Durante uma reunião anual com os acionistas em 2022, apenas 64% dos inquiridos aprovou que os executivos da Apple devessem manter o as suas compensações de 2021. Apesar de ainda se tratar da maioria, trata-se de uma grande diminuição face aos 94,9% que tinham votado favoravelmente no ano anterior e, assim, o CEO avançou com a proposta de redução para todos os pacotes salariais. No seu caso concreto, Tim Cook sugeriu uma redução de 40% do total de compensações para este ano.
O Comité de Compensações da empresa teve em consideração a recomendação de Cook e os resultados da votação Say on Pay para decidir que o salário do CEO passa para 49 milhões de dólares, 35 milhões menos do que tinha como alvo em 2022. O salário base mantém-se nos três milhões de dólares por mês e o prémio anual nos seis milhões. É no bónus de equidade que se regista o corte, passando de 75 milhões para 40 milhões este ano. Esta componente também é calculada agora de forma diferente, com 75% a estar ligada ao desempenho e 25% à senioridade, enquanto antes era de 50-50, noticia o Engadget.
Os analistas estimam que Cook acabe por receber mais de 49 milhões de dólares este ano, devido a prémios relacionados com as ações e outros bónus. Em 2022, segundo a Bloomberg, o executivo levou para casa 99,4 milhões de dólares e, no anterior, 98,7 milhões. Recorde-se que Tim Cook já anunciou que vai doar a sua fortuna para caridade há alguns anos. Esta redução no salário, recomendada pelo próprio, não é muito comum neste nível de direção pode servir para definir um exemplo a ser seguido pelos pares nos executivos de topo.