A Google fez saber que, de ora em diante, o standard HTML 5.0 na reprodução de vídeos – o que marca o início do abandono da tecnologia Flash, com que a Adobe conquistou na década passada uma posição de destaque na reprodução de vídeos e animação na Internet.
De acordo com o The Verge, a Google vai adotar o HTML5.0 como standard nos browsers Chrome, Internet Explorer 11, Safari 8, e versões beta do Firefox. Os responsáveis da Google justificam esta aposta num novo standard como a consequência lógica do crescendo que a HTML 5.0 tem vindo a registar em serviços de streaming e também nos denominados televisores inteligentes.
No plano técnico, a Google menciona a adoção da tecnologia Adaptive Bitrate (ABR) como fulcral para a adoção do HTML 5.0. Esta tecnologia distingue-se por alterar as resoluções dos vídeos visionados pelos diferentes consumidores tendo em conta a largura de banda disponível. As mais recentes estimativas revelam que o ABR terá permitido reduzir em 50% os efeitos de espera causados pelo “buffering” dos vídeos enquanto estão a ser carregados numa página.
A decisão tomada pela Google não se pauta propriamente pelo pioneirismo: desde 2010 que a companhia tem vindo a testar o HTML 5.0 na reprodução de vídeos. Formato que já era, aliás, o utilizado em dispositivos móveis sem suporte para o Flash. iPhones e iPads, da Apple, são os exemplos mais conhecidos da “recusa” em usar Flash (uma decisão patrocinada por antigo líder da Apple, que chegou a arrasar o Flash numa carta aberta ao público).
Em contrapartida, a própria Adobe tem vindo a abandonar o Flash. Em 2011, a Adobe referiu mesmo que o HTML 5.0 é a melhor tecnologia para a reprodução de conteúdos em plataformas móveis – em detrimento do Flash.