A Apple convidou 24 especialistas para um exercício de deteção de bugs difíceis de descobrir. O grupo de peritos poderá analisar iPhone, iPad, Macs e muitos outros produtos da Apple, mas o maior prémio está reservado para as falhas no software conhecido como Secure Boot, que impede que sejam lançadas aplicações quando o iOS entra em funcionamento. Cada falha crítica no Secure Boot poderá valer 200 mil euros (cerca de 180 mil euros), anunciou ontem a Apple pouco antes do lançamento da famosa conferência de segurança eletrónica Black Hat, em Las Vegas.
O programa de recompensas destoa da maioria das iniciativas de caça ao bug que têm sido lançadas nos últimos últimos: em vez de abrir os prémios de deteção de falhas para toda a comunidade, a Apple preferiu restringir a iniciativa a especialistas.
Segundo a Reuters, a Apple terá optado por este modelo depois de contactar outras empresas de tecnologias que, alegadamente, se terão mostrado arrependidas por não enveredarem por um repto mais seleto no que toca a participantes.
Ao seguir um modelo baseado em convites, a Apple evita os custos derivados da análise de múltiplos bugs que poderão ter uma importância relativa ou simples serem falsos positivos. Em contrapartida, a criação de um grupo restrito permite distribuir prémios de valor superior.
A Microsoft já distribuiu mais de 1,5 milhões de dólares em prémios, mas a recompensa mais elevada não superou os 100 mil dólares (cerca de 90 mil euros). O Facebook já atribuiu mais de quatro milhões de dólares em prémios, mas o valor médio de cada recompensa não supera os 1.780 dólares (1606 euros).