O presidente dos EUA, Joe Biden, aprovou um conjunto de medidas que visam impedir a China de ter acesso a chips e tecnologia avançada de processamento e Inteligência Artificial. As medidas devem entrar em vigor dentro de 30 dias e procuram também impedir que outros países como Irão e Rússia estejam a reforçar o seu poderio militar com base em tecnologia americana. No sentido inverso, Biden proibiu as empresas americanas de negociarem com marcas chinesas como a Moore Threads e a Biren.
A porta-voz do Departamento de Comércio, Gina Raimondo, anunciou as medidas, a intenção de as rever pelo menos anualmente e explica que estas pretendem corrigir vazios legais que tinham sido deixados pelas propostas anteriores já em vigor. Limitar o acesso da China a “semicondutores avançados que podem permitir descobertas significativas em Inteligência Artificial e computação sofisticada críticas para as aplicações militares chinesas” é o objetivo citado por Raimondo. A intenção não é afetar financeiramente a China, afirmou a porta-voz, lembrando que os EUA irão manter importações avaliadas em biliões de dólares.
Estas medidas surgem depois de aparecerem vários relatos de que, mesmo com as proibições anteriormente em vigor, era possível encontrar chips de IA à venda em Shenzen.
Do lado da China, um porta-voz da embaixada nos EUA afirmou que se opõe firmemente a estas medidas que servem uma “agenda política que viola os princípios de uma economia de mercado e competição justa”.
As novas regras deixam de lado os chips destinados a computadores portáteis, smartphones e computadores de gaming, mas ainda assim as ações da Nvidia, AMD e Intel desceram 3,7%, 0,6% e 1%.
A Nvidia refere que irá cumprir com as medidas regulatórias e que não espera um impacto significativo nos resultados de curto prazo.