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Aos 44 anos, Bruno Miranda já não tem pretensões de ser captado por nenhum olheiro, mas não desiste de deixar uma marca no desporto mundial com a Buddy for Sports. Com mais três sócios, o não tão jovem bancário reparte o dia-a-dia entre a profissão e a perspetiva de criar uma rede social que permite agendar eventos para 84 desportos «em qualquer lugar do mundo». Entre maio e o dia de hoje, a Buddy for Sports já garantiu mais de 5000 utilizadores. «Entre 20% e 25% desses utilizadores são estrangeiros», refere o líder da CEO da Buddy for Sports, apontando uma meta: «vamos entrar no mercado brasileiro e nos EUA até ao final do ano».
A história da Buddy for Sports está ligada diretamente aos hábitos desportivos dos sócios que criaram a empresa. Todos jogam padel, há um corredor com ambições de maratonista, e o próprio Bruno gosta de fazer o jeito ao pé, quando há uma baliza disponível. E foi precisamente no desporto-rei que se tornou mais notória a utilidade de uma rede social como a Buddy for Sports: «por mais de uma vez tentei marcar jogos com amigos e não pude porque faltavam pessoas». Os inquéritos realizados junto de mais de 500 pessoas confirmaram a tendência: «apresentámos este inquérito a pessoas de vários países e muitas delas diziam que não praticavam mais desporto porque não encontravam companhia». A Buddy for Sports pretende dar resposta a este dois-em-um, sem custos para os utilizadores: «juntamos o desporto à socialização», acrescenta Bruno Miranda.
Na Buddy for Sports, o utilizador escolhe quais as modalidades que pratica e qual o nível de aptidão. O leque de opções vai das danças de salão ao póquer, e do futebol ao snowboard. Consoante estas escolhas, o utilizador poderá entrar em eventos desportivos que tenham sido lançados por outros membros da rede social ou, em alternativa, criar o seu próprio evento (uma corrida, uma partida de hóquei, futebol ou padel, etc.) para que outras pessoas participem. Para chamar a atenção dos interessados, os criadores dos eventos podem enveredar pela divulgação no Facebook ou no Whatsapp ou enviar e-mails e SMS.
«No futuro, vamos lançar push notifications, que já permitirão alertar os utilizadores dentro da própria app», acrescenta Bruno Miranda, lembrando que a rede social está apta a registar o histórico de resultados – que poderão ser usados para os mais orgulhosos amadores divulgarem os respetivos feitos na Web.
Hoje, a Buddy for Sports tem parcerias com 18 clubes que gerem recintos desportivos, e duas marcas de equipamento desportivo. É com estas parcerias que a startup mantém a esperança de desenvolvimer um modelo de negócio promissor: «no futuro poderemos vir a cobrar comissões a quem cria eventos de maior dimensão; ou então explorar a publicação de anúncios», prevê Bruno Miranda. Também para um futuro próximo estará o lançamento de uma funcionalidade de pagamento que deverá juntar-se à inscrição em eventos, que a Buddy for Sports já disponibiliza atualmente.
Bruno Miranda já identificou potenciais concorrentes – e foi a partir dessa análise que foram definidos os mercados prioritários: além do Brasil e dos EUA, também a Alemanha e a Itália figuram entre os destinos mais apetecidos pela Buddy for Sports. O líder da Buddy for Sports lembra que não conhece nada do género nos EUA e na Alemanha, e que no Brasil e na Itália, há apenas a concorrência de sites que estão focados apenas no futebol. Pelo contrário, não há planos para a entrada em Espanha: «Aí já há várias aplicações similares com muitos utilizadores».