A Intel confirmou esta quarta-feira que os processadores produzidos pela marca para o segmento de servidores poderão reiniciar (reboot) mais vezes que o normal depois de instaladas as atualizações que pretendem sanar as vulnerabilidades Spectre e Meltdown. Ivy Bridge, Sandy Bridge, Skylake e Kaby Lake completam o leque de famílias de processadores que não estarão a “reagir” como desejado aos patches lançados pela Intel, informa a Reuters.
Com este anúncio, a Intel confirma que as versões de chips mais recentes não estarão livres dos indesejados reboots.
Num comunicado publicado na página da companhia, a Intel diz estar a trabalhar para sanar os “efeitos secundários” da instalação dos patches nos chips que tem vindo a comercializar.
A gigante dos chips revela ainda estimativas quanto ao impacto que os patches podem ter na velocidade de processamento. No suporte a sites, os patches podem representar quebras de velocidade de apenas dois por cento, mas o impacto logo cresce para um intervalo entre 18% e 25% em tarefas que exijam o processamento de grandes volumes de dados.
Recentemente, a Intel informou ter lançado patches que sanavam as falhas Spectre e Meltdown em 90% dos chips lançados nos últimos cinco anos.
A Meltdown e a Spectre são duas falhas de segurança causadas pelo design e do processadores de várias marcas que permitem o acesso à memória dos computadores através de representações dos códigos kernel das máquinas a partir do modo de utilizador.
As falhas não são um exclusivo dos chips da Intel. As notícias que começaram a circular no início do ano revelam que os processadores ARM e AMD também estão vulneráveis. As falhas têm sido eliminadas através de patches das fabricantes de processadores como a Intel, ou de sistemas operativos como a Apple e a Microsoft.