categorias e 46 subcategorias de produtos e serviços. A Dabox é grátis e pode ser usada para aceder a dados de contas que um utilizador tem aberto noutros bancos. A partir de outubro, a Dabox também deverá estar apta a fazer pagamentos.
«Nos próximos tempos contamos a vir a adicionar mais funcionalidades», informou Maria João Carioca, administradora da CGD, sobre a evolução prevista para a marca criada como uma tradução direta de “DaCaixa”.
Além de confirmar a funcionalidade de pagamentos para outubro, a administradora da CGD reiterou a intenção de poder disponibilizar, até ao final do ano, a app Dabox a toda a população portuguesa – mesmo para consumidores que nem sequer conta na CGD têm.
Nesta primeira fase, a Dabox apenas estará disponível para clientes da Caixa, mas pode ser usada para tratar igualmente dados de contas à ordem de outros bancos. Maria João Carioca recorda que as normas europeias para o denominado “open banking” obrigam todos os bancos portugueses a cederem os dados para plataformas de terceiros que pretendam, dentro do que prevê a legislação, lançar novos serviços.
Durante o evento de apresentação da nova app bancária, os responsáveis da CGD confirmaram ainda que o lançamento da Dabox não implica o fecho do serviço Caixa Direta, que vai manter-se em atividade. Maria João Carioca vê as duas aplicações como «complementares», mas admite que, no futuro, ambas venham a ter funcionalidades em comum. A administradora também não fechou as portas a futuras incorporações de funcionalidades do MBWay na Dabox. Por enquanto, os dados tratados pela app dizem apenas respeito à conta à ordem do consumidor e não contemplam carteiras de ações ou fundos de investimento.
A app Dabox foi desenvolvida em parceria com a empresa sueca Tink. A CGD vê a aplicação como um dos trunfos da nova estratégia de digitalização. Entre o desenvolvimento da aplicação e o final de 2019, a CGD conta investir 1,1 milhões de euros na Dabox. A estratégia de digitalização da Caixa tem um orçamento substancialmente maior: cerca de 50 milhões de euros para os próximos três anos. A CGD tem vindo a trabalhar neste programa com a Deloitte, a SIBS, a Armis e a Tink.